Finanças
Pública/Guiné-Bissau
registou um aumento de receitas fiscais na ordem 38 por cento no 1º semestre de
2021”, indica relatório da DG da Previsão e Estudos Económicos
Bissau,07 jan 22(ANG) – O
Ministério das Finanças registou durante o primeiro semestre do ano 2021,
melhorias significativas na arrecadação de receitas fiscais, com aumento de 38 por cento em relação ao período homólogo de
2020, indica o relatório da Direcção Geral da Previsão e Estudos Económicos
revelados quinta-feira.
De acordo com informações
veiculadas pelo Ministério das Finanças na sua página no Facebook à que a ANG
teve acesso hoje, todavia, o documento
assinala, por outro lado, uma queda de receitas não fiscais e da
diminuição dos donativos em comparação ao 2020.
“Esta iniciativa do Governo,
inscreve-se no cumprimento da Directiva do Conselho de Ministros da União
Económica Monetária Oeste Africana, (UEMOA) de 2009, relativa ao Código de Transparência
das Finanças Públicas”, informou.
A nota adianta que esta
diretiva da União Económica exige aos Estados membros da UEMOA para informarem
regularmente ao público sobre os principais etapas do processo orçamental, as
suas implicações económicas, sociais e financeiras.
De acordo com o relatório
semestral/2021, as receitas não tributárias sofreram uma diminuição na ordem de
53 por cento ficando assim em 11.143,0 milhões de FCFA contra 23.655,0 milhões
de FCFA previstas..
Em relação as despesas
efectuadas, na totalidade, foram gastos no primeiro trimestre de 2021, 107.
393,7 milhões de FCFA contra 96. 605,3 milhões de FCFA registado no mesmo
período do ano passado, tendo assinalado um aumento de 11%. Enquanto, as despesas
correntes registaram um aumento de 22% de Janeiro a Junho de 2021, passando de
63.399,8 milhões de FCFA para 77.176,6 milhões de FCFA, até Junho de 2020.
Durante os seis primeiros
meses de 2021, as despesas de capital situaram-se em 29.118,6 milhões de FCFA
contra 21.823,7 milhões de FCFA, uma variação de 33% em relação ao mesmo
período de 2020.
Entretanto, o saldo global
"na perspectiva dos compromissos" , resultado da diferença entre as
receitas e as despesas totais, apresenta-se negativo na ordem de 40.948, 5
milhões de FCFA.
Referente ao saldo primário,
este apresenta também um défice de 18. 465,5 milhões de FCFA contra 4.797, 5
milhões de FCFA no mesmo período de 2020.
Quanto ao total de
financiamento, situou-se em 42.359,7 milhões de FCFA contra 25.370,4 milhões de
FCFA em relação ao mesmo período do ano anterior. Este valor reparte-se em 36.
451,7 milhões de FCFA do financiamento interno e 5.908,0 milhões de FCFA de
financiamento externo líquido.
Neste sentido, o relatório
refere que o recurso ao financiamento provocou um aumento do Stock da dívida
pública estimada em 1.133,93 milhões de dólares contra uma estimativa de
1.042,45 milhões de dólares em 2020, um aumento de 8,7 por cento fortemente
impulsionado pela evolução da dívida interna (+10,5%).
As deteriorações foram
constatadas nos seguintes rácios: dívida efectiva Global sobre o PIB nominal (
73, 9% contra 66% em 2020) e a taxa de pressão fiscal (9,3% contra 7, 4% em
2020).
De Janeiro à Junho de 2021,
a massa salarial em percentagem das receitas fiscais é de 71, 1 por cento
contra 89, 9 no mesmo período de 2020.
Por conseguinte, de acordo
com o relatório, o primeiro semestre de 2021 assinalou um aumento de receitas
tributárias em mais de 38 por cento.
Em relação às despesas de
capital este aumentou na ordem de 33 por cento.
O saldo global reduziu menos
de 6,5 por cento contra 9, 3 por cento do período homólogo do ano anterior, enquanto
que a taxa da pressão fiscal situa em 9,
3 por cento em 2021 e, 7, 4 por cento em 2020.ANG/ÂC//SG
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