segunda-feira, 3 de janeiro de 2022

UNFPA/” O Ciclo  2016-2021 do 6º Programa foi muito complexo e desafiador” diz o representante residente, Cheikh Fall

Bissau, 03 Jan 22 (ANG) – O Representante Residente do Fundo das Nações Unidas para a População, Cheikh Fall considerou de “complexo e desafiador” o ciclo 2016-2021 do 6º Programa da organização implementado na Guiné-Bissau, devido a conjuntura sociopolítica em que o país se mergulhou, aliado a pandemia da Covid-19.

“Mas também foi uma oportunidade de servir e garantir que cada gravidez seja desejada,, cada parto seja seguro e o potencial de cada jovem seja realizado”, disse Fall, em mensagem inserida no relatório de fim  do ciclo 2016-2022, enviado à ANG.

 Segundo Fall, a pandemia obrigou a que uma nova estratégia de intervenção seja elaborada para dar resposta ao contexto da Covid-19, cujos efeitos subcarregaram  o sistema de saúde pública, onde as mulheres estão desproporcionalmente  representadas, e, consequentemente, aumentaram  o risco de exposição das mulheres à doença.

Para minimizar o impacto da pandemia, segundo o relatório, o UNFPA lançou-se no terreno com distribuição de equipamentos de protecção individual para profissionais de saúde, apoiando os esforços para melhor servir os mais vulneráveis.

O UNFPA intervêm na Guiné-Bissau em quatro àreas: Saúde sexual e reprodutiva, Igualdade de Género e empoderamento de Mulher, Dinâmica populacional, e Adolescentes e Jovens.

Em relação a Saúde Sexual e reprodutiva, o relatório indica um total de 24 acções realizada no âmbito do 6º programa concluido no ano passado, com destaque para formações de médicos,parteiras e enfermeiras em Noma , Fístula obstetrícia e partograma, para além de outras acções de formação em que os beneficiários foram os Técnicos de Saúde.

A título de exemplo, de acordo com o relatório , “332 casos de fístula obstétrica foram apoiadas e reparadas através de campanhas, dentre os quais 26 mulheres  de oito regiões sanitárias  foram apoiadas com Kit socioeconómico para sua reinserção  económica na sua comunidade, em 2016”.

Quanto ao 3º eixo de intervenção – Igualdade de Género e Empoderamento da Mulher, os destaques recaem sobre a declaração  de abandono à Mutilação Genital Femenina, Casamento precoce, abandono escolar e outras práticas,  feita por centenas de comunidades .

“35.000 pessoas de diferentes camadas da população mobilizadas através de diálogos comunitários para a mudança de comportamento para o empoderamento das mulheres e da comunidade livre de práticas nefastas”, refere o relatório.

UNFPA é um órgão subsidiário da Assembeia Geral das Nações Unidas que actua nos domínios da população e desenvolvimento, saúde reprodutiva e igualdade de género. ANG//SG

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