Saúde/Ministro prevê para este ano criação de Centro de Hemodiálise no país
Bissau, 12 Jan 22 (ANG) – O
ministro de Saúde Pública, Dionísio Cumba disse prevê para este ano a criação de um Centro de Hemodiálise, até então inexistente
na Guné-Bissau.
Em entrevista à Agência de Notícias da Guiné, esta quarta-feira, Cumba afirmou que o hemodiálise é um dos grandes problemas que o país tem, acrescentando que o seu Ministério já está a negociar para que esta situação seja resolvida.
“Pensamos melhorar algumas
infraestruturas e como também introduzir novas situações, por exemplo,
hemodiálise que é um dos grandes problemas que o país tem. Estamos a negociar
para podermos ter um Centro de Hemodiálise para permitir não só os nossos concidadãos
que estão fora e turistas que fazem hemodiálise constante”, informou,
sustentando que quem faz hemodiálise constante não pode vir ao país porque
corre risco de vida visto que a Guiné-Bissau não dispõe de um centro para o
efeito.
Dionísio Cumba informou
ainda que, em breve, chegará ao país uma fábrica de oxigénio que o Governo
mandou comprar em Portugal, com capacidade de produzir 106 garrafas por dia.
Disse que
vai permitir o país enfrentar
melhor a situação da Covid-19 que ceifou a vida de muitas pessoas por falta de
oxigénio, adiantando que vão ser instaladas outras fábricas de oxigénio com
dimensões menores, nas regiões,
nomeadamente, Bijagós, Sul, Norte e Leste, a fim de poder resolver problemas locais.
Aquele responsável
acrescentou que ainda está no seu plano de ação a recuperação do Hospital 3 de
Agosto e a construção de infraestruturas de saúde .
“Depois das minhas visitas
às regiões o Governo me deu o aval de
avançar com esse plano. E dentro desse plano está também novas infraestruturas que devemos construir: hospitais provinciais-2
e a recuperação do Hospital 3 de Agosto”, frisou.
Cumba sublinhou que o mais
importante é a formação de quadros de saúde, explicando que nesse momento estão
a trabalhar num programa de fromação local que possivelmente vai ser apoiado
pela Itália, e que vai permitir a
especialização de médicos guineenses.
“No final deste mês vai chegar uma equipa para
este objetivo. Num total de 16 médicos escolhidos como prioritários para o
país, cada um vai escolher a área onde pretende se especializar, e dentro de
4,5 ou 6 anos vão ser certificados como especialistas. Acho que isso é a melhor
forma de dar assistência ao país”, disse.
De acordo com Dionísio, a
equipa médica nigeriana que está no país, no Hospital Nacional Simão Mendes, por
serem todos especialistas, no exercício das suas missões vão dar orientações aos jovens médicos
nacionais que os acompanham.
Em relação aos novos
ingressos que reclamam 12 meses de
salários em atraso, Dionísio Cumba disse que nesse momento estão a negociar com
o Ministério das Finanças para resolver os problemas dos novos ingressos, que
diz, entrarem no sistema sem antes existir verbas para eles, o que terá
dificultado os seus pagamentos atempados pelo Tesouro Público.
“Foi esse o motivo que levou os novos ingressos a ficarem
10 meses sem salários. Estamos, com o Ministério das Finanças, a buscar uma
forma de lhes pagar e mais tarde organizar os seus ingressos na Função Pública, senão vai ser sempre a mesma
situação. Não se pode introduzir grande quantidade de pessoas no sistema sem ter capacidades de lhes pagar”,disse
Dionísio Cumba. ANG/DMG/ÂC//SG
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