sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Política




Carlos Gomes Júnior reitera ter voltado  para promover a paz estabilidade e o desenvolvimento 

Bissau, 19 Jan 18 (ANG) – O ex-primeiro-ministro Carlos Gomes Júnior afirmou hoje que voltou a Guiné-Bissau após cinco anos de exílio em Portugal como mensageiro para ajudar a promover a paz, estabilidade e o desenvolvimento do país.

Cadogo filho como também é conhecido falava depois de uma visita de cortesia ao Presidente da República, e  disse que como amigo do chefe de Estado não podia deixar de o vir saudar cumprindo os traços que Amílcar Cabral os deixou.

“Como sabem, José Mário Vaz foi Presidente da Câmara Municipal de Bissau e pela confiança o nomeei ministro das Finanças durante o meu mandato.Como já disse vim como mensageiro da paz e farei tudo o que posso fazer para acalmar os ânimos”, prometeu, tendo apelado ao diálogo para encontrar formas de reconstruir o país, reforçar o sector económico e criar uma esperança nos jovens.

Questionado se sente seguro neste seu regresso ao país tendo em conta a forma como saiu, Gomes Júnior disse que está mais seguro no seu país do que em qualquer parte do mundo, onde dias após dias acontecem actos de terrorismo, atentados a bomba, acrescentando que na Guiné-Bissau ainda se vê o sorriso no rosto das pessoas.

“Estou disposto para encontrar com todos os dirigentes políticos inclusive os do PAIGC onde fui Presidente durante 12 anos. Não tenho compromisso com quem quer que seja .

 O meu acordo é só com o povo da Guiné-Bissau que sempre me elegeu e me acompanhou. O exemplo disso foi o calor humano com que que me receberam ontem no Aeroporto de Bissau e de uma forma espontânea “,frisou.

Carlos Gomes Júnior afirmou que se o povo e os militantes do PAIGC o quiserem ele estará disposto para servir o partido e o país, frisando estar tranquilo em relação as acusações de assassinatos que ocorreram durante o sue mandato e se for chamado na justiça, como cidadão, irá responder com maior tranquilidade.

Carlos Gomes júnior manterá um encontro ainda hoje com o demissionário Primeiro- ministro, Úmaro Sissoco Embalo. 

ANG/MSC/ÂC/SG

quinta-feira, 18 de janeiro de 2018

Infraestrutura



ONG francesa constrói três furos de água na povoação de Pantufa

Bissau 18 Jan 18 (ANG) - A Organização Não Governamental Francesa denominada “Ágil ABCD” construiu recentemente três furos de água na povoação de Pantufa, no sector de Canchungo orçado em trinta e dois milhões de francos CFA.

Segundo a Rádio Sol Mansi, o representante da ONG francesa, Jean Armand afirmou que concluído este projecto, a fase seguinte será a da construção de latrinas, escolas e a reabilitação de estradas locais.

Por sua vez, em nome dos beneficiários, Bela Djassi louvou a iniciativa da ONG Francesa e manifestou a sua esperança em ver materializados os projectos seguintes acima referenciados.

Djassi apelou aos citadinos de Pantufa em saber cuidar dos benefícios para que possa durar bastante tempo.
ANG/AALS/ÂC/JAM

III Congresso do PUSD



Direcção reúne dia 25 de Fevereiro para marcar a data

Bissau 18 Jan 18 (ANG) – A Direcção do Partido Unido Social Democrata (PUSD) vai reunir no próximo dia 25 de Fevereiro para indicação da data para realização do III congresso do partido.
 
A informação consta num comunicado à imprensa enviada a redacção da ANG, no final da reunião da Comissão Política daquele partido realizada no passado dia 13 do mês em curso.

Neste âmbito, o PUSD convoca com carácter de urgência os membros da sua Comissão Política para tomar parte numa reunião a ter lugar no dia 20 de Janeiro corrente na sede provisória do partido.

Neste encontro, segundo o documento do PUSD, em análise estarão entre outros temas a situação política vigente no país.
ANG/AALS/JAM

Exoneração do de Úmaro Sissoco Embaló



Cidadãos consideram que a medida chegou atrasada

Bissau 18 Jan 18 (ANG) – Alguns cidadãos guineenses consideraram hoje a demissão do ex-primeiro-ministro Úmaro Sissoco Embalo, de decisão muito tardia, uma vez que o Presidente da República o devia ter feito a muito para o bem do país.
 
Por exemplo, Osvaldo Gomes, estudante liceal em declarações a ANG elogiou a atitude do ex-primeiro-ministro em por o cargo a disposição, mas de acordo com ele, Sissoco Embaló tomou a decisão muito tarde.

“O que me preocupa não é a saída do Primeiro-ministro, mas sim a permanência do chefe de Estado no poder ou seja ele também devia seguir o exemplo de Sissoco pondo o seu cargo a disposição e marcar as eleições gerais como única saída para a crise política “, acrescentou.

Segundo ele, o Presidente da República não vai cumprir o Acordo de Conacri nem nomear o Augusto Olivais como novo chefe do Governo, porque está sob pressão principalmente do Partido da Renovação Social e do grupo dos 15 deputados expulsos do PAIGC.

João Carlos Nanjunga, gestor Administrativo da Empresa Nanjunga Lda, lamentou a saída do Primeiro- ministro e criticou os guineenses por não compreenderem as boas intensões de JOMAV para com o país.

“Sempre defendo que o problema da Guiné-Bissau não eh de agora, nasceu e está na sede de PAIGC. La eh que deverão saneá-lo e, assim, tirar o país na situação em que se encontra há mais de dois anos “, indicou.

Para o estudante e morador no Bairro de Reno, Euclides Augusto da Silva Úmaro Sissoco foi feliz ao tomar esta decisão, pois assim deixa de constituir eventual obstáculo para o desanuviamento da crise política no país.

Euclides defendeu a entrega de gestão do pais as Nações Unidas diante da incapacidade da classe política guineenses.

Na opinião de Eugénio Tomé Gomes Correia estudante morador em Bôr, o próprio Presidente da República devia seguir este louvável gesto de Sissoco Embalo, pois de acordo com este cidadão, José Mário Vaz é o principal promotor da actual crise e enquanto permanecer no poder ela será eterna.

“José Mário Vaz perdeu o norte. Em quatro anos nomeou e exonerou 5 Primeiros-ministros ou seja mais do que a própria legislatura de 4 anos. É urgente encontrar uma solução porque pessoas estão a viver numa situação precária”, lamentou.
ANG/MSC/ÂC/JAM

Tentativa de assassinato do CEMGFA



LGDH constitui advogados para militares acusados

Bissau,18 Jan 18 (ANG) – O Presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos (LGDH) revelou que os seis militares suspeitos da tentativa de assassinato do Chefe de Estado Maior Geral das Forças Armadas e detidos na Base Aérea já têm Advogado da defesa.

Augusto Mário da Silva que falava quarta-feira em exclusivo a Rádio Sol Mansi, informou que tudo foi graças ao fundo disponibilizado pelo Centro de Acesso a Justiça para o pagamento dos causídicos.

Sustentou que os advogados antes contratados para a defesa dos suspeitos não tinham convencer o tribunal de que os mesmos são inocentes.

Augusto Mário da Silva declarou que por enquanto os processos da indigitação ainda estão sendo concluídos, o Bastonário da Ordem dos Advogados vai assumir a responsabilidade de acompanhar os suspeitos para o tribunal caso houver necessidade.

Por isso, exortou aos familiares dos suspeitos no sentido de contactarem a Ordem dos advogados assim que forem notificados pelo tribunal.

 “A ninguém pode ser negado a justiça, porque tem dificuldades económicas de contactar um advogado”, advertiu o Presidente da LGDH, que aproveitou para reconhecer que que a situação de detenção dos suspeitos melhorou significativamente, sobretudo em relação a refeição, mas no entanto continuam a precisar de uma casa de banho.

Conforme a Rádio “Sol Mansi” o número dos suspeitos subiu de quatro para seis, porque nos dias 22 e 26 de Dezembro último duas pessoas outras suspeitas foram detidas e cujos nomes não foram revelados.
ANG/LPG/ÂC/JAM

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

Crise política



Presidente de República demite Umaro Sissoco Embaló

Bissau, 17. Jan. 18 (ANG) – O Presidente da República exonerou, esta terça-feira, o Primeiro-ministro, Umaro Sissoco Embaló, a pedido deste no dia 12 deste mês.

No Decreto Presidencial para o efeito, José Mário Vaz lembrou que está em curso no país, um processo de diálogo com actores políticos e sociais com apoio de parceiros internacionais, nomeadamente da CEDEAO, com vista a encontrar uma solução que tire a Guiné-Bissau da crise político-institucional em que se encontra.

“É neste contexto que Umaro Sissoco Embaló, Primeiro  Ministro, entregou no dia 12 de Janeiro de 2018, o pedido de demissão do cargo que vem exercendo, ao Presidente da República, José Mário Vaz”, fundamenta o documento assinado pelo Chefe de Estado.
Umaro Sissoco Embaló foi nomeado pelo Presidente da República ao cargo do Chefe do Executivo guineense no 18 de Novembro de 2016, depois de assinatura do “Acordo de Conacri”.

Acto este, que foi aceite pelo Partido da Renovação Social e o “Grupo dos 15” deputados, ao passo que o PAIGC e duas formações políticas, igualmente representadas no Parlamento recusaram, alegando que a escolha de Sissoco Embaló viola o “Acordo de Conacri” e a Constituição da República.

Com o objectivo de tirar a Guiné-Bissau deste impasse político que dura a mais de dois anos, “Acordo de Conacri”, entre outros, a nomeação de um Primeiro Ministro de consenso entre os partidos políticos com assento parlamentar e que esta figura seja, ao mesmo tempo, da confiança do Presidente da República.

ANG/QC/JAM