Política/William Ruto, 55 anos, tomou posse como novo Presidente do Quénia
Bissau,13 set
22(ANG) - William Ruto, novo Presidente eleito do Quénia to
mou hoje
oficialmente posse perante 60 mil pessoas reunidas no estádio de Kasarani, o
maior de Nairobi, a capital.
Aos 55 anos,
William Ruto é o quinto responsável político a chegar ao cargo supremo desde a
independência do Quénia em 1963. Ele chega ao poder ao cabo de um processo
eleitoral marcado pela contestação e tem pela frente a tarefa de unir um país
profundamente dividido e em situação económica precária.
William Ruto, foi oficialmente investido
esta manhã perante numerosos convidados, entre os quais chefes de Estado e de
governo de países vizinhos, nomeadamente da Etiópia, Uganda, Somália e Tanzânia
ou ainda de outros países do continente, tais como o Zimbabué, a RDC e o Chade.
Antes mesmo do horário da sua investidura,
às 9 horas, o estádio onde decorreu a cerimónia estava totalmente lotado,
muitos apoiantes tendo chegado durante a madrugada ao recinto, onde
inclusivamente se registaram alguns feridos quando uma multidão tentou forçar o
acesso ao estádio.
O novo chefe de Estado chega ao poder num
contexto de extrema polarização política e ao cabo de um processo eleitoral
marcado pela contestação. Aquele que foi antigo vice-presidente de Uhuru
Kenyatta, seu antecessor, ganhou as eleições do passado dia 9 de Agosto com
apenas 233 mil votos a mais do que seu o seu adversário, Raila Odinga, 77 anos,
que concorria pela quinta vez ao cargo e que, como em anteriores eleições,
contestou os resultados.
Perante este cenário que no passado chegou
a desembocar em violências, a comunidade internacional estava particularmente
de sobreaviso. Todavia, desta vez isto não aconteceu e na semana passada, o
Supremo Tribunal confirmou unanimemente a vitória de William Ruto. Embora
discorde dos resultados, o seu rival disse respeitar a decisão da justiça do
seu país, mas não assistiu hoje à investidura de Ruto.
Ao apelar à "unidade" no
seu primeiro discurso na qualidade de Presidente, William Ruto recordou aos
seus opositores que "não são inimigos" e que "são
todos quenianos".
Todavia, para além dos antagonismos políticos e de promessas de campanha, como a abertura de um fundo de 410 milhões de Euros para impulsionar o sector económico, Ruto vai deparar-se agora com o país real e os seus 70 mil milhões de Euros de dívida, ou seja cerca de 67% do PIB nacional, bem como a pobreza extrema de cerca de 16 milhões dos seus concidadãos, um pouco mais de 30% da população queniana.ANG/RFI
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