quinta-feira, 29 de julho de 2021


Covid-19/
Guiné-Bissau regista mais 122 novos casos de infecção e 43  pessoas  são dadas como recuperadas  

Bissau, 29 Jul 21(ANG) – A Guiné-Bissau registou mais 122  novos casos de infeção por Covid-19, entre segunda e terça-feira, e mais 43  pessoas foram dadas como recuperadas da doença, segundo o boletim do Alto Comissárido para covid-19.

Os dados do Alto Comissariado para covid-19, da  semana passada, de 19 a 25 de julho, apontavam que o país registou um acumulado de 160 infecções entre 1,730 testes realizados e 105 individuos declarados recuperados.  

De acordo com dados de Boletins de actualização da pandemia do Alto Comissariado para a Covid-19, à que  a ANG teve acesso hoje referentes aos dias 26 e 27 do corrente mês,  foram testados  um total de 745 pessoas.

Segundo esses dados em dois dias ou seja entre segunda e terça-feira a doença afectou 65 homens e 57 mulheres.

 Mais 14 pessoas estão internadas, elevando o número de internamentos para 261, sete pessoas estão hospitalizadas por suspeitas de contágio, estando em activos um total acumulado de 400 casos.

Os mesmos dados referem que a Guiné-Bissau contabiliza 74 vitimas mortais associados ao novo coronavírus.

Em termos gerais, de acordo com o Alto Comissariado, a Guiné-Bissau, conta  actualmente com um total acumulado de 4,334 infecções, num universo de 79,988 amostras analisadas, 3,854 pessoas foram dadas como recuperadas. ANG/LPG/ÂC//SG

 

OMS/ Director-geral  alerta para perigo do consumo de cigarros eletrónicos

Bissau, 29 Jul 21 (ANG) -  A Organização Mundial da Saúde (OMS) alertou quarta-feira para o perigo do consumo de cigarros electrónicos e outros produtos semelhantes para a saúde, defendendo uma melhor regulamentação.


"A nicotina é muito aditiva e os inaladores electrónicos de nicotina são perigosos e devem ser melhor regulamentados", afirmou o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado pela agência noticiosa AFP.

A OMS publicou quarta-feira um novo relatório sobre o combate ao tabagismo, elaborado em colaboração com a organização filantrópica Bloomberg Philanthropies, fundada pelo ex-presidente da Câmara de Nova Iorque Michael Bloomberg.

O relatório denuncia que os fabricantes procuram aliciar crianças e adolescentes com milhares de sabores, tendo listado 16 mil, e com declarações tranquilizadoras.

"Uma vez que as vendas de cigarros estão a retroceder, as empresas do tabaco promoveram agressivamente novos produtos, como os cigarros eletrónicos ou produtos à base de tabaco aquecido, e abordaram governos para limitar a sua regulamentação", acusou o magnata Michael Bloomberg, que criou a Bloomberg, uma empresa de tecnologia e dados para o mercado financeiro.

Segundo o ex-autarca de Nova Iorque, o objetivo da indústria do tabaco é tornar "uma nova geração viciada em nicotina".

"Não podemos deixar", exortou.

A OMS advertiu, em particular, para os efeitos nefastos da nicotina no desenvolvimento do cérebro dos mais novos, assinalando que as crianças que consomem cigarros eletrónicos têm mais probabilidade de fumar mais tarde.

De acordo com o relatório, 32 países proíbem a venda de inaladores eletrónicos de nicotina e 79 adotaram pelo menos uma medida para limitar o seu uso, como o fim da sua publicidade. Contudo, 84 países nada fizeram para travar o aumento destes produtos.

Os esforços para os regulamentar não devem distrair os governos da luta contra o tabagismo, que mata oito milhões de pessoas por ano, incluindo um milhão por fumo passivo, avisa a OMS.ANG/Angop

 

 

 

Comunicação social/Bolsonaro fez 87 insultos a jornalistas e 'medias' no primeiro semestre”, diz Repórteres Sem Fronteiras 

Bissau,29 Jul 21(ANG) - O Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, fez 87 insultos à imprensa do país entre janeiro e junho deste ano, um crescimento de 74% face o segundo semestre de 2020, segundo relatório divulgado quarta-feira pela Repórteres Sem Fronteiras (RSF). 

Para a RSF, trata-se de um crescimento "quase vertiginoso

" dos ataques do líder brasileiro que adotou um sistema de insultos aos 'media' no qual três dos seus filhos, membros do legislativo nacional e regional, também participaram ativamente.

Carlos Bolsonaro, vereador do Rio de Janeiro, foi o autor de 83 ataques à imprensa no primeiro semestre do ano, Eduardo Bolsonaro, deputado federal, foi responsável por 85 ataques contra os 'media' brasileiros e o senador Flávio Bolsonaro os insultou 15 vezes. 

No total, o "sistema Bolsonaro", conforme foi descrito pela RSF, foi responsável por 331 ataques à imprensa no Brasil, um aumento de 5,41% face ao segundo semestre de 2020. Os ataques à imprensa também vieram de outros membros do Governo brasileiro. 

Entre os ministros mais ofensivos estão Onyx Lorenzoni, nomeado qurta-feira ministro do Trabalho, e Damares Alves, chefe da pasta da Mulher, Família e Direitos Humanos, com 18 e sete ataques nas redes sociais, respetivamente, naquele período.

A RSF analisou relatos de Bolsonaro, dos seus filhos e de membros do Governo no Twitter e no Facebook, principais canais de ataques a jornalistas e meios de comunicação social.

Da mesma forma, foram analisadas aparições públicas, entrevistas e programas semanais ao vivo do Presidente, em que este proferiu palavrões contra a imprensa em 19 dos 24 programas transmitidos entre janeiro e junho. 

A Rede Globo foi a 'media' mais atacada, com 76 insultos no total. Seguiram-se Grupo Folha (44) e o jornal O Estado de S.Paulo (11). Outros meios de comunicação social, como o Portal UOL e CNN Brasil, também foram alvo de Bolsonaro.

Em 2020, a imprensa brasileira sofreu 580 ataques, 85% de Bolsonaro e os seus três filhos, num ano que foi descrito como "desastroso" pela RSF.

O Brasil caiu da posição 107 para a 111 no Ranking Mundial de Liberdade de Imprensa e, pela primeira vez na história, ficou na zona vermelha, a mais crítica desse índice elaborado anualmente pela RSF. ANG/LUSA

 

ONU/Secretário-geral  saúda retoma das comunicações entre as duas Coreias

Bissau, 29 Jul 21 (ANG) - O secretário-geral da ONU, António Guterres, saudou,  terça-feira, o anúncio de que as duas Coreias retomaram as comunicações telefónicas, 13 meses após Pyongyang as ter cortado unilateralmente em protesto contra o envio, por activistas do sul, de propaganda contrária ao regime.

"O secretário-geral (António Guterres) saúda e apoia a continuação dos esforços das partes para a melhoria nas suas relações, para uma paz sustentável e uma desnuclearização que se possa verificar na península coreana", anunciou o porta-voz da ONU, Farhan Haq.

Países vizinhos, que, tecnicamente, ainda se mantêm em guerra desde a década de 1950, a Coreia do Norte e a Coreia do Sul decidiram reiniciar as comunicações telefónicas a partir das 10h00 locais, explicou o porta-voz do Governo sul-coreano, Park Soo-hyun, num comunicado.

Por seu lado, a agência noticiosa estatal norte-coreana KCNA também deu conta do restabelecimento das comunicações e da troca de mensagens nesse sentido pelos líderes das duas Coreias.

A 09 de Junho do ano passado, Pyongyang suspendeu as comunicações telefónicas com o Sul, argumentando que Seul não tinha feito o suficiente para impedir o envio de balões de ar com propaganda a partir do seu território.

Pouco depois, Pyongyang destruiu o edifício do gabinete de ligação inter-coreano local e bloqueou o diálogo entre os dois países, retomado em 2018, menos de um ano depois de Moon Jae-in se ter tornado Presidente na Coreia do Sul.

O restabelecimento da comunicação surgiu depois de o regime de Pyongyang ter passado mais de um ano em extremo isolamento a tentar combater a pandemia de covid-19 e de ter admitido recentemente uma "crise alimentar", agravada pela onda de calor que atingiu a península coreana nas duas últimas semanas.ANG/Angop

 

 

 

Função pública/UNTG volta à greve em agosto, mas para 15 dias e não  30 habituais

Bissau,29 Jul 21(ANG) -  A União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) vai convocar 15 dias de greve para agosto para dar um "balão de oxigénio" ao Governo, disse quarta-feira o Yasser Turé, vice-secretário-geral da principal central sindical do país.

"Depois de constatar o esforço que o Governo está a fazer para responder às exigências da central sindical, na (terça-feira) numa reunião decidimos que vamos mostrar a nossa flexibilidade e não vamos mandar um pré-aviso de greve para 30 dias, mas um para 15 dias", afirmou Yasser Turé.

Segundo o líder sindical, a UNTG está a dar um "balão de oxigénio" ao Governo, porque também sabe qual é a situação e a condição socioeconómica do país.

"Estamos a dizer ao Governo de uma certa forma que compreendemos e também valorizamos o esforço que estão a fazer, mas é necessário continuarmos até ao fim", salientou.

Yasser Turé, que também é presidente da comissão organizadora dos protestos da central sindical, falava aos jornalistas durante a manifestação que na quarta-feira se realizou em Bissau com dezenas de pessoas a reivindicarem melhores condições de vida.

"Em primeiro lugar estamos a mostrar a resiliência do povo da Guiné-Bissau, estamos a demonstrar que desta vez vamos cumprir com as nossas obrigações no processo democrático e também estamos a trazer uma mensagem à população de que não estamos de acordo com o caminho que o país está a fazer", disse, salientando que as políticas praticadas têm de refletir o desejo das pessoas.

Sublinhando que a "vida está insustentável", Yasser Turé afirmou que é difícil para um chefe de família olhar para os filhos e mulher e cumprir com as suas obrigações.

"Numa democracia no século XXI, o que estamos a assistir é que existe uma total assimetria entre o que os dirigentes estão a propor à população e o que a população está a procurar", afirmou.

A central sindical tem convocado, desde dezembro, ondas de greves gerais na função pública, para exigir do Governo, entre outras reivindicações, a exoneração de funcionários contratados sem concurso público, melhoria de condições laborais e o aumento do salário mínimo dos atuais 50.000 francos cfa para o dobro.

A próxima manifestação realiza-se a 03 de agosto, feriado nacional que assinala o massacre de Pindjiguiti, quando a polícia colonial portuguesa reprimiu um protesto de marinheiros guineenses, provocando a morte a pelo menos 50 pessoas.ANG/LUSA

 

     França/ Filho do presidente obiang condenado definitivamente

Bissau, 29 Jul 21 (ANG) - O Tribunal de Cassação de Paris recusou o recu
rso do vice-presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Nguema Obiang Mangue, condenando-o  quarta-feira a uma pena suspensa de três anos de prisão e ao pagamento de uma multa de 30 milhões de euros.

A decisão do tribunal foi conhecida quarta-feira a tarde, com o Tribunal a rejeitar o recurso interposto pelo vice-presidente da Guiné Equatorial e filho do Presidente, após a sua condenação em 2020 pelas autoridades francesas.

Assim, 'Teodorin' Obiang, como é conhecido, é culpado de branqueamento de dinheiro obtido com práticas corruptas no seu país, sendo válida a sentença de três anos de prisão suspensa, o arresto de bens adquiridos em França no valor de 150 milhões de euros e o pagamento de uma multa de 30 milhões de euros ao Estado francês.

Um dos bens na lista de arresto das autoridades francesas é um edifício na Avenue Foch, numa das zonas mais luxuosas da cidade, que Teodorin obteve através de várias sociedades em França financiadas por entidades públicas da Guiné Equatorial.

O vice-presidente da Guiné  Equatorial vai ainda ter de pagar 3 mil euros à organização Transparency International França pelos gastos que esta teve para rebater o seu recurso. A acção original contra o vice-presidente da Guiné Equatorial foi interposta pela Transparency International França e pela Associação Sherpa.

Os fundos confiscados a Teodoro Nguema Obiang Mangue vão ser ressarcidos pela França à população da Guiné Equatorial sob a forma de ajuda direta ao desenvolvimento neste país africano, através de uma lei aprovada na semana passada, designada lei do desenvolvimento solidário.

O Reino Unido aplicou na semana passada sanções financeiras, por considerar que o estilo de vida luxuoso de 'Teodorin' é "inconsistente com o seu salário oficial como ministro do Governo".

As sanções britânicas incluem congelamento de activos e proibição de viagens ao país, medidas que já foram aplicadas antes a outros 22 dirigentes e outras pessoas de países como a Rússia, África do Sul, Sudão do Sul e América Latina.ANG/Angop

 

 

 

Justiça/Parlamento da Guiné-Bissau não vai convocar sessão para apreciar pedido de levantamento imunidade

Bissau,29 Jul 21(ANG) - A mesa da Assembleia Nacional Popular (ANP) da Guiné-Bissau não tenciona convocar uma sessão extraordinária para apreciar o pedido de levantamento de imunidade de qualquer deputado, refere uma deliberação quarta-feira divulgada à imprensa.

Na deliberação, com data de quarta-.feira e assinada pelo presidente do parlamento Cipriano Cassamá, pode ler-se que a mesa da ANP esteve  reunida no dia 28 do corrente mês, com a presença dos presidentes dos grupos parlamentares para discutir três pontos.

Entre os três pontos estava a "análise e posicionamento da mesa sobre o requerimento do grupo parlamentar do PAIGC (Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde) à nota da Procuradoria-Geral da República, que justifica as razões de impedimento de viagem do deputado Domingos Simões Pereira e líder daquele partido.

"A mesa da ANP deliberou informar que a Assembleia Nacional Popular não tem agendado e nem tenciona convocar sessão extraordinária com o objetivo de apreciar o pedido de levantamento de imunidade a qualquer deputado da Nação", pode ler-se na deliberação.

Em causa está a ordem dada sexta-feira ao Ministério do Interior pelo procurador-geral da República para impedir a saída do país do líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, quando aquele se preparava para viajar para Portugal.

A 24 de junho, a Procuradoria-Geral da República pediu o levantamento da imunidade parlamentar do deputado Domingos Simões Pereira, por suspeita de crimes referente a processos do ano de 2015, 2018 e 2020.

Na sequência do pedido, a comissão de ética do parlamento entregou ao presidente do parlamento a sua decisão, unânime, de não levantar a imunidade parlamentar ao deputado Domingos Simões Pereira por falta de existência de elementos suficientes.

Na carta enviada ao Ministério do Interior, o procurador-geral da República referiu que havia "risco de fuga", porque segundo "as suas fontes" a ANP iria convocar uma reunião extraordinária para levantar a imunidade parlamentar a Domingos Simões Pereira.ANG/Lusa

 

quarta-feira, 28 de julho de 2021

 Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)

Costa do Marfim/Ouattara e Gbagbo dão primeiro passo para reconciliação nacional

Bissau, 28 Jul 21 (ANG) - O Presidente da Costa do Marfim, Alassane Ouattara  recebeu na  terça-feira o  seu antecessor Laurent Gbagbo numa atmosfera de  reconciliação nacional, marcada  por abraços e sorrisos .

Trata-se da  primeira vez  desde  a conturbada  eleição de 2010, que os dois dirigentes se  encontraram.

Durante o encontro, Gbagbo pediu, em nome da reconciliação nacional que o chefe de Estado incumbente faça um gesto e liberte as pessoas detidas na sequência dos eventos violentos de 2010/2011.            

Aperto de mão, abraço, mãos dadas e sorrisos  marcaram  o  primeiro  encontro  entre  o Presidente  Alassane Ouattara da Costa do Marfim e o seu  antecessor, Laurent  Gbabgo, desde a  controversa  eleição  presidencial de Outubro de 2010, que desembocou numa crise e em milhares de mortos.

Após um frente a  frente à  porta fechada que  durou  trinta minutos, os dois  dirigentes marfinenses deram  uma  conferência  de imprensa, no decurso  da  qual     realçaram  o carácter  "fraterno"  e  "descontraído"  do seu encontro de 27 de Julho de 2021.

Durante o ambiente caloroso e de reconciliação nacional que marcou o  encontro, Laurente Gbagbo  apelou  o chefe de Estado marfinense  a libertar  as  pessoas detidas no decurso da violenta crise pós-eleitoral  de 2010-2011, que ainda estão na prisão.

"Nós conversamos fraterna e amigavelmente.  Estou  muito feliz  com a conversa  que tivemos , porque  ela  foi  muito descontraída . Sinto-me orgulhoso por  isso  e  desejei  que de vez em quando possamos ter este género de encontro, que contribui para aliviar a tensão  no  país.

No que me diz  respeito, eu  falei sobretudo com o presidente, insisti, na  questão dos prisioneiros, que foram detidos no momento  da  crise de 2010-2011 e  que  permanecem na prisão.

Eu disse  ao Presidente: você está de acordo comigo, eu  era  o  líder deles. Actualmente eu estou livre, mas eles estão presos. Eu gostaria que o presidente faça todos os possíveis para  que eles sejam libertados. Eu sublinhei esse facto. Tirando isso, falamos da Costa do Marfim que deve seguir em frente", disse Laurent Gbagbo.

Por  seu  lado Alassane Ouattara  afirmou  que a  crise pós-eleitoral de 2010/2011 provocou divergências , mas que tudo isso tinha ficado para trás.

O último frente a frente entre o chefe de Estado marfinense e Laurent Gbagbo  tinha ocorrido em  25 de Novembro de 2010, data  em  que os dois participaram num debate televisivo, três  dias antes da segunda volta da eleição presidencial.

N'Goran Djedri, do Partido Democrático da Costa do Marfim (PDCI), principal força política da oposição liderada  pelo  antigo presidente Henri Konan Bédié, realçou que o seu partido congratula-se com a nova vontade de diálogo manifestada por Alassane Ouattara.

Segundo Djedri, o PDCI  apoia o espírito de diálogo inclusivo na Costa  do Marfim.

A  eleição presidencial de 31 de Outubro de 2010  resultou numa grave crise, que  provocou violentos  confrontos  armados e 3000  mortos.

Laurent Gbabgo, então presidente cessante, foi acusado pelo candidato e adversário Alassane Ouattara,proclamado vencedor com 54,10% dos votos, de não querer aceitar o  resultado do  escrutínio.

Laurent Gbabgo, teria obtido, segundo o Conselho Constitucional da Costa do Marfim, 45,9% dos sufrágios.

O  Colectivo das Vítimas da Costa do Marfim, presidido por Issiaka Diaby, em nome dos mortos  da crise pós-eleitoral de 2010/2011, considerou que a  reconciliação nacional não deve circunscrever-se a duas pessoas, e que a luz deve ser feita sobre os eventos trágicos de há  onze anos. ANG/RFI

 

      
   Nigéria
/Raptores de crianças exigem mais dinheiro para as libertarem

Bissau, 28 Jul 21 (ANG) - O voluntário que na Nigéria tinha entregado o resgate aos raptores de 136 crianças está agora também cativo do grupo.

Estes confirmaram ter recebido o resgate equivalente a 61 000 euros, uma quantia que dizem  alegam estar incompleta.

Numa primeira fase os raptores tinham reclamado o equivalente a 411 000 euros, tendo depois aceitado diminuir o montante.

A 30 de Maio passado cerca de 200 homens armados a bordo de motorizadas tinham invadido a cidade de Tegina, no Estado do Niger, raptando 136 alunos e vários professores da escola privada muçulmana Salihu Tanko.

Abakar Alhassan, o director da escola, ao microfone de Victor Mauriat, relata o imbróglio em torno deste novo caso de rapto de crianças na Nigéria.

"Na segunda à noite conseguimos então o dinheiro: 61 000 euros para o resgate.Foram cidadãos implicados que estiveram a contribuir para o efeito.Fui eu próprio a entregar o dinheiro ao comité dos pais das crianças desaparecidas,disse

Segundo Alhassan, um homem, sem filhos entre os desaparecidos, voluntarizou-se para entregar o dinheiro aos raptores.Estes, em seguida, recuperaram o dinheiro para o contarem, na presença desse homem.Várias horas depois os raptores ligaram a dizer que faltavam perto de 10 000 euros.

“Disseram-me que precisavam de motorizadas e do resto do dinheiro para libertarem o nosso mensageiro e as crianças,disse Abakar acrescentando que o problema é que as pessoas que deram dinheiro por vezes tiveram mesmo que vender as respectivas casas para conseguir esses fundos.

“Eles já não podem dar mais nada !Pedimos ajuda a toda a gente, mesmo de fora da Nigéria, para que nos ajudem por forma a dar-lhes o que eles exigem para conseguirmos que os miúdos voltem para as suas casas," disse Abakar Alhassan, director da escola das crianças raptadas.ANG/RFI

 


Marcha de funcionários públicos
/”Mais de 700 policias não recebem salários”, diz Júlio Mendonça   

Bissau, 28 Jul 21 (ANG) - O Secretraio-geral da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG) denunciou hoje que mais de 700 policias que juraram bandeira há três anos,  não recebem os  respectivos salários.

Julio Mendonça  falava no termino  da segunda  das três marchas programadas pela UNTG, contra  os subsídios “milionários” atribuidos aos titulares dos orgãos da soberania e para o cumprimento dos acordos assinados com o governo, e que contou com  cerca de uma centena  participantes entre funcionarios e  cidadãos anónimos.

O líder da maior central sindical do país, considera  de exploração, o não pagamento de salários aos referidos agentes.

Disse que o país está na situação em que está por falta de justiça, porque, sustenta, se um ou dois governantes forem julgados por maus actos praticados a corrupção teria reduzido, e para o efeito exortou aos magistrados a fazerem o seu trabalho.

O Secretário-geral da UNTG condiciona o fim das manifestações à abolição dos cinco novos impostos introduzidos no Orçamento Geral de Estado deste ano.

Acrescentou que  não vão desistir até que o salario minimo na função pública seja fixado em 100 mil francos CFA, o dobro do salário mínimo actual.

Referiu que o governo, assim como Presidente da República reconheceram a legitimidade das exigências da UNTG  mas nunca se dignaram a cumprí-las.

 Mendonça garantiu aos marchantes de que é possivel mudar a situação a favor dos trabalhadores, porque é possivel ratificar o orçamento que está a ser aplicado.

“Não estou  preocupado com os boatos. Podem conetar-nos com todos os partidos politicos, o importante é atingir o nosso objectivo”, assegurou o Secretário-geral da UNTG.

Júlio Mendonça acredita que o país é viável, por isso promete lutar para o desenvolvimento do país, e nega que a  Guiné-Bissau  é pobre como dizem os politicos.

 “Lutamos e conseguimos o reajuste salarial e não é a dignificação dos trabalhadores que não vou  conseguir, sobretudo no momento em que os funcionarios já estão atentos”, disse.

Segundo Mendonça  a situação que os trabalhadores  e o povo da Guiné-Bissau enfrenta é alarmante, uma vez que o rendimento dos trabalhadores e do  povo não aumentou.

Disse que o povo e os trabalhadores em particular estão a sofrer as consequências dos impostos e taxas implementados pelo próprio governo para satisfazer os seus interesses e se enriquecer à custa da população.

Afirmou que as taxas e impostos implementadas pelo governo no quadro do Orçamento Geral do  Estado  do ano em curso  estão a ceifar vidas do povo em geral, porque provocou subidas dos preços dos produtos no mercado.

“Não é possivel termos as riquezas haliêuticas que temos, e as licenças de pescas  concedidas e o povo não beneficia destes recursos. Além disso, todos os partidos na Guiné Bissau dispõem de pelo menos  um barco de pesca para sustentar as suas despesas.”, disse.

 Para Júlio Mendonça a  melhor forma de interpelar os governantes é sair à rua em massa para manifestar contra acções do governo.ANG/LPG/ÂC//SG

 

Covid-19/África com 6.543.882 infectados e 166.234 mortos desde início da pandemia

Bissau, 28 Jul 21 (ANG) – A pandemia de covid-19 atingiu os 6.543.882 infectados em África, dos quais 5.761.284 recuperaram da doença, e provocou 166.234 mortos, de acordo com os dados oficiais mais recentes.

Segundo o Centro de Controlo e Prevenção de Doenças da União Africana (África CDC), a África Austral continua a ser a região mais afectada do continente, com 3.147.190 infectados e 86,293 mortes associadas à covid-10.
Nesta região, só a África do Sul contabiliza 2.391.223 infectados e 70,338 mortes.

O Norte de África, que sucede à África Austral nos números da covid-19, atingiu os 1.882.294 casos e 53.287 óbitos associados à doença.

A África Oriental contabiliza 788.757 infecções e 16,727 mortos e a região da África Ocidental regista 522.316 infecções e 6.790 mortes.

A África Central é a região do continente com menos casos de infecção e de mortes: 203.325 casos e 3.137 óbitos, respectivamente.

A Tunísia, o segundo país africano com mais vítimas mortais a seguir à África do Sul, regista 19.027 óbitos e 578.962 casos, seguindo-se o Egipto, com 16.498 mortes e 284.090 infectados, e Marrocos, que contabiliza o segundo maior número de infecções em todo o continente, 588.448 casos, mas menos mortes do que os dois países anteriores, com 9.638 óbitos associados à doença.

Entre os países mais afectados estão também a Etiópia, com 4.374 vítimas mortais e 278.920 infecções, e a Argélia, com 4.112 óbitos e 165.204 infectados.

Em relação aos países de língua oficial portuguesa, Moçambique regista 1.341 óbitos e 113.426 casos de infecção acumulados desde o início da pandemia e Angola contabiliza 944 mortes associadas à doença e 42.110 infectados acumulados.

Cabo Verde regista 298 mortes associadas à doença e 33.626 infecções, a Guiné Equatorial 123 óbitos e 8.880 casos, a Guiné-Bissau contabiliza 74 mortos e 4.281 infectados e São Tomé e Príncipe 37 óbitos e 2.413 infecções.

O primeiro caso de covid-19 em África surgiu no Egipto, em 14 de Fevereiro de 2020, e a Nigéria foi o primeiro país da África subsaariana a registar casos de infecção, em 28 de Fevereiro.

A pandemia de covid-19 já provocou pelo menos 4.169.966 mortos em todo o mundo, entre mais de 194,6 milhões de casos de infecção pelo novo coronavírus, segundo o balanço mais recente da agência noticiosa France-Presse (AFP).

A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detectado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e actualmente com variantes identificadas em países como o Reino Unido, Índia, África do Sul, Brasil e Peru. ANG/Inforpress/Lusa

 


Política
/Governo adopta via bancária como unica forma de pagamento de salários nas instituições públicas

Bissau, 28 Jul 21 (ANG) – O Conselho de Ministros deliberou terça-feira numa reunião  que todos os salários da Administração Pública passassem a ser pagos através das instituições bancárias.

Segundo o comunicado produzido no fim desta reunião periódica do colectivo ministerial, à que a ANG teve hoje acesso, foram ainda adoptados os  instrumentos jurídicos sobre consultas Políticas e Diplomáticas entre o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau e de Senegal.

O conselho ainda aprovou o  projecto de condecoração do Embaixador Extraordinário e Plenipontenciário do Reino de Espanha na Guiné-Bissau, , Marcos Rodriguez Cantero. com a medalha de Ordem Nacional de Mérito 

Na mesma reunião  foi aprovado o decreto lei sobre o Estado dos Agentes da Policia de Ordem Publica, e o Decreto relativo ao regulamento disciplinar dos Agentes da Polícia de Ordem Pública e da Guarda Nacional.

No capitulo de nomeações, o colectivo ministerial aprovou a nomeação de vários directores afectos ao Ministério da Defesa Nacional e dos Combatentes da Liberdade de Pátria: Eduíno António Sanca, para ocupar a pasta de Presidente do Centro de Documentação e Hoistória de Luta de Libertação Nacional.

Vanessa Pereira Gomes Nanbera, Directora-geral dos Combatentes da Liberdade da Pátria, Nautaram Mancabu, Director Nacional do Centro de Ação Ante-Minas, e por último Agustinho Caetano Fontes Sá,  Director Geral de Assistência e Inserção Social dos Combatentes da Liberdade da Pátria.ANG/LLA//SG

 

terça-feira, 27 de julho de 2021

   Prevenção contra coronavirus

No plano individual deve-se  manter o distanciamento físico, usar  uma máscara,  lavar as mãos  regularmente e tossir fora do alcance  dos outros. Façam  tudo isso!

A nossa mensagem às populações e aos governos é clara. Façam tudo isso!"

                                        ( Tedros Adhanom Ghebreyesus - DG da OMS)


Caju
/Presidente da ANAG considera de “inexistente” a campanha de comercialização este ano no país

Bissau, 27 Jul 21 (ANG) – O Presidente de Associação Nacional de Agricultores (ANAG), Jaime Boles Gomes, considerou hoje de “inexistente” a campanha de comercialização da castanha de caju no país.

Numa entrevista exclusiva à ANG, sobre a  campanha de comercialicialização da castanha de caju  em curso na Guiné-Bissau, Boles Gomes disse haver  alto nível de desorganização no setor de caju, caracterizado por  decisões inoperantes do governo e  incumprimento das normas por parte de comerciantes e intermediários.

“Neste ano, o governo fixou o preço da referência na fase avançada de comercialização de castanha e quase na época chuvosa, e muitos comerciantes naquela altura já estavam a comprar a castanha num preço muito baixo, que não favorece aos produtores”, afirmou.

Segundo este reponsável, esses aspetos influenciaram negativamente os agricultores e consequentemente a economia nacional.

"Quando uma entidade governamental estipula normas para todo o mundo cumprir, e a mesma entidade vier a ser a principal violadora destas normas, provoca desordens e desacatos. Foi isso que sucedeu no presente processo de comercialização da campanha”, referiu.

O Presidente da ANAG considera que, se se continuar nesta linha, os agricultores vão se empobrecer mais, a produção vai diminuir, e acrescenta que já se depara com problemas de pragas nas plantações de caju, e de falta de tratamento para se manter a qualidade da castanha.

De acordo com Boles Gomes, para a valorização deste setor não basta a fixação dos preços anualmente, mas também fazer investimentos na fileira para incentivar a transformação local do caju, e gerar rendas e emprego para jovens e mulheres.

Boles apela ao executivo a criar, para a próxima campanha, dispositivos capazes de fazer cumprir as regras estabelecidas para a campanha.ANG/CP/ÂC//SG

 

 

Alterações climáticas/comunidade internacional analisa relatório sobre clima após série de catástrofes

Bissau, 27 Jul 21 (ANG) - Representantes de 195 países começaram a examinar segunda-feira,em Paris, as novas previsões dos especialistas sobre o clima da ONU, um relatório de referência "crucial para o sucesso" da conferência sobre o tema, a COP26, em Novembro.

Sete anos depois do último relatório dos cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), a actual avaliação será divulgada após as chuvas devastadoras na China e na Alemanha, além das temperaturas sufocantes no Canadá.

"As últimas seis semanas nos apresentaram uma série de acontecimentos devastadores, calor, inundações, incêndios, secas e mais (...) Há vários anos alertamos que era possível, que tudo isto aconteceria", afirmou a secretária executiva da Convenção Marco das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, Patricia Espinosa.

Para Petteri Taalas, secretário-geral da Organização Meteorológica Mundial (OMM), "o relatório que vão concluir será muito importante no mundo inteiro (...) Este informe de avaliação é crucial para o êxito da conferência sobre o clima de Glasgow (Escócia), em Novembro".

A menos de 100 dias da COP26, Espinosa alertou que não "estamos no caminho certo para respeitar a meta do Acordo de Paris de limitar o aquecimento global a +1,5ºC até o final do século".

"Na verdade, estamos no caminho oposto, caminhamos para mais de +3ºC. Temos que mudar de rumo com urgência, antes que seja tarde demais", insistiu.

Apesar das imagens chocantes dos desastres naturais, alguns temem que esse interesse pelo clima seja apenas passageiro e que a cimeira de Novembro não termine em acordos significativos.

"Neste momento, todos estão a falar sobre uma emergência climática e com bons motivos. Mas, quando essas tragédias acabarem, provavelmente iremos esquecer novamente e continuar como antes", lamentou a activista Greta Thunberg, que mobilizou milhões de jovens nos últimos anos por uma redução drástica nas emissões de gases de efeito estufa por parte dos governos.

O relatório do IPCC, que deve ser publicado a 09 de Agosto e cujas conclusões para os líderes políticos serão cuidadosamente negociadas ao longo de duas semanas, deve actualizar a avaliação e suas previsões climáticas sobre o aumento das temperaturas, níveis do oceano, intensificação de eventos extremos, entre outros tópicos.

Além disso, outras duas partes serão publicadas no início de 2022, incluindo uma que mostra como a Terra mudará em 30 anos, ou mesmo antes, e da qual a AFP obteve uma versão preliminar.

Mas esta ferramenta será lançada após a COP26.

Com a assinatura do Acordo de Paris em 2015, quase todos os países do planeta se comprometeram a reduzir suas emissões de CO2 para limitar o aquecimento global "bem abaixo" de +2ºC em comparação com a era pré-industrial e, se possível, +1,5°C.

Essa meta de +1,5ºC se tornou uma prioridade para muitos activistas e autoridades políticas, especialmente quando o planeta ganhou aproximadamente 1,1°C desde a Revolução Industrial. Cada décimo adicional conta, porque traz fenómenos extremos.

Mas isso pode ser alcançado? Essa é uma das perguntas que o relatório do IPCC terá de responder, com base em milhares de estudos científicos.

Alguns duvidam de que seja possível. Outros, na tentativa de evitar o desânimo, dizem que não é impossível.

"Limitar o aquecimento a +1,5ºC ainda é física, técnica e economicamente possível. Mas não por muito tempo, se continuarmos a agir pouco e tarde", estima Kaisa Kosonen, da ONG Greenpeace.

"O IPCC nos disse qual deve ser a ambição: que cada país do mundo se comprometa com a neutralidade de carbono e detalhe o plano para alcançá-la", insistiu hoje a vice-directora executiva de Meio Ambiente das Nações Unidas, Joyce Msuya.

Para atingir essa meta, as emissões devem ser reduzidas em 7,6%, em média, a cada ano entre 2020 e 2030, segundo a ONU. Em 2020, este registro caiu, devido à pandemia, mas a expectativa é que volte a aumentar.

Diante das poucas medidas planeadas para impulsionar a energia limpa, a Agência Internacional de Energia (AIE) prevê, inclusive, emissões recordes para 2023.

"Mas, se não conseguirmos, alcançar 1,6ºC é melhor que 1,7ºC, e 1,7 ºC é melhor que 1,8ºC", diz o climatologista Robert Vautard, um dos autores do IPCC.ANG/Angop

ONU/Alterações climáticas e conflitos são causa e consequência de pobreza e fome

Bissau,  27 Jul 21(ANG) – O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres disse hoje que as alterações climáticas e os conflitos são causa e consequência de pobreza e da desigualdade de rendimentos e preços da alimentação.

Guterres também afirmou, durante uma reunião em Roma, que o sistema alimentar mundial produz um terço de todas as emissões de gases com efeito de estufa. Em mensagem transmitida por vídeo, Guterres lamentou também que este mesmo Sistema seja responsável pela perda de 80% da biodiversidade.

A reunião foi convocada para preparar uma cimeira da ONU sobre sistemas de alimentação, que vai decorrer em Nova Iorque, em Setembro.

No início deste mês, um relatório da ONU salientava que havia mais 161 milhões de pessoas a passar fome do que em 2019, com muito deste agravamento a resultar da pandemia do novo coronavírus.

“Pobreza, desigualdade de rendimentos e o elevado custo da alimentação continuam a manter as dietas saudáveis fora de alcance de três mil milhões de pessoas”, disse Guterres. “As alterações climáticas e os conflitos são ambos consequências e causas desta catástrofe”.

O Fundo Internacional para o Desenvolvimento Agrícola (FIDA) apelou aos decisores políticos que “resolvam as falhas dos sistemas de alimentação”, que deixam centenas de milhões de pessoas pobres e com fome. O FIDA é uma agência da ONU destinada a ajudar a agricultura de pequena escala.

O FIAD considerou que os sistemas alimentares têm de “mudar radicalmente” para garantir acesso a comida saudável, onde a produção alimentar “protege o ambiente e a biodiversidade e onde as pessoas que produzem a comida são pagas decentemente pelo seu trabalho”.

Em 2020, pelo menos 811 milhões de pessoas passaram fome, segundo aquele relatório da ONU.

Guterres adiantou que os trabalhos preparatórios, em Roma, vão ajudar a definir o tom para a acção durante esta década e para uma “recuperação equitativa e sustentável” da pandemia do novo coronavírus.

Estes esforços têm implicações financeiras. O economista-chefe da Organização da Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em Inglês) estimou que a remoção de 100 milhões de pessoas do estado de subalimentação crónica exigiria 14 mil milhões de dólares (cerca de 12 mil milhões de euros) todos os anos, até 2030, e cerca do triplo para conseguir o objectivo da ONU de fome zero até 2030. ANG/Inforpress/Lusa