Prolongado mandato da ECOMIB por mais três
meses
Bissau, 05 Jun 17 (ANG) – A conferência de
chefes de estados e de governos da CEDEAO decorrida domingo na Libéria decidiu
prorrogar por um período de três meses o mandato da missão da organização na
Guiné-Bissau denominado ECOMIB, refere o comunicado final da reunião hoje
tornado público pela organização.
O referido mandato deveria terminar este mês,
e traduz-se na protecção de titulares de órgãos da soberania e instituições
estatais.
O comunicado não faz qualquer referência a
possibilidade de instituições e individualidades política guineenses serem
sancionadas por alegada obstrução à aplicação do Acordo de Conacri encarrado
como uma das soluções para a crise política guineense que dura há mais de dois
anos.
Na sua última visita à Guiné-Bissau a missão
da CEDEAO chefiada pelo presidente da Comissão desta organização sub-regional,
Marcel de Sousa deu um prazo de 30 dias, entretanto já expirado em Maio, às
autoridades políticas de Bissau para o cumprimento do acordo de Conacri, que
prevê a nomeação de um Primeiro-ministro de consenso e de confiança do chefe de
estado e criação de um governo inclusivo e de consenso com partidos
representados no parlamento.
A 51ª conferência de chefes de estados e de
governo da CEDEAO que contou com as presenças de 12 dos 15 chefes de estado da organização
decidiu eleger o chefe de estado do Togo, Faure Gnassingbé, novo presidente em exercício
da organização e que a próxima cimeira se realize na capital togolesa, Lomé, em
Dezembro deste ano.
Para esta sessão de Dezembro, segundo o
comunicado, estão convidados o Rei de Marrocos e os presidentes da Tunísia e
Mauritânia.
A Mauritânia deverá apresentar em Lomé a sua
carta de pedido de readmissão, um estatuto de observador foi acordado em favor
da Tunísia, enquanto que um acordo de principio fora aprovado em favor da adesão
de Marrocos à organização.
No capítulo das reformas, a cimeira decidiu
reduzir de 15 para nove o número de
comissários e à 18 os postos
estatutários no conjunto das instituições
da CEDEAO.
No plano económico, os líderes africanos
felicitaram as boas perspectivas de crescimento económico dos estados membros e
reafirmaram o engajamento para a aplicação das disposições do protocolo
relativo a livre circulação de pessoas e do direito de residência e
estabelecimento em países membros.
Por outro lado, felicitaram os progressos
registados no quadro da aplicação da Tarifa Exterior Comum-TEC nos países
membros e no processo de elaboração do Código Comunitário Aduaneiro.
ANG/SG
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