quarta-feira, 9 de novembro de 2016

COP22

Índice Global de Risco Climático aponta Africa como o continente mais prejudicado

Marrakech, 09 Nov 16 (ANG) - A África é o continente mais atingido pelos eventos climáticos extremos em 2015, revela o relatório do Índice Global de Riscos Climático, segundo o qual mais de 530 pessoas morreram no continente, em consequência desses eventos que também provocaram danos materiais avaliados em vários triliões de dólares.

Trata-se do 12ª  relatório do Índice Global de Risco Climático, e revela que dentre os 10 países mais afectados principalmente pelas inundações do ano passado no continente, Moçambique figura em primeiro lugar.

O Malawi se situa na terceira posição e Ghana e Madagascar, ambos partilham  a 8ª posição. 

"As inundações afetaram o continente anfitrião da cúpula climática deste ano", explica Sönke Kreft, da Germanwatch, autor do referido relatório à que a ANG teve acesso em Marakech, Marrocos aonde decorre desde segunda-feira a 22ª Convenção da ONU sobre as Alterações Climáticas. 

Ao nível global, de acordo  com o documento, as ondas de calor foram responsáveis pela morte de mais de 4.300 pessoas na Índia e mais de 3.300  em França.

 “Quer os países em desenvolvimento como os desenvolvidos enfrentam os mesmos problemas em termos climáticos, como chuvas cada vez mais fortes, inundações e ondas de calor”, lê-se no relatório.

“As pessoas estão sofrendo com a falta de proteção e com insuficiência de meios para a gestão dos desastres, especialmente nos países pobres”, destacou Sönke Kreft citando o relatório produzido pela ONG alema, “A Germanwatch”, com sede em Bona e Berlim.

Kreft sublinhou que em 20 anos de análises dos problemas provocados pelo clima, constatou-se que nove dos 10 países mais afetados são nações em desenvolvimento pertencentes às categorias de renda baixa ou média-baixa. 

“Geralmente são países com níveis muito baixos de emissões, ou seja, os menos responsáveis ​​pelas alterações climáticas", disse apontando como exemplo Honduras, Mianmar e Haiti na América Latina como os mais atingidos no período 1996-2015, em que ocorreram mais de 11.000 eventos climáticos extremos.

Kreft acrescentou que os resultados do Índice Global de Risco Climático interpela à todos sobre a importância de apoiar a política de resiliência e de mitigar os efeitos negativos dos eventos climáticos sobre as pessoas e os países.

O relatório apresentado em Marakech cingiu a sua análise sobre os países mais afetados pelos eventos climáticos extremos nas áreas hidrológicos, meteorológicos e climatológicos em 2015 e no período de 1996-2015.
José Augusto Mendonça, enviado especial da ANG

terça-feira, 8 de novembro de 2016

COP22

    Pavilhão de África entre os mais visitados no primeiro dia do certame

Marakech, 08 Nov. 16 (ANG) - O espaço dedicado à África na Convenção da ONU sobre as Alterações Climáticas (COP22), em curso em Marakech, Marrocos recebeu, em 24 horas mais de 12 mil visitas  de  delegados, observadores e jornalistas presentes no  certame mundial.

Situado numa grande tenda , o sitio africano, que nos próximos 11 dias irá acolher diversos eventos, apresenta grandes telas retratando cenas do deserto, dos oceanos e da floresta de todo o continente
Nas últimas horas vários países organizaram eventos e mesas redondas para destacar os esforços empreendidos na luta contra as alterações climáticas. “Dar às zonas rurais um melhor acesso à energia e trabalhar com a indústria de aviação civil internacional” foram alguns dos temas  debatidos na abertura do pavilhão africano.
Igualmente houve um painel de cientistas internacionais que debateu a segurança climática,  com enfoque para os agricultores africanos que enfrentam a seca.
Por exemplo, A Tunísia e a Etiópia associaram-se e debateram com representantes alemães, a forma como como os três podem criar soluções, com base no mercado de carbono, para resolver os seus problemas ambientais.
A Tunísia está particularmente interessada em envolver o sector do cimento.
O primeiro dia da COP22, foi dedicado ao tema " África em Acção ", pelo que no seu discurso de abertura, o ministro dos Negócios Estrangeiros do Marrocos e Presidente da COP22, salientou o facto da conferência se realizar "em solo Africano”, o que para ele demonstra o compromisso de todo o continente de contribuir para o esforço global na luta contra as mudanças climáticas.
Salaheddine Mezouar enfatizou a importância de ajudar aos países africanos a fazer face às mudanças climáticas, porque "o sol não ignora uma vila apenas por ser  pequena."
O Acordo de Paris incluiu uma provisão para “perdas e danos", um termo que se refere ao que as nações insulares do Pacífico e os países mais pobres em todo o mundo enfrentam como resultado dos desastres naturais.
Jose Augusto Mendonça, enviado especial da ANG à COOP22

COP22

Presidência marroquina aposta na facilidade e transparência no financiamento de projectos


Marrakech, 08 nov 16 (ANG) – O Ministro dos Negócios estrangeiros do Marrocos, que assumiu segunda-feira a presidência da Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP 22) garantiu que no seu mandato haverá facilidades e transparência necessárias no relacionamento entre os Estados signatários do acordo de Paris (AP), para assim promover uma dinâmica virtuosa para ajudar os países em desenvolvimento.
Salaheddine Mezouar que falava durante uma conferência de imprensa realizada logo depois de ter recebido o “martelo simbólico” das mãos da  Presidente cessante da COP  Sigolene Royal, sublinhou  que espera  transmitir  competências aos Estados Partes para que possam aceder a  maturação.

O novo presidente assegurou que vai garantir financiamento aos projectos assumidos em Paris e trabalhar com transparência para melhor definição e estruturação de iniciativas.
Vincou que ao longo do mandato de Marrocos, irão investir e fazer de tudo para que se possa avançar “o mais longe possível, no consenso entre as partes”.
O diplomata marroquino ressalvou, mais uma vez, a necessidade de haver  mais fluxo de financiamento, de capacitação e transferência de tecnologia como questões essenciais  para uma efectiva implementação do AP, ainda por ratificar pelos parlamentos de 93 países do mundo, incluindo a Guiné-Bissau, que, apesar do governo ter rubricado o documento, o parlamento ainda ainda não o ratificou.
“Trata-se de um exercício que vamos fazer para que haja financiamento de projetos e iniciativas financiáveis”, enfatizou Mezouar salientando que os mecanismos para o desbloqueamento do chamado “fundo verde para o clima” incidirá directamente sobre projectos bem  estruturados e já apresentados pelos países que candidataram, entre os  quais a Guiné-Bissau.
''Faremos  com que em 2017 haja maior fluxo e que os financiamento possam ser acessíveis aos países” prometeu Salaheddine Mezouar tendo salientado que o importante é facilitar e harmonizar estes fundos de modo a minimizar ou, mesmo, neutralizar os obstáculos até aqui conhecidos no seu desbloqueamento, nomeadamente a burocracia excessiva”, referiu.
Para tal, prosseguiu ainda o Presidente do COP22, e necessário haver confiança na sua equipa, na certeza de que  o seu trabalho irá incentivar, e muito, os países em desenvolvimento a participarem e obterem mais benefícios desta iniciativa da ONU.
'É este o foco sobre o qual estamos concentrados desde agora, ou seja, neste primeiro dia que assumimos o cargo'', disse a concluir .
De acordo com o Chefe da delegação da Guiné-Bissau presente no COP22 e ponto focal para as alterações climáticas, Viriato Luís Gomes Cassamá, o pais se engajou em Paris com 7 ambiciosos projectos sub-regionais avaliados em cerca de 200 milhões de dólares.

José Augusto Mendonça, enviado especial da ANG ao COP22

Auscultação presidencial

1º vice-presidente do PAIGC exorta José Mário Vaz a respeitar consenso alcançado em Conacri


Bissau,08 Nov 16(ANG) - O primeiro vice-presidente do PAIGC e ex-primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Correia considerou hoje que o Presidente da República deve respeitar o consenso alcançado em Conacri sobre a figura para liderar o próximo Governo.

Carlos Correia que chefiou a delegação do PAIGC ao encontro de aucultação com José Mário Vaz, disse à imprensa que, se o chefe de Estado não nomear essa figura do consenso estaria a desrespeitar o documento assinado pelos atores políticos.

O Vice Presidente dos libertadores disse que José Mário Vaz pediu ao PAIGC para enviar a sua proposta, por escrito, do nome para o futuro primeiro-ministro ainda hoje.

O Partido da Renovação Social, segundo o seu  Secretario-geral, Florentino Mendes Pereira ,segunda força política do país deixou claro ao Presidente da República que não vai aceitar a nomeação de Augusto Olivais, dirigente do PAIGC, para o cargo do primeiro-ministro da Guiné-Bissau.

O secretário-geral do PRS disse que o partido só aceita os nomes de Umaro Sissoco e de João Mamadu Fadia para liderar o próximo Governo de Inclusão e de Consenso.

O PRS deverá igualmente enviar por escrito a sua proposta de nome ao Presidente guineense. O partido reúne amanhã a Comissão Política para buscar consenso a volta da figura.
O presidente do PCD, Vicente Fernandes, reiterou a defesa de que  cabe ao PAIGC, enquanto partido vencedor das eleições legislativas, indicar o nome da figura para liderar o governo.

"O partido que ganhar é que deve propor o nome do primeiro-ministro", disse Vicente Fernandes a saída de audiência com o Presidente da República.

O PCD deverá enviar também a sua proposta por escrito ao Chefe de Estado guineense.
O líder do Partido da Nova Democracia (PND), Iaia Djalo, entende que o Presidente da República deve nomear a pessoa de sua confiança para chefiar o próximo Governo.

O também conselheiro do chefe de Estado guineense, promete enviar ainda hoje a sua proposta de nome por escrito ao Presidente, José Mário Vaz.

Inácio Correia, primeiro vice-presidente do parlamento, disse à saída de audiência com o Presidente da República, José Mário Vaz, que não cabe ao Parlamento indicar o nome da figura para chefiar o  Governo .
ANG/ÃC/SG

Faculdade de Medicina

Governo põe fim ao ingresso de estudantes sem curso pré-médicos


 Bissau,08 Nov 16 (ANG) – A conclusão do12º ano de escolaridade e o teste de admissão na universidade deixaram de ser suficientes para o ingresso na faculdade de Medicina, revelou a RDN citando o ministro da Saúde Pública, Domingos Malú.
“Não haverá mais entrada para o primeiro ano do curso na área da medicina após a realização do teste ou a conclusão do 12º ano de escolaridade. Todos os interessados devem frequentar um curso pré-médico, porque nem toda gente tem vocação para ser médico”, disse o ministro.

Domingos Malú fez esta revelação na cerimónia de abertura do curso preparatório do ingresso na Faculdade de Medicina destinado a 150 estudantes.
Na ocasião, o embaixador de Cuba na Guiné-Bissau, Tomas Lourenço Gomes prometeu mais apoios para formação de técnicos na área da saúde.
Em nome dos estudantes do curso pré-médico, Cassiane Vieira disse que abertura do curso representa uma oportunidade que vão encarar com capacidade, força, vontade e dedicação.
“A medicina é uma área de conhecimento humano, organizado como profissão, incumbida para a manutenção e restauração da saúde. Ela é, no sentido amplo, a prática de prevenção e cura das doenças humanas”, referiu Cassiane Vieira.

ANG/LPG/ÂC/SG

Bedanda

        Sete membros de uma família foram mortas acusadas de feitiçaria

Bissau, 08 Nov 16 (ANG) – Sete pessoas de uma família, foram recentemente torturados até a morte, por um grupo de populares da tabanca de Cadik N´bitna no setor de Bedanda, sul do país, por alegadas práticas de feitiçaria.

Vista do sector de Bedanda
Segundo a RDN, a denúncia foi feita no último fim-de-semana pelo governador da região de Tombali, Bacar Bodjam aquando da visita àquela localidade do ministro do Interior Botche Candé.

Bodjam que falava à imprensa disse que os criminosos após terem assassinado toda a família acusada resolveram ameaçar a morte o próprio régulo da povoação e os filhos deste.

O Governador de Tombali afirmou ainda que aquela região não conseguiu combater a referida prática devido a falta de meios às autoridades administrativas e policiais da área.

Lembrou ainda que as irmãs da Igreja Católica que cuidavam da saúde dos populares de Cadik e Bedanda e das escolas para as crianças, também foram vítimas de assaltos e de tentativa de estupro por parte de um grupo de jovens. Segundo o governador, as referidas irmãs acabaram mesmo por abandonar aquele sector.

Bacar Bodjam ainda revelou que, recentemente, ma jovem foi torturada pelos familiares por alegadamente ter recusado o casamento forçado.

Apelou aos jovens daquela localidade para denunciarem os infratores e se abdicarem de roubos e outras práticas nefastas.
ANG/RDN     

Mudanças climáticas


Futuro do mundo em discussão num Oasis em pleno deserto de Marrocos
                    (Por José Augusto Mendonca, enviado especial da ANG)

Marrakect,08 Nov 16(ANG) - A bucólica urbe de Marakech, cita a quatro horas de Casablanca, em Marrocos se engalanou totalmente para acolher o 22o Fórum sobre a Convenção das Naçoes Unidas sobre Mudanças Climáticas.

Vista do Marrakech
Um oases em pleno deserto tornou-se  o centro da ateçao mundial
sobre que resultados irão sair deste encontro para ajudar o plandeta a controlar
a emissão do gaz carbono na atmosfera, o  responsável pela fissura na
camada do Ozono.

As ruas, os táxis, mesmo viaturas particulares se enfeitaram com o logotipo
criado pela ONU, em referência a este certame de escala planetária.

Para simbolizar o combate à poluição atmosférica que se pretende com  a iniciativa, as autoridades marroquinas incentivaram a circulação de
caleches puxados por cavalos e que se tornaram muito solicitados pelos
presentes nas suas deslocações na cidade.

Marrakech parece se esparramar largamente em meio à paisagem desértica.
Ao olhar mais atento do hóspede, percebe-se como esse esparramar é
pontuado por grandes propriedades marcadas por cúpulas largas e jardins
 verdes entre palmeiras, olivais e vilas bérberes ao ao seu redor.

Marrakech encanta não só pela sua personalidade norte-africana, de
arquitetura fortemente árabe e sotaque tão francês entre os habitantes, como
também pela contemporaneidade luxuosa dos seus hotéis, bares e restaurantes, e que a deram o estatuto de cidade moderna.

A curiosa combinação de um oásis cosmopolita associada à pintura rosa-
avermelhada das suas habitações, a ponto de ser conhecida por “cidade
vermelha”, Marrakech recebe  aos seus visitantes com uma quantidade impressionante de lojas, cafés, restaurantes, galerias de arte, museus e palácios abertos à visitas.

Até no trânsito peculiar, com ausência constante de faixa de pedestres e um
sem fim de motocicletas barulhentas que transitam entre carros, carroças,
bicicletas e camelos, se sente o charme da cidade.

A única nota destoada no cenário arco-iris que actualmente se vive na cidade
tem a ver com os 5.000 elementos de polícias destacados pelas autoridades
marroquinas para securizar o COP22, onde cerca de 120 chefes de Estado,
incluindo, obviamente, o guineense, José Mário Vaz, e 90 chefes de governo
são esperados.
 
A forte presenca das forças de seguranca (militares, policia de seguranca
pública, trânsito e a secreta) serve para previnir eventuais
destúrbios e garantir o sossego dos participantes no evento que decorre num
complexo de gigantescas tendas brancas instaladas num raio de 300 metros
quadrados em pleno centro da cidade.

Estão presentes mais de 20 mil participantes, entre delegacões governamentais,ONG,s ambientalistas, jornalistas e celebridades, tais como o actor nortre-americano protagonista do “Regresso ao Futuro”, Arnold Swarznegger,
Sigolene Royal, ex-candidata a presidência francesa e presidente do Fórum
similar realizado em 2015 em Franca entre outras.

Estaria aqui durante todo o dia a escrever e nem ao meio concluiria as
discrições peculiares que marcam esta cidade árabo/africano em pleno coracão
de Marrocos, pois o tempo nestes dias custa muito caro, em Marrakech, por isso não posso desperdiçá-lo. Até ja... ANG/Fim

Marrakech/COP22


“Temos base sólida para reduzir o aquecimento global a 2 degraus”, diz Segolene Royal

Marakech,08 Nov 16 (ANG) - A Presidente do Fórum sobre a Convenção das Nações Unidas para Mudanças Climáticas realizadas em 2015 em Franca, sublinhou que, com a entrada em vigor do acordo obtido em Paris (AP) em Novembro, o mundo possui agora uma base solida para reduzir o aquecimento global em menos de dois graus centígrados e, assim, diminuir o efeito das mudanças climáticas.
 
Segolene Royal que falava segunda-feira na abertura oficial do 22ª Conferência da ONU sobre mudanças climáticas na cidade de Marrakech, Marrocos, acrescentou que até aqui, pelo menos 100 países do mundo teriam já ratificado o AP, “graças ao trabalho de todos, que permitiu a concretização do  que se pensava ser impossível”.

“Trata-se de um momento relevante para a história da humanidade”, destacou a ex-ministra e ex-candidata presidencial francesa que lançou um apelo aos restantes 93 países que ainda não ratificaram o AP, no sentido de fazê-la ainda antes do final do ano em curso.

Salientou que é precisos agir face ao que chamou de “urgência climática”, pois, segundo ela, é necessário adoptar uma estratégia eficaz no tocante a situação climática à escala planetária, e elevar  este “desafio’ á um alto patamar no sentido de tornar verde o mundo no futuro.

“Tal pretensão exige uma justiça climática, especialmente para a África. O COP22 é Africana. É aqui que reside a esperança do mundo”, frisou Segolene Royal  realçando   as prioridades desta reunião na mobilização de acesso ao financiamento e transferência de tecnologias.

O continente africano foi a prioridade de Sogolene ao longo da sua presidência, que será transferida para Salaheddine Mezouar, Ministro dos Negócios estrangeiros de Marrocos.

Três relatórios marcaram o mandato de Royal: um inventário sobre a anergia marinha em Africa, um retrato sobre a situação da mulher e o clima e ainda um trabalho sobre o clima e segurança.

 “Estou confiante em vocês e sei que vamos ganhar esta causa”, concluiu.

Por sua vez, a Secretaria executiva do COP22, Patrícia Espinoza advertiu que a urgência de todos assinarem o AP reside nos compromissos assumidos nos últimos meses, os quais não detalhou.

“É motivo para celebrações mas é uma advertência oportuna sobre o que se espera de todos nós, ou seja a realização dos objetivos do AP”, disse para depois realçar que a reunião de Marrakech é o momento certo para adoptar medidas concretas sobre o clima.

Para que isso se torne realidade, a Secretária Executiva do COP22 reclamou que deve haver mais meios financeiros, que o problema climático deve ser integrado nas políticas nacionais e nos planos de investimento de cada país, e pediu a priorização do apoio à adaptação às mudanças climáticas.

A conferência de  Marrakech tem por objectivo dar inicio a implementação do AP e definição   das regras e de procedimentos, identificação de  fontes de  financiamentos, entre outros.

Preve-se para 2023 a realizacão do  primeiro balanço da aplicação das promessas.
 
Jose Augusto Mendonça, enviado especial da ANG

segunda-feira, 7 de novembro de 2016

PCD

Vicente Fernandes acusa Victor Mandinga de querer assaltar direcção do partido

Bissau 07 Nov 16 (ANG) – O Presidente do Partido da Convergência Democrática (PCD),acusou hoje o deputado daquela formação politica Victor Mandinga e ex-presidente do partido de querer, a todo o custo, assaltar a direcção dirigida por ele.

Vicente Fernandes
Em entrevista exclusiva à ANG, Vicente Fernandes que reagia a decisão de um grupo de militantes que decidiu suspendê-lo das funções de Presidente do partido disse que o mesmo não tem competência para o fazer ,uma vez que ele foi eleito numa Convenção do partido.

 Aquele político sublinhou que certos militantes do partido apoiados pelo antigo presidente Victor Mandinga estão a tentar usurpar a sua direcção com actos obscuros, salientando que o PCD não pertence a uma pessoa específica, mas sim à todos os seus militantes.

“O Concelho Nacional da Jurisdição do partido é um órgão competente para instruir e julgar conflitos jurisdicionais entre os órgãos internos ou quando seja solicitado por qualquer órgão ou militante do partido “ esclareceu.

O líder do PCD disse que foi nesse âmbito que o Conselho Nacional de Jurisdição (CNJ) deliberou ou considerou nula a resolução do dia 19 de Setembro de 2016 e em consequência anular a convocatória da Comissão Política Nacional que previa a realização entre os dias 05 e 06 do mês em curso, de uma reunião  em Bafatá, à revelia das orientações da  direção do partido.

Segundo o político, se o Concelho Nacional da Jurisdição do partido deliberar nula é porque tudo que resultar dessa reunião é inválida.

Vicente Fernandes referiu que existe um Presidente e uma direcção mandatada para criar condições para convocar uma reunião da Comissão Politica do partido para os dias 10 e 11 de Dezembro próximo.

“Essa sim será a reunião legitima porque a própria deliberação acaba por considerar que é legal essa Comissão Preparatória, composta por cinco elementos, com vista a preparação da reunião deste órgão do partido“, informou Vicente Fernandes.

Questionado se o diferendo no seio do partido não vai criar frações internas, o líder do PCD disse que não, salientando que pelo contrário vai fortificar ainda mais o partido.  
ANG/MSC/SG