COP22

        Artistas internacionais animam luta contra alterações climáticas

Marrakech, 15 Nov 16 (ANG) – Youssou Ndour, Tiken Nja Fakoly, o grupo Magic System, Angun, da indonésia, Iuosstapha, da RDC e a orquestra de salsa latina da Colômbia, entre outras estrelas na constelação musical do mundo deram um concerto segunda-feira a noite em Marrakech, Marrocos em apoio a luta contra as alterações climáticas.

O espetáculo promovido no quadro da Convenção da ONU sobre Mudanças Climáticas que actualmente decorre nesta cidade marroquina, contou com uma maciça presença do público local, sobretudo jovens.

O evento decorreu até noite dentro, para o gaudio da população que acorreu em massa ao Estádio de Futebol de Marrakech para assistir ao vivo a actuação destes e também dos músicos marroquinos, num ambiente colorido e que desafiou os 18 graus de temperatura nocturna que se fazia sentir na cidade.

Durante o concerto, o mestre da cerimonia, regularmente, pedia a atenção do publico , a dos  que o seguiam através da Sociedade da Rádio Televisão (SNRT) para acompanharem a difusão das mensagens de personalidades do mundo da arte e cinema, a favor da preservação do ambiente, nomeadamente dos  famosos actores norte-americanos como Leonardo di Capri, Robert Redford, Sean Penn e o realizador do “Titanic”, James Cameron.

“Foi um grande espetáculo. Diverti-me muito”, resumiu no fim um jovem marroquino todo suado depois de frenética dança sob os ritmos ora quente, ora dolentes que inflamaram o local durante toda a actuação.

“Não há tempo a esperar. O mundo precisa actuar e já para acabar com as práticas que poe em perigo a vida no planeta”, corroboraram vários  “stars” que estiveram em cena. José Augusto Mendonça, enviado Especial da ANG

CAN2017

                   Baciro Candé promete superar a fase de grupos

Bissau,14 Nov 16(ANG) - O selecionador de futebol da Guiné-Bissau, Baciro Candé, assumiu hoje o objetivo de superar a fase de grupos da Taça das Nações Africanas (CAN) de 2017, depois da qualificação inédita para a competição a disputar no Gabão.

Baciro Candé

Presente pela primeira vez na fase final da CAN, a Guiné-Bissau vai defrontar a seleção gabonesa, a 14 de janeiro, medindo forças depois com Camarões e Burkina Faso, a 18 e 22, respetivamente.

“Tudo é possível, é mais fácil enfrentar o anfitrião no jogo inaugural do que mais tarde. Acredito no grupo de trabalho, que é coeso, determinado e, sem grandes estrelas, tem como estrela a coesão. Está fora de questão ficar na fase de grupos, o nosso objetivo principal é passar esta fase”, afirmou o técnico, em entrevista à agência Lusa.

Durante o estágio em Rio Maior, Baciro Candé reconheceu que a qualificação para a CAN2017 representa “o ponto mais alto do futebol da Guiné-Bissau”, concretizado graças aos alicerces criados pelos seus antecessores Norton de Matos e Paulo Torres, aos quais agradece, observando agora as dificuldades na fase final.

“A Guiné-Bissau está num grupo muito pesado, muito forte. São equipas com grande experiência e grandes jogadores. Nós viemos do nada e vamos continuar a ser humildades a fazer o nosso trabalho”, frisou.

Mesmo sem alguns jogadores nesta concentração, Baciro Candé mostrou-se satisfeito com a preparação, ambicionando contar com o esboço para os 23 ‘eleitos’, a anunciar a 20 de dezembro, no próximo estágio, a decorrer igualmente em Rio Maior, entre 10 e 12 de dezembro.

“Este é o primeiro estágio e em meados de dezembro, mesmo sem data da FIFA, tudo faremos para conseguir que os clubes dispensem os jogadores. Espero que não haja lesões, porque procuramos ter os melhores para corresponder às expetativas”, referiu.

Apesar do feito histórico, Baciro Candé recusou que a atual seja a melhor geração de jogadores guineenses de sempre, atribuindo as ausências anteriores à algumas adversidades e casualidades.

“Acho que a Guiné-Bissau, apesar de ser um país pequeno e humilde, já merecia ter estado nestas andanças há mais tempo. Não houve essa possibilidade, mas Deus abriu-nos a porta agora e, julgo eu, todos os guineenses e amigos da Guiné estão de parabéns”, frisou.

O técnico, que já tinha comandado os ‘Djurtus’, encontrou “muitas diferenças” no seu regresso, assinalando a tentativa da Guiné-Bissau “acompanhar a evolução” para “tentar fazer o seu máximo para poder dignificar o país”.

A qualificação para a CAN2017, assegurada em junho último com o triunfo no Grupo E, impondo-se a Congo, Zâmbia e Quénia, assegurou “respeito”, sem resolver o impasse quanto aos pagamentos de ordenados à equipa técnica, tendo Baciro Candé admitido ser “muito difícil ultrapassar os últimos sete meses”.

“É complicado, por isso é que digo que os jogadores estão de parabéns. O país está em dívida com estes profissionais pelo patamar em que puseram a Guiné-Bissau e acho que merecem outro respeito”, rematou, assegurando que a situação está a ser resolvida.

Entre os convocados de Baciro Candé contam-se o internacional luso sub-20 Zé Turbo (Tondela), que cumpre a sua estreia na seleção guineense, entre outros ‘portugueses’, casos de João Mário (Desportivo de Chaves), Mamadu Candé (Tondela), Nconco (Sporting da Covilhã), Jonas Mendes (Salgueiros), Abel Camara (Belenenses) Nanísio Soares (Felgueiras), Cícero (Paços de Ferreira) e Piqueti Djassi (Sporting de Braga B).

A CAN2017 vai ser disputada em quatro cidades do Gabão, entre 14 de janeiro e 05 de fevereiro.  
ANG/Lusa

Mensagem à Nação

                Presidente José Mário Vaz declara demissão do governo

Bissau, 14 Nov 16 (ANG) – O Presidente da República prometeu hoje assumir as suas responsabilidades, nos termos da Constituição da República, de demitir o atual governo e nomear, sem mais delongas, um primeiro-ministro de consenso e da sua confiança, que irá formar um governo inclusivo em concordância com o Acordo de Conacri.

Em mensagem à Nação, José Mário Vaz disse que a situação política atual configura, claramente, uma “grave crise política” que põe em causa o normal funcionamento das instituições da República que conduziu ao bloqueio do parlamento, tendo como consequência a não aprovação do programa do governo e Orçamento Geral do Estado.

 O chefe de Estado acrescentou que chegou o tempo da verdade e do virar da página, para dar início a uma nova fase na história da Guiné-Bissau, “porque a sua missão é cumprir e fazer cumprir à lei magna do país, servindo com fidelidade ao povo”.

Disse que o seu dever é servir a Guiné-Bissau e para isso conta com o apoio de todos, mulheres, homens guineenses, em particular os jovens, para que juntos possam com seriedade, vontade, dedicação e empenho, utilizando as suas capacidades e inteligências, dar volta às dificuldades do presente e fazer nascer no coração dos guineenses a esperança no futuro.

“Chegou a hora de “vivermos “o tempo das necessidades do povo. A hora da mudança pela dedicação ao trabalho e criação de riqueza e emprego para os nossos filhos e colocar o país no rumo certo”, rematou.

ANG/JD/SG

Política

  RGB-Movimento Bá-Fatá elege Fernando Mendes, novo  Presidente do partido

Bissau,14 Nov 16(ANG) – Fernando Mendes foi eleito novo Presidente do partido Resistência da Guiné-Bissau-Movimento Bá-Fatá durante o IV Congresso Ordinário desta formação política realizado nos dias 11 e 12 do corrente mês, em Bissau.

A reunião magna do partido sob o lema “Resistência, Reestruturação e Relançamento”, juntou cerca de 400 delegados vindos de todas as regiões do país e da diáspora nomeadamente Portugal.

Fernando Mendes que encabeçou a única lista conccorrente foi eleito por unanimidade dos delegados presentes no Congresso.

No seu discurso de vitória, o novo líder do partido “Galo Branco” afirmou que a sua eleição deve ser entendida como uma vontade inequívoca de renovação e esperança, acrescentando que é isso que viu no rosto dos militantes do partido e da sociedade em geral.

“Chegamos ao final deste cngresso com a minha eleição ao cargo do Presidente do partido. Como novo Presidente quero agradecer a confiança que em mim depositaram e dizer-vos que juntos podemos resistir, reestruturar e relançar o nosso partido, levando-o a vitória magistral ”, vincou.

Fernando Mendes lançou um apelo a união, a confiança e autoridade para que a sua direcção possa conduzir os destinos do partido nos próximos quatro anos e provocar as mudanças que são necessárias.

Salientou que o apelo da união, não significa  uma visão monolítica no seio do partido mas sobretudo o sentimento de que apesar das eventuais diferenças de opinião no seu seio o partido pertence à todos.

“Creio que estão criadas as condições para a união da Família “Bà-Fatá” para que possamos fazer avançar o partido e assim poderem âncorar mudanças sérias e irreversíveis na nossa sociedade”, disse.

O novo Presidente da RGB-MB sublinhou que o seu apelo a unidade interna é para que possam concentrar na execussão das tarefas de que o partido necessita para o seu crescimento porque só com elas se poderá garantir um partido ideal e solitário que reconheça cada um e assim avançar juntos nas novas avenidas de esperança que irão construir.

“Hoje estou aqui com humildade e com clara responsabilidade das tarefas que me aguardam e das dificuldades que teremos que enfrentar. Mas quero dizer-vos que iremos vencer e liderar a construção de uma terceira via de esperança e tornar-se o partido de governo”, prometeu Fernando Mendes.

A nova direcção do partido tem como Vice-Presidente, Rui Mendes, e Wilqueia Simnaté nas funcções do Secretário-geral.

A Resistência da Guiné-Bissau-Movimento Bá-Fatá  é tido como  o partido que impulsinou a abertura democrática na Guiné-Bissau aquando da sua fundação em 1986 em Lisboa por alguns guineenses, dentre os quais, o seu primeiro Presidente Domingos Fernandes Gomes, Salvador Tchongo Domingos, Hélder Vaz Lopes e Pedro Jandy.  

ANG/ÂC/SG

CAN2017

   Bocundji Ca sem medo depois de conseguida a "segunda independência"

Bissau,14 Nov 16(ANG) - O ‘capitão’ da seleção de futebol de Guiné-Bissau, Bocundji Ca, admitiu hoje que a qualificação para a Taça das Nações Africanas (CAN) de 2017 foi como a “segunda independência” do país, assumindo-se destemido para a  fase final.

“É a segunda independência da Guiné-Bissau, agora no futebol, porque precisamos destes momentos. A Guiné-Bissau tem muitos problemas e acho que o futebol pode ajudar a mudar, como aconteceu na Costa do Marfim, quando se qualificou para o Mundial e os dirigentesse  juntaram em prol do futebol.Vai ser um momento de grande alegria para o povo guineense”, disse  à agência Lusa o médio, atualmente sem clube.

Aos 29 anos, o antigo futebolista de Nantes, Tours, Nancy, Reims, Châteauroux e Paris FC enalteceu o seu orgulho por capitanear os ‘Djurtus’ na caminhada para a primeira presença na CAN.

“É um momento muito importante para o meu país. É o resultado de muito trabalho de muitos e muitos anos, tenho muito orgulho de representar a seleção nacional e ainda mais por ser o ‘capitão’ desta equipa”, frisou.

A Guiné-Bissau vai estrear-se na competição frente ao anfitrião Gabão, a 14 de janeiro, medindo forças depois com Camarões e Burkina Faso, a 18 e 22, respetivamente, em jogos do Grupo A da principal competição africana de seleções.

“Vamos jogar contra uma grande nação, o Gabão, com um dos melhores avançados do mundo, o Aubameyang, mas a Guiné-Bissau não vai de férias, temos as nossas armas e vamos dar o máximo. O mundo vai perceber que temos talentos e dirigentes no futebol que são competentes”, sublinhou.

O principal objetivo da Guiné-Bissau passa pela qualificação para os quartos de final, meta pela qual Bocundji Ca não duvida o empenho da seleção.

“Queremos dignificar o nosso país, vamos dar tudo o que pudermos dar. Não temos medo de enfrentar nenhuma equipa. Vamos para dar o máximo, tenho muita confiança no grupo e nos dirigentes, e espero passar a primeira fase. Depois, tudo é possível, como foi o exemplo de Portugal, que ganhou o Euro2016 e ninguém contava”, recordou.

A crença numa qualificação para uma grande competição moveu o médio defensivo, apresentando-se como exemplo para esta confiança.

“Eu jogo, há muitos anos, em França, onde fiz a formação no Nantes, Tive convites do Senegal e da Guiné-Conacri, mas  disse sempre que não, porque sempre acreditei que a Guiné-Bissau ia chegar à este patamar. Sabíamos sempre que ia ser difícil, mas acreditei, hoje estamos lá, com orgulho de ser guineense”, vincou.

O momento político conturbado no país não foi esquecido pelo ‘capitão’, que apelou à união do povo guineense, tendo em vista o bem comum.

“Podem acreditar na nossa capacidade, no nosso talento, e o futebol pode acabar com muitos problemas na Guiné-Bissau”, concluiu.

A CAN2017 vai ser disputada em quatro cidades do Gabão, entre 14 de janeiro e 05 de fevereiro.  
ANG/Lusa

COOP22

Banco Mundial promete mobilizar fundos para apoiar utilização  de energias renováveis ​​em África

Marrakech, 14 Nov 16 (ANG) – O Banco Mundial (BM) prometeu sexta-feira em Marrocos mobilizar fundos para financiar a utilização, a grande escala, de energias renováveis ​​em África. 

 

A promessa foi feita pelo responsável da energia e recursos extraíveis do BM, durante uma conferência-debate que decorreu  no âmbito da  Convenção das Nações Unidas sobre Alterações Climáticas, em Marrakech, Marrocos.

Na ocasião, Charles Cormier esclareceu que a sua organização pretende financiar, sobretudo meios técnicos, para o armazenamento e consequente uso de energia solar nos países do continente.

"O Banco Mundial pretende, até 2018, mobilizar junto da chamada Corporação Financeira Internacional 16 mil milhões de dólares para projetos de energia solar, hidráulica e geotérmica em todo o continente’, acrescentou o responsável do Banco.

Cormier disse esperar que a Cimeira de Marrakech  sirva de exemplo, de como a África subsaariana, onde a energia solar, por exemplo, representa actualmente apenas apenas 0,5%, poderá travar os actuais níveis de radiação, muito elevados no mundo.

Presente no painel de discussão, estiveram, o Director de Cooperação e Agência Marroquina de Parceria para a Energia Solar (MASEN), Ali Zerouali que disse na ocasião que os países africanos têm muito a beneficiar com a promoção da energia solar, e citou como exemplo o seu pai que tem dado passos significativo neste sentido. José Augusto Mendonça, enviado especial da ANG