Dia dos Mártires de
Pindjiguiti/UNTG garante ter reunido
condições necessárias para marcha pacífica de quarta-feira(14)
Bissau, 13 Jul 21 (ANG) - O
porta-voz de Comissão Organizadora da celebração do Dia dos Mártires de
Pindjiguiti, da União Nacional dos Trabalhadores da Guiné (UNTG), no próximo
dia 03 de Agosto, garantiu esta terça-feira que já estão reunidas as condições necessárias para a realização de uma
marcha pacífica prevista para quarta-feira,14 do corrente mês
Malam Indjai falava numa conferência de
imprensa na qual a central sindical reafirmou as actividades previstas para a
celebração da data de três de Agosto.
“Pretendemos fazer uma
manifestação que ficará na história das manifestações do país, por isso, apelamos a presença do povo guineense em
geral na sede de UNTG, a partir das 07 de manhã para seguir-mos rumo a
Assembleia Nacional Popular. Vamos todos usar a camisa branca como símbolo da paz, sem
esquecer do respeito pelas medidas de prevenção da Covid-19”, disse o
porta-voz.
Indjai sublinhou que a marcha
será uma forma de chamar a atenção aos decisores políticos sobre a situação que
os trabalhadores e o povo guineense, em geral, estão a enfrentar de momento, de
modo a evitar a agravação das consequências negativas para o país.
“A melhor forma de interpelar
os governantes é sair à rua em massa para manifestar o nosso desagrado face a
situação alarmante que estamos a enfrentar, porque, senão, correremos o risco
de entrar nos piores momentos”, avisou o porta-voz.
Questionado se o Ministério
de Interior vai assegurar a marcha, Indjai garantiu que sim, uma vez que o povo
tem os seus direitos e que a realização da marcha e de manifestação consta na
Constituição da República da Guiné-Bissau.
Por outro lado, Malam
informou que tudo indica que o governo não está em condições de cumprir com seus
deveres, “porque no comunicado de Conselho de Ministro, do dia 06 de Maio, do
corrente ano, ficou decidido a revogação, pelo Governo, de todos os despachos “ilegais”
identificados por uma comissão criada e à qual a UNTG faz parte, dentro de 48
horas, o que, segundo Malam Injai, não se verificou.
Acrescentou que o governo se comprometeu a satisfazer os pontos em reivendicação da UNTG mas que até o momento nada se concretizou.
“Nós, na qualidade dos
trabalhadores, não podemos passar o resto da nossa vida a trabalhar para enriquecer
um grupo de pessoas, enquanto enfrentamos imensas dificuldades. Por isso, a
nossa luta para o bem de todos será constante“, garantiu.
Adiantou que nestas
manifestações no quadro das celebrações do 3 de Agosto, dia de “Mártires de Pindjiquiti” vão exigir
que o governo acabe com situações de
greves na Função Pública, que baixe o preço dos produtos no mercado, que
melhore as condições para os trabalhadores e o povo guineense, e revogue os
despachos “ilegais”, entre tantas reivindicações.
Indjai disse que, se o
governo não honrar as suas obrigações de minimizar as dificuldades dos
trabalhadores e do povo, vão continuar as suas
lutas no sentido de encontrar uma solução.
O dirigente sindicalista
disse que a manifestação do dia 14, quarta-feira, será apenas o início de uma étapa de reclamações que vão
terminar no dia 03 de Agosto, e que
serão promovidas ao nível nacional.ANG/AALS/ÂC//SG
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