quinta-feira, 29 de julho de 2021

     França/ Filho do presidente obiang condenado definitivamente

Bissau, 29 Jul 21 (ANG) - O Tribunal de Cassação de Paris recusou o recu
rso do vice-presidente da Guiné Equatorial, Teodoro Nguema Obiang Mangue, condenando-o  quarta-feira a uma pena suspensa de três anos de prisão e ao pagamento de uma multa de 30 milhões de euros.

A decisão do tribunal foi conhecida quarta-feira a tarde, com o Tribunal a rejeitar o recurso interposto pelo vice-presidente da Guiné Equatorial e filho do Presidente, após a sua condenação em 2020 pelas autoridades francesas.

Assim, 'Teodorin' Obiang, como é conhecido, é culpado de branqueamento de dinheiro obtido com práticas corruptas no seu país, sendo válida a sentença de três anos de prisão suspensa, o arresto de bens adquiridos em França no valor de 150 milhões de euros e o pagamento de uma multa de 30 milhões de euros ao Estado francês.

Um dos bens na lista de arresto das autoridades francesas é um edifício na Avenue Foch, numa das zonas mais luxuosas da cidade, que Teodorin obteve através de várias sociedades em França financiadas por entidades públicas da Guiné Equatorial.

O vice-presidente da Guiné  Equatorial vai ainda ter de pagar 3 mil euros à organização Transparency International França pelos gastos que esta teve para rebater o seu recurso. A acção original contra o vice-presidente da Guiné Equatorial foi interposta pela Transparency International França e pela Associação Sherpa.

Os fundos confiscados a Teodoro Nguema Obiang Mangue vão ser ressarcidos pela França à população da Guiné Equatorial sob a forma de ajuda direta ao desenvolvimento neste país africano, através de uma lei aprovada na semana passada, designada lei do desenvolvimento solidário.

O Reino Unido aplicou na semana passada sanções financeiras, por considerar que o estilo de vida luxuoso de 'Teodorin' é "inconsistente com o seu salário oficial como ministro do Governo".

As sanções britânicas incluem congelamento de activos e proibição de viagens ao país, medidas que já foram aplicadas antes a outros 22 dirigentes e outras pessoas de países como a Rússia, África do Sul, Sudão do Sul e América Latina.ANG/Angop

 

 

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