Tóquio/Japão proíbe exportação de armas químicas para a Rússia
Bissau, 27 Set 22 (ANG) - O Governo do Japão aprovou segunda-feira um novo pacote de sanções devido à invasão russa da Ucrânia, incluindo a proibição da exportação para a Rússia de partes e produtos relacionados com armas químicas, anunciou a Lusa.
O Ministério da Economia, Comércio e Indústria japonês anunciou
num comunicado a expansão das sanções que já incluíam mais de 20 organizações
associadas à indústria de defesa da Rússia.
O novo pacote de sanções
abrange a empresa de construção civil Moselektronproyekt, a associação de
pesquisa e produção Etalon, e o Instituto Alikhanov de Física Teórica e
Experimental do Centro Nacional de Pesquisa Kurchatov, avançou a agência
noticiosa russa TASS.
Também hoje, o porta-voz
do governo japonês expressou grande preocupação com o possível uso de armas de
destruição em massa pela Rússia contra a Ucrânia.
"Como o único país
do mundo que sofreu ataques nucleares, exigimos fortemente que a ameaça ou o
uso de armas nucleares pela Rússia nunca aconteça", disse Hirokazu
Matsuno, numa conferência de imprensa.
Em 17 de Setembro, o
Presidente dos Estado Unidos, Joe Biden, avisou o seu homólogo russo, Vladimir
Putin, que haverá consequências se a Rússia usar armas nucleares ou químicas na
Ucrânia.
Numa entrevista ao
programa "60 Minutos" da CBS, Joe Biden disse que haveria
"consequências" e que os russos "se tornariam os maiores párias
que o mundo já viu". "A resposta dependerá da extensão do que eles
fizerem", avisou o líder democrata dos EUA.
O Japão tem vindo a
impor sanções à Rússia, proibindo as importações de vários materiais e produtos
deste país e congelando os bens de alguns cidadãos russos, incluindo os do
primeiro-ministro, Mikhail Mishustin.
A ofensiva militar
lançada a 24 de Fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de quase 13
milhões de pessoas, mais de seis milhões de deslocados internos e quase sete
milhões para os países vizinhos, de acordo com os mais recentes dados da ONU,
que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda
Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa
justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de
"desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia
foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido
com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções em todos
os sectores, da banca à energia e ao desporto.
A ONU apresentou como
confirmados 5.587 civis mortos e 7.890 feridos, sublinhando que os números
reais são muito superiores e só serão conhecidos no final do conflito.
ANG/Angop
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