segunda-feira, 10 de novembro de 2025


Eleições Gerais
/José Mário Vaz promete libertar presos políticos e restaurar a liberdade de imprensa caso vença eleições

Bissau, 10 Nov 25 (ANG) – O candidato presidencial José Mário Vaz promete, caso  vencer as eleições de 23 de Novembro,  restaurar a liberdade no país, com a soltura de todos os prisioneiros políticos e garantir o regresso da imprensa internacional à Guiné-Bissau.

Falando num comício popular de abertura oficial da sua campanha eleitoral, realizado no sábado, em Bambadinca, região de Bafatá, leste do país, o antigo chefe de Estado prometeu que, sob a sua liderança, “ninguém será preso por motivos políticos” e que “a vingança, o ódio e os ajustes de contas vão terminar”.

 “Comigo no poder, todos podem dormir tranquilos. Ninguém vai bater em ninguém, nem em Domingos Simões Pereira, Braima Camará, Fernando Dias ou Umaro Sissoco Embaló. Vamos unir-nos para desenvolver o nosso país”, declarou.

José Mário Vaz apelou ainda às Forças de Defesa e Segurança, e em particular ao Chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas, Biagué Na Ntan, para manterem-se afastados da política,  recordando que, durante o seu mandato, o general assegurou-lhe que os militares respeitariam o poder civil e o mandato presidencial até ao fim.

O antigo Presidente destacou que, após perder as eleições anteriores, aceitou os resultados e entregou o poder pacificamente a Umaro Sissoco Embaló.

 “Quando perdi, peguei na mão da minha esposa e saí do Palácio, se Umaro ganhar novamente, vamos o apoiar e se perder deve fazer o mesmo que eu fiz: pegar a mão da sua esposa e deixar o palácio, isso é democracia”, afirmou.

Felicitou os militares por terem respeitado a Constituição e acompanhado Embaló até ao fim do seu mandato.

Entre as promessas eleitorais, José Mário Vaz garantiu que, caso regresse ao poder, o preço da castanha de caju voltará a ser mil francos CFA, e que a batata-doce voltará a ser exportada para o Senegal, e também prometeu melhorar as condições de ensino e investir na agricultura.

 “A nossa economia é a agricultura e a agricultura é a nossa economia”, referiu citando Amílcar Cabral, ao apelar aos cidadãos para valorizarem o trabalho agrícola.

O ex-Presidente lamentou ainda a situação social do país, denunciou a fome que afeta várias regiões do interior. “Não pode haver democracia sem paz, nem paz com fome”, sublinhou.

José Mário Vaz terminou o comício apelando à unidade e ao entendimento entre os guineenses. “O país está perdido porque não queremos respeitar e entender-nos uns aos outros,ninguém virá de fora para construir a Guiné-Bissau se não os seus próprios filhos”, afirmou.ANG/MI/ÂC//SG

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