segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Política


RGB- Movimento Bâ-Fatá” responsailiza PAIGC e PRS pela crise vigente no país

Bissau, 14 Nov 16 (ANG) - O partido Resistência da Guiné-Bissau- Movimento Bâ-Fatá responsabiliza o Partido Africano da Independência de Guiné e Cabo-Verde (PAIGC) e o Partido da Renovaçao Social (PRS) pela crise vigente no país.
 
 A acusação  consta nas recomendações do IV Congresso Ordinário de daquela formação política realizada nos dias 11 e 12 do corrente mês.

 “O PAIGC e o PRS são as maiores formações políticas do país, mas só estão interessados na luta pelo poder e pelos bens materiais, quando na realidade o interesse  deve centrar-se no servir o povo e não as necessidades pessoais”, refere o documento.

No documento o Movimento-Báfata apela ao  Presidente da República a utilizar as  vias legais e democráticas na procura de solução para ultrapassar a crise que assola o país.

A referida formação politica condena igualmente a qualquer tentativa de violação das leis da República e elogia  as Forças de Defesa e Segurança pela postura de imparcialidade perante a situaçao de instabilidade do país.

O partido de Galo branco  apelo a comunidade internacional no sentido de continuar a apoiar a Guiné-Bissau para a viabilidade do processo de desenvolvimento.

Por outro lado, anunciou o desencadeamento de  uma  estratégia diplomática para reatar e consolidar as relações políticas nacionais e internacionais do seu partido.

Pretende igualmente relançar  um programa de recuperação de militantes e
fixar um montante para o pagamento de quota de militantes, através de uma conta bancária a ser aberta.
ANG/AALS/ÂC/SG

sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Política

Movimento Cívico Nacional “No djunta mon pa fidjus de tchom riba casa” pede regresso de Carlos Gomes Júnior ao país

Bissau, 11 Nov 16 (ANG) – O recém-criado Movimento Cívico Nacional “No djunta mon pa fidjus de tchom riba casa” (MCNPFGRC), pediu hoje, durante o lançamento do referido Movimento às autoridades competentes do país, para que garantem segurança ao regresso do ex-primeiro ministro, Carlos Gomes Júnior e os demais compatriotas exilados no estrangeiro.
 
Durante o acto, o Coordenador daquela Organização, Fernando Gomes disse que o Movimento foi criado para exigir ao estado guineense a garantia desegurança aos cidadãos nacionais que durante anos se encontram asilados no estrangeiro, a fim de poderem gozar dos seus direitos enquanto guineenses.

De acordo com o Coordenador, a Guiné-Bissau é para todos os guineenses, portanto ninguém tem o direito de impedir um cidadão nacional à regressar ao seu pais.

“Por essa razão é que  o movimento foi criado para sensibilizar a população guineense assim como a Comunidade Internacional, com vista a apoiar  a criação das condições para o regresso dos referidos cidadãos ”, disse Fernando Gomes.

O ex-presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH), acrescentou que o movimento pretende ainda lançar uma campanha nacional de recolha de assinaturas, para pedir ao Órgão da Soberania a garantir segurança aos seus compatriotas em asilo.

Por sua vez, o Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) Augusto Mário da Silva salientou que qualquer guineense á livre de escolher onde queira viver.

“Segundo a Constituição da Republica, nenhum guineense pode ser extraditado do país, e se a lei não permite isso, muito menos a pessoa humana possa ter este direito”, disse Augusto Mário.

O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos referiu que o golpe de Estado de 12 de Abril deixou grandes marcas no seio da sociedade guineense, porque muitos foram espancados e assassinados, e os que escaparam foram obrigados a abandonar as suas casas e famílias para se exilarem no estrangeiro.

O ex-primeiro-ministro, Carlos Gomes Júnior vive em Lisboa, Portugal desde 2012, na sequência de um golpe militar.

Entretanto o ex-presidente da Republica interino, Reimundo Pereira e o ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Mamadu Djalo Pires, que com ele haviam pedido asilo em Lisboa já regressaram ao país.
ANG/LLA /SG


ANP


            Funcionários ameaçam com uma paralisação de quatro dias

Bissau,11 Nov 16 (ANG) – Os funcionários da Assembleia Nacional Popular (ANP) ameaçam avançar com uma paralisação de quatro dias úteis, com início prevista para o próximo dia 15,disse hoje o Presidente da Comissão de greve do hemicíclo.

Em declarações à imprensa Augusto Gomes afirmou que em causa estão os salários em atraso devido aos funcionários que reivindicam o pagamento de ordenados de 13 meses relativos aos anos 1998,2002 e 2003.

O Presidente da Comissão de greve da ANP afirmou que os funcionários daquela instituição ainda não receberam os seus ordenados de setembro.

Funcionários da ANP acreditam que estão a ser objecto de represálias por parte do governo devido a inoperacionalidade da ANP, que impediu a aprovação do programa do executivo e do Orçamento geral do Estado para o ano em curso.

A propósito, Augusto Gomes defendeu que os deputados não constituem o total dos funcionários da ANP.

Fez questão de salientar que a ANP tem muitos funcionários que não são deputados e que merecem ser pagos pelo trabalho que prestam.

“Merecem os seus respetivos salários, porque os trabalhadores não são culpados pela atual crise que se vive no país”, vincou. 
ANG/JD/SG

Crise política


Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados pede realização de eleições gerais  

Bissau, 11 Nov 16 (ANG) – O Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados exigiu hoje, numa marcha popular, a devolução da palavra ao povo para a escolha dos seus novos representantes através de eleições gerais, uma vez que os dirigentes políticos não encontram uma saída para a crise política que  dura há 15 meses.

O Porta-Voz do Movimento, em declarações à imprensa, na Praça dos Heróis Nacionais depois da marcha, disse que a luta que estão a fazer é para despertar a consciência do povo e o renascimento da Guiné-Bissau.

Lesmes Monteiro disse que a reivindicação é um processo, tendo salientado que pouco a pouco os objectivos serão alcançados.

Pede  a população a manter-se unida na luta por uma vida melhor.

“Não estamos aqui porque não gostamos do Presidente José Mário Vaz,mas sim porque somos nós que votamos nele. Se  não está a corresponder com as expectativas da população, deve devolver o poder, que é do povo, à Nacão,  de uma forma pacífica ”, exortou.

Lesmes Monteiro disse que não vão compactuar com a violência, tendo convidado ao Chefe de Estado a se demitir das sua funções caso considerar que o cargo é lhe muito pesado.

Por seu turno, o Presidente do Movimento dos Cidadãos do Mundo, um dos mentores da marcha, António da Goiá considerou que a classe política não vai conseguir sair do buraco onde entrou porque é incapaz.

 “A situação está a gravar-se a cada dia, por isso  as reivindicações não vão parar. O povo vai sair às ruas até que a solução seja encontrada, porque estamos num país sem escolas, sem salários em suma estamos a viver num país ingovernável”, disse.

Goia reiterou o seu pedido de  as Nações Unidas assumirem a administração do país  durante algum tempo.

Nelvina Barreto, em representação do Movimento “Mindjeris di Guiné nô Lanta (MIGUILAN), referindo-se a crise prevalecente no país, frisou que não foi por isso que o povo votou, tendo salientado que o povo não vai aceitar, e que o destino da Nação está nas suas mãos.

“Os guineenses têm direito, como qualquer povo do mundo, ao progresso e desenvolvimento. O povo guineense é consciente. Fez  a luta de libertação mais consagrada em toda África, como é possível estar hoje no chão”, lamentou. 

Trata-se da   segunda marcha de protesto organizada pelo Movimento dos Cidadãos Conscientes e Inconformados e  iniciou no Palácio do Governo e terminou na Praça dos Heróis Nacionais, junto à Presidência da República.

A iniciativa contou a participação de centenas de pessoas com cartazes onde se podia ler frases como “Presidente Rua”, “O povo quer a escola”, “O povo não é lixo”, “Queremos a dissolução do Parlamento e eleições gerais, entre outras.  
ANG/MSC/SG

COP22


Jornalistas africanos capacitados sobre importância do mercado de carbono para redução das emissões  de gases

Marrakech, 11 Nov 16 (ANG) – “O Papel dos Mercados de Carbono na Reduccão das Emissões de Gazes com Efeito de Estufa”, foi quinta-feira tema principal de uma acção de formação aos  jornalistas que fazem a cobertura da Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas (COP22), que decorre na cidade marroquina de Marrakech.


 No evento, promovido pela Associação Internacional de Comércio de Emissões (IETA), no quadro das formações preconizadas pela equipa de comunicação da COP22, a favor dos jornalistas africanos, fez-se a  apresentação dos referidos mercados no mundo e, em particular em África.

O presidente do IETA, versou sobre "O que a entrada em vigor do Acordo de Paris significa para os mercados de carbono em África" e como os governos e as empresas devem proceder para alcançarem os seus objetivos de redução de emissões de gases de efeito estufa.

Para Dirk Forrister, as caraterísticas de um bom mecanismo para redução de carbono baseiam-se em metas claras, como resultados quantificáveis e aprovação regular de relatorios independentes sobre a situação de cada Estado.

Ele afirmou que cerca de 90 países teriam já manifestado interesse em usar os mercados de carbono nas suas contribuições a escala nacional ou seja seguir o chamado "roteiros de mudanças climáticas", dentre os quais nações africanas como o próprio Marrocos,  Senegal, a Etiópia e  Costa do Marfim.

Dirk Forrister destacou alguns exemplos de mercados de carbono já em funcionamento em todo o mundo, incluindo na América do Norte, entre a Califórnia e o Quebec, bem como projetos piloto na China e o seu mercado nacional de carbono, que deverá entrar em funcoes, em princípio, em 2017.

"Os Fundamentos da Ciência Climática", apresentado por um Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas e a "Revolução das Energias Renováveis em África - Oportunidades e Desafios", orado por um membro da Agência Internacional de Energia Renovável foram ainda outros temas abordados durante o seminário.

Jornalistas atentos
A Gestora de Relações Externas da Equipa de Comunicação da COP22, Aicha Benmansour, realçou a importância desta formacao, e sublinhou que visa fornecer aos jornalistas africanos informações oportunas e úteis sobre as questões de mudanças climáticas. 

O enviado especial da Agência de Notícias da República da Guine-Conacri, Aboubacar Kaba Mory, em declarações a ANG no final do evento, disse ter apreciado positivamente esta formação, que na sua opinião irá facilitar a sua comunicação com audiência no seu país, aumentando assim a consciencialização do público sobre as questões de mudanças climáticas, particularmente no continente africano.

A IETA é uma organização empresarial sem fins lucrativos que trabalha no campo de producão e aplicação de energias alternativas tendo em vista a redução das emissões de gases com efeito de estufa na atmosfera. Fim.
José Augusto Mendonca , enviado especial da ANG

Direitos Humanos


“A Crise da Guiné-Bissau revela mediocridade da classe política”, diz Presidente da Liga dos Direitos Humanos

Bissau,11 Nov 16(ANG) – A Liga Guineense dos Direitos Humanos diz ser de "uma mediocridade espantosa" o nível da classe política do país perante a crise que assola as instituições da República bloqueadas devido aos conflitos pessoais.

Augusto Mário da Silva
A posição da Liga foi transmitida quinta-feira por Augusto Mário da Silva, presidente da organização, no ato de apresentação do relatório sobre a situação dos direitos humanos na Guiné-Bissau no período de 2013 à 2015.

Para a Liga, as desavenças pessoais entre os responsáveis políticos guineenses conduziriam ao bloqueio das instituições, nomeadamente o Parlamento e o Governo, levando a que o plano de ação e o Orçamento Geral do Estado para este ano não fossem aprovados.

O país deixou de executar políticas públicas e consequentemente tem deixado a população sem serviços básicos ao nível da saúde, educação ou acesso à justiça, acrescentou.

"Assistimos à uma crise política que foi forjada gratuitamente pela ganância da nossa classe política. A crise está a corroer as bases da nossa coesão, da nossa independência e o fundamento do nosso Estado", observou Augusto da Silva.

O presidente da Liga diz ser urgente que a classe política ponha termo à crise antes que a situação descambe e traga consequências imprevisíveis para o país.

Augusto Mário da Silva antevê "dias difíceis" para a Guiné-Bissau se persistirem as ondas de greves na função pública, as manifestações de rua por parte dos jovens, enquanto perdura o impasse entre a classe política na busca de um consenso para a saída da crise.

O dirigente da Liga exorta a classe política e o Presidente guineense, José Mário Vaz, em particular, no sentido de respeitarem na íntegra os compromissos assumidos perante os chefes do Estado de África Ocidental como "a derradeira oportunidade" patrocinada pela comunidade internacional em relação à Guiné-Bissau.

Os compromissos em causa visam a formação de um Governo inclusivo que possa gerir o país até às eleições legislativas marcadas para 2018.
ANG/Lusa

Crise política

                  Reunião do Conselho de Estado de novo inconclusiva

Bissu,11 Nov 16 (ANG) – A reunião do Conselho de Estado, órgão consultivo do Presidente da República, realizada quinta-feira voltou a ser inconclusiva pela segunda vez consecutiva e vai ser retomada na próxima segunda-feira. 

Em declarações à imprensa, o porta-voz do Conselho de Estado, José Medina Lobato, disse que os seus membros são agora incumbidos de dialogarem com partes envolvidas durante este fim-de-semana para alcançar um entendimento, já que persistem as divergências quanto a escolha de um nome consensual para dirigir o futuro governo de inclusão. 

A saída do encontro, o líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde Domingos Simões Pereira se limitou a dizer apenas que não há consenso.

Por sua vez, Victor Mandiga informou que o Presidente da República José Mário Vaz adiou mais uma vez a reunião dando oportunidade ao PAIGC e o grupo dos 15 deputados expulsos do partido para se entenderem.

Victor Mandiga afirma que a situação está a evoluir pela positiva, porque não vai haver mais precipitações na tomada de decisões e nem tão pouco do diálogo “sombrio”.

Tratava-se da última etapa de consultas presidenciais para a nomeação de um novo Primeiro-ministro no âmbito do acordo de Conacri.
ANG/LPG/ÂC/SG

COOP22


       Agricultura orgânica pode ajudar a reverter as mudanças climáticas


 Marrakech, 11 Nov 16 (ANG) - O papel da agricultura orgânica na luta contra os efeitos das mudanças climáticas e na promoção da biodiversidade foi  tema de um debate realizado  quinta-feira na zona verde do complexo que abriga a Convenção da ONU sobre Alterações Climáticas, na cidade marroquina de Marrakech.

O evento  foi promovido pela Federação Interprofissional Marroquina da Fileira Agrícola Biológica (FIMABIO) e contou com a participação de vários membros de delegações presentes neste encontro, particularmente os países africanos.

Na ocasião, o Presidente da Federação Internacional de Movimentos de Agricultura Orgânica (IFOAM), destacou o potencial da agricultura orgânica no apoio ao impulso global para combater os efeitos da mudança climática, antes dos danos na camada de ozono atingirem o  ponto de não retorno.

"A agricultura orgânica pode ajudar a reverter as mudanças climáticas, porque pode absorver o dióxido de carbono (CO2) da atmosfera e armazená-lo no solo aonde acaba por se transformar em matéria orgânica ", explicou André Leu tendo de seguida observado que os sistemas orgânicos podem armazenar até 3,5 toneladas de CO2 por hectar, anualmente.

Essa possibilidade de fazer face as mudanças climáticas por via de agricultura foi igualmente realçado  pelo Presidente do FIMABIO,  
Bouamar BOUAMAR que  apelou ao governo do Reino de Marrocos para que inclua a agricultura orgânica nos planos de resiliência climática.

A FIMABIO distribuiu na ocasião um documento intitulado "Manifesto para uma Bio em Marrocos e para o Apoio a uma Bio em África", que prevê a inclusão da promoção da agricultura orgânica na agenda da COP22.Fim
José Augusto Mendonça, enviado especial da ANG

Eleições/EUA


                            Presidente da República felicita Donald Trump

Bissau,11 Nov 16 (ANG) – O Presidente República, José Mário Vaz endereçou quinta-feira as suas felicitações e votos de felicidade e de saúde ao Donald Trump pela sua eleição para a presidência dos Estados Unidos de América.

No comunicado lido na Televisão da Guiné-Bissau (TGB), José Mário Vaz manifestou a disponibilidade e determinação de trabalhar em concerto com o novo Presidente dos EUA para o reforço das relações de amizade e de cooperação entre os dois países.

Entretanto, José Mário Vaz endereçou igualmente uma mensagem de felicitação ao seu homólogo de Angola, por ocasião de comemoração hoje, 11 de Novembro, do dia da independência de Angola.

“Gostaria neste momento de manifestar a minha vontade indefetível de trabalhar juntamente com a sua excelência, com o propósito de estreitar os laços de fraternidade e amizade que unem os nossos dois países irmãos, em prol de proveito mútuo dos nossos dois povos e Estados”, afirmou o Presidente da República da Guiné-Bissau.

José Mário Vaz manifestou ainda a sua convicção de reforço dos mecanismos de cooperação bilateral, assim como a promoção da concertação política e harmonização de posições no âmbito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e União Africana, que constituirão um pressuposto essencial para um relacionamento privilegiado entre os dois países.
ANG/LPG/SG    

Cooperação


“Investidores chineses  esperam condições indispensáveis para invadir a Guiné-Bissau”, diz embaixador chinês em Bissau

Bissau,11 Nov 16(ANG) – O embaixador da República Popular da China afirmou que o sector empresarial do seu país espera com expectativa a criação de condições indispensáveis para invadir , no bom sentido, a Guiné-Bissau.

Wang Hua que falava na cerimónia  de entrega da segunda fase do projecto de iluminação solar para a cidade de Bissau, disse que as referidas condições passam pela estabilidade política e social, a unidade nacional e a  protecção de pessoas e dos seus bens.

“A Guiné-Bissau não precisa de mais mesa redonda empresarial ou comercial”, sustentou.
O diplomata salientou que os apoios internacionais são importantes mas devem ser relegados ao segundo plano.

Para Wang Hua, o apoio fundamental é o do povo guineense baseado no esforço próprio.
“O povo chinês ultrapassou a pobreza e o subdesenvolvimento graças  as reformas introduzidas no país, ao trabalho árduo de todo o povo e a abertura ao exterior”, explicou.

Governo da Guiné-Bissau e a República Popular da China, através do seu Embaixador no país assinalaram  recentemente a conclusão da segunda fase do projecto de iluminação solar  da cidade de Bissau.

Na ocasião Wang Hua salientou que que a cooperação da China com a Câmara Municipal de Bissau não se limita apenas ao projecto de iluminação solar, disse que ela irá alargar-se as áreas de agricultura, saúde, educação, preparação técnica de quadros, infraestruturas e outras.

Por sua vez, o Presidente da Câmara Municipal de Bissau considerou que agora a cidade de Bissau tem mais garantia e segurança para as pessoas circularem no período da noite em diversas artérias devido a existência de iluminação.

Adriano Ferreira qualificou a República Popular da China de parceiro ideal e imediato, acrescentando que, com a cooperação com este país asiático a Guiné-Bissau vai progredir rapidamente.
ANG/ Nô Pintcha

.

quinta-feira, 10 de novembro de 2016

COP22

Marrocos na vanguarda de países africanos que usam energia alternativa

(Por José Augusto Mendonça, enviado especial da ANG)

Marakech, 10 Nov 16 (ANG) - Não foi por mero acaso que as Nações Unidas concederam ao Reino Alahuita de Marrocos a honra de acolher a 22a Convenção das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas, vulgarmente conhecida pelo pomposo nome de COP22.

Pelo que pude constatar nestes dias em que decorre o certame mundial sobre alterações climáticas em Marrakech, cheguei a obvia conclusão de que a justiça foi feita em relação a este país da África do Mahgreb, mas enraizado na forte cultura árabe.

Marrocos figura entre os poucos países do continente que até agora ensaiam o uso de energias renováveis, também   chamada de  “energia limpa”, perante  a eminência do colapso do mundo, se não se travar o progressivo aquecimento global provocado pela emissão de gases com efeito de estufa, ou seja, o tal que paulatinamente fende a necessária camada do Ozono que protege a vida na terra.

A cidade de Marrakech, que nestes dias abriga a COP22, demonstra até que ponto o país de sua Magestade Mohamed VI se encontra empenhado em contribuir para diminuir os efeitos nocivos ao ambiente do nosso Planeta.

A população local é muito severa no tratamento de lixo. Nada se deita ao acaso, por isso os passeios nas ruas e avenidas se mostravam impecavelmente limpos, fruto de trabalho de homens a soldo da Câmara Municipal local que se dedicam 24/24 horas neste trabalho. Existem recipientes para separar lixos.

Os turistas sao incentivados a usarem as caleches (carroças), puxadas por uma parelha de cavalos, dando assim graça e ambiente romântico à viagem ao bordo das mesmas.

Usam-se motos, mas a maioria delas sao do tipo por nos conhecidos por ‘Celera no bai”, que pouco fumo libertam no ambiente. Uma curiosidade: por vezes toda a familia se fazem transportar na mesma ocasiao ao bordo de uma so moto. 

Entretanto, o mais espantoso para mim viria depois:

Imaginem qual não foi o meu espanto, quando ao entrar num automóvel comum de marca Renault de 5 lugares, da frota de transporte posta a disposição dos participantes na COP22 pelas autoridades marroquinas, ouvi uma voz gravada  que me alertava de que estava a bordo de um carro movido a electricidade.

Incrédulo, questionei ao motorista, de um pouco mais de 20 anos chamado Abdurrahman Karbachi (pudi ver este nome no cracha fixo ao peito) que me respondeu, num francês mesclado de sotaque Árabe, de que era verdade. 

Pois, como devem advinhar estou muito acostumado ao barrulhento trânsito de Bissau, cujo fumo, que nem uma nevoa, chega a condicionar a visibilidade dos pedestres, portanto, tal novidade estava longe das minhas cogitações.

“A implemetacao deste novo modelo esta sendo feito paulatinamente”, confirmou-me o tal amigo motorista depois de questionado e ao sentir-se mais confortado perante meu sorriso cordial e gestos simpáticos.

Acto contínuo, depois de sessões fotográficas para posteridade, lá fomos  percorrer avenidas e ruas da linda cidade marroquina polvilhada de luzes incandescentes e de várias tonalidades.

A viagem não durou mais que 30 minutos, mas confesso que foi uma das experiências mais gratificantes por mim feitas até aqui em Marrakech. A sensacao dentro do engenho fez-me regressar ao tempo quando no colon da minha mãe escutava sua cândida voz para me embalar no sono. Incrivel, gente!

A máquina rolava ora a 80 quilómetros a hora, ora chegava a atingir os 100. No entanto o mais incrível de tudo é que, apesar da potência imprimida ao motor,  nao produzia nenhum ruído Apenas um sibilar que nem um gato com o cio. Não expelia nenhuma fumaça, ou seja, era como se de uma máquina de barbear electrica se tratasse.

Abdurrahman Karbachi, o choffer, se calhar extasiado com a minha admiração, fez-se mais eloquente fornecendo-me mais pormenores sobre o carro.

 Por exemplo, explicou de forma resumida que a máquina movia-se graças a uma bateria recarregável que consegue cobrir a distância  semelhante a  de Bissau/Gabu, antes de ser recarregada.

Disse que a inciativa ainda se pode considerer de experimental, mas tem tido grande aderência nos últimos tempos, pois são várias as pessoas que agora trocam das suas tradicionais máquinas barrulhentas e fumaceiras, pela nova tendência.

O trajecto foi curto, por isso terminamos o nosso fugaz encontro entre abraços e balbucar de frases intercortadas em francês, pois que, eu, assim como o meu jovem amigo, ninguém domina na perfeição a língua pela qual nos comunicavamos, o francês.fim. 

Jose Augusto Mendonça, enviado especial da ANG à Marrakech

COP22/Dia da imprensa


Profissionais de imprensa e especialistas destacam papel da média na divulgação das ações contra as mudanças climáticas


Marrakech, 10 Nov 16 (ANG) - Profissionais de Comunicação e peritos ambientais destacaram quarta-feira em Marrakech, Marrocos, o papel que os meios de comunicação social podem desempenhar para a protecção do ambiente, preservação da natureza e na luta contra as alterações climáticas.

Delegados de vários países, peritos ambientais, jornalistas e técnicos de comunicação social encontravam-se reunidos num evento organizado pela Alta Autoridade da Comunicação da COP22, na chamada “ Zona Verde” do complexo de tenda que acolhe a 22ª Convenção da ONU sobre Alterações Climáticas (COP22).
O encontro serviu para sensibilizar o público em geral e as partes envolvidas sobre a importância da imprensa na luta contra as alterações climáticas e na divulgação dos seus efeitos, visando a proteção da natureza e do planeta em geral.

"A média é um fator-chave e instrumento imprescindível na difusão de informações sobre o acordo de Paris, em todas as suas facetas junto ao público em geral’, vincou El Yazami, responsável pelas organizações da Sociedade Civil presentes no certame.

Por seu lado, Nizar Baraka, Presidente do Comitê Científico do COP22 destacou que face a situação actual do ambiente no mundo é necessário uma mudança radical de paradigma, nomeadamente nos hábitos diários de cada um, concretamente os cidadãos, Estados, instituições, jornalistas, organizações, indivíduos e grupos.

“A média precisa esclarecer e simplificar esta nova lógica para os cidadãos e transmitir experiências e iniciativas bem-sucedidas na luta contra as alterações climáticas", referiu.

Os dois palestrantes coincidiram na exaltação das necessidades de formação e superação dos jornalistas em matéria de proteção do meio ambiente.

Presentes no evento estiveram directores das agências de notícias, estações de rádio, televisão e  jornais públicos e privados Internacionais.
José Augusto Mendonça, enviado especial da ANG

Nomeacão de PM


   Reunião do Conselho de Estado prossegue hoje na Presidência da República

Bissau,10 Nov 16(ANG) – O Presidente da República, José Mário Vaz e os membros do Conselho de estado retomam hoje a reunião iniciada quarta-feira e que foi inconclusiva.

Domingos Simões Pereira, líder do PAIGC, Alberto Nambeia, presidente do PRS, e Vítor Mandinga, deputado do PCD, indicaram aos jornalistas que o Presidente guineense pediu que a reunião fosse retomada na quinta-feira, após quatro horas de debate inconclusivo.

Em cima da mesa está a escolha de um entre três nomes apresentados por José Mário Vaz para ser o novo primeiro-ministro do país: o general na reserva Umaro Cissoko, o político Augusto Olivais e o director do Banco Central dos Estados da África Ocidental (BCEAO) na Guiné-Bissau, João Fadiá.

Questionado sobre se um dos três nomes mereceu a confiança dos conselheiros do Estado, Domingos Simões Pereira disse que o órgão "não decide nada, apenas aconselha o Presidente" da República.

Já Vítor Mandinga entendeu que nenhum dos três nomes propostos para primeiro-ministro irá ter a capacidade de fazer aprovar, no parlamento, os instrumentos de governação, o programa do Governo e o Orçamento Geral do Estado.

Para Mandinga, a melhor saída do impasse político seria a promoção de um diálogo nacional "para que os guineenses falem olhos nos olhos, ao invés de se deixarem sucumbir perante imposições internacionais", observou.

O dirigente do Partido da Convergência Democrática fazia referência ao Acordo de Conacri, um documento patrocinado pelos chefes de Estado da Comunidade da África Ocidental segundo o qual a crise será resolvida com a constituição de um novo Governo inclusivo.

O primeiro-ministro desse Governo será uma figura de consenso entre os partidos representados no parlamento e da confiança do Presidente guineense.
ANG/Lusa

Transporte marítimo

Capitania dos Portos da Guiné aplica restrições nas embarcações em canoas para as ilhas

Bissau,10 Nov 16(ANG) – A Capitania dos Portos da Guin-Bissau ordenou a reducao para metade do embarque de pessoas e cargas nas canoas que fazem ligações com as  ilhas de bijagos.
 
 A medida segundo o Capitão dos Portos da Guiné-Bissau, Siga Baptista serve de prevencao contra eventuais acidentes maritimos que ocorrem nesse periodo, em consequência do mau tempo.

As restrições às embarcações foram decididas na sequência das avarias de três barcos que faziam a ligação com as ilhas.

Em conferência de imprensa realizada quarta-feira após um encontro  com os proprietários das piragas, alguns populares  e deputados da nação para as zonas insulares, Siga Baptista informou que as pirogas passam a fazer o embarque de metade das suas capacidades e que todos os passageiros são obrigados a usar colete salva-vida.

Aquele responsável apela ao governo no sentido de deligenciar a aquisição de novas embarcações para garantir o transporte de pessoas e bens com mais segurança para as ilhas.
ANG/ÂC/SG