quarta-feira, 16 de agosto de 2023

Ensino/ Ministra cessante denuncia fuga de professores para outros ministérios

Bissau, 16 Ago 23 (ANG) – A ministra da Educação Nacional cessante elencou problemas existentes no seu Ministério, e destacou entre os quais, os professores que alegam estarem doentes ou em mestrado no exterior, mas que não apresentam nenhum comprovativo. 

Mónica Buaró da Costa que falava no ato da transferência de poderes  ao atual ministro, Braima Sanhá, acrescentou que ao longo dos longos anos, por não haver novas admissões  na Administração Pública, muitas pessoas fizeram o Ministério da Educação porta de entrada para ingressar na Administração  Pública,  para depois se transferirem para outros ministérios que acham que têm melhores condições.

De acordo com a ex-ministra Buaró da Costa , chegou-se ao ponto de decidir suspender todas as transferência “porque  a instituição precisa de professores e não podem continuar a transferir-se.

Sublinhou que, se ela continuasse no cargo iria fazer voltar todos aqueles que se formaram como professores a voltarem a dar aulas mesmo que vão trabalhar em regime de contratados noutros ministérios. “Têm que ter as suas turmas para lecionar porque há  falta, sobretudo, de professores de matemática, física e química porque são os que formam menos”, diz a ministra cessante.

“Temos muitos que entregaram certificados e alegam que estão doentes, mas estão a trabalhar nas escolas privadas. Outros estão no exterior a fazer mestrado mas quando terminam dizem que estão a procura de documentos. São esses, entre outros problemas, que o Ministério da Educação enfrenta”, informou.

Por seu turno, o novo ministro Braima Sanhá diz  que o mundo mudou e até a forma de ensinar também mudou .

 Sanhá disse que o país precisa  dos cidadãos e da sociedade, frisando que muitas vezes “exigimos ao Estado mas não fazemos nada para o Estado”.

“Devemos começar a mudar um bocadinho as nossas mentalidades, talvez o Estado possa ser capaz de desenvolver e atingir os cidadãos. Os cidadãos têm que ser capaz de saber o que devem fazer para o Estado também”, referiu Sanhá.

Braima Sanhá afirmou que o momento é de trabalhar e defende que  o Ministério e escolas devem estar limpas. “Se o diretor ou professor não podem deixar as escolas limpas que saiam”, disse o novo ministro da Educação, do Ensino Superior e Investigação Científica . ANG/DMG/ÂC//SG

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