ANP/Deputados negam acusação do Presidente do
Tribunal de Contas de que o parlamento rejeitou auditoria
Bissau, 02 Dez 21 (ANG) – Os
deputados negaram as recentes acusações do Presidente do Tribunal de Contas segundo
as quais a Assembleia Nacional Popular rejeitou a auditoria daquela
instituição.
Na auscultação feita hoje pelos jornalistas, o líder da bancada parlamentar do Movimento para Alternância Democrática (MADEM-G15), Abdu Mané disse que a informação que dá conta que a Assembleia Nacional Popular(ANP) rejeitou a auditoria do Tribunal de Contas é uma tentativa de intoxicação da opinião pública contra o parlamento.
Mané disse que o seu partid
o
não pode aceitar uma espécie de campanha contra a ANP, acrescentando que tem
confiança no Conselho de Administração do hemiciclo porque todos os partidos
com assento parlamentar tem a representação nesse órgão.
Mané disse que a auditoria é
normal e que todos os organismos de Estado devem apresentar as contas a começar
pelo próprio Ministério das Finanças.
Disse ainda que a ANP não
tem objeção à auditoria, mas há procedimento normal que deve ser respeitado.
O deputado e lider da União
para Mudança, Agnelo Regala, disse que a afirmação de que a ANP rejeitou a
auditoria do Tribunal de Contas foi um
mal entendido, justificando que a sessão está a decorrer e o Conselho de
Administração a preparar o orçamento da ANP para o próximo, o que diz ser muita coisa no mesmo tempo.
Regala defende que a
auditoria seja feita na ANP assim como também noutros órgãos do Estado “para
que de facto haja uma gestão correta e sã da coisa pública”.
Paulo Bodjan, Vice-líder do
partido Assembleia do Povo Unido-Partido
Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB) considerou a referida informação de
tendenciosa, justificando que a ANP nunca seria um órgão de rejeitar a auditoria.
“Aliás, por inerência, a ANP
é um órgão fiscalizador, que acompanha as ações de governação. Por isso, a ANP
não tem razão de rejeitar a auditoria. A ANP através do seu Conselho de Administração pediu alguns dias
para que sejam compilados os documentos necessários
para essa auditoria. Mas está pronta para ser auditada como alguns órgão do
Estado”, disse Paulo Bodjan.
Hélder de Barros, do Partido
Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) disse não corresponder
a verdade a informação de que a ANP rejeitou a auditoria, justificando que as
instituições devem ser tratadas com uma certa dignidade.
Sustentou que os deputados
são os primeiros auditores das contas da ANP e que cada um deles tem o direito
de fazer perguntas em relação às contas da instituição.
Subscreve contudo que todas a
instituições que recebem fundos de Estado sejam auditadas quando necessário.
João Alberto Djata, do Partido
da Renovação Social (PRS) disse que a justificação que lhes foram dadas por
parte do presidente do Conselho da Administração da ANP, é que devido a mudança
das suas instalações, do seu gabinete para um dos hóteis, a auditoria não podia
começar na data prevista conforme a agenda que havia sido submetida pelo
Tribunal de Contas.
Acrescentou que as
instituições da República devem ser dignificadas, justificando que um problema
daquele género não pode ser resolvido nos órgãos da comunicação social.
Djata disse que já
recomendaram ao Presidente da ANP e do Conselho da Administração no sentido de
abrir as portas para que o Tribunal de Contas possa fazer a auditoria.
O Presidente do Tribunal de
Contas, Amadú Tidjane Baldé acusou recentemente a ANP de estar a obstruir a
auditoria que o tribunal pretende realizar no hemiciclo, na sequência de uma
denúncia.ANG/DMG/ÂC//SG
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