Ex-Presidentes observadores consideram eleições "livres, justas e
transparentes"
Bissau, 25 Ago 17 (ANG) - Os ex-Presidentes de Moçambique, Cabo Verde,
São Tomé e Príncipe e Timor-Leste, na qualidade de observadores internacionais,
consideraram hoje "pacíficas, livres, justas e transparentes" as
eleições gerais em Angola, realizadas quarta-feira.
Numa declaração
conjunta, Joaquim Chissano, Pedro Pires, Manuel Pinto da Costa e José Ramos
Horta, exortaram os angolanos a aguardarem "com calma e serenidade pelos
resultados finais das eleições".
A declaração, lida
por Pedro Pires, felicita o povo angolano pela sua participação "ativa,
ordeira e pacífica" no escrutínio, salientando que, "o eleitorado
demonstrou civismo e determinação de ir às urnas para exercer o direito
democrático de eleger os seus dirigentes políticos".
Os quatro
ex-chefes de Estado convidados pelo Presidente de Angola, José Eduardo dos
Santos, a observar as eleições, testemunharam em diferentes locais de Luanda, a
abertura das urnas, o processo de votação, o fecho das urnas, a contagem dos
votos e o apuramento dos resultados em algumas assembleias de voto".
Na declaração
realçam que o mesmo ato foi igualmente cumprido por observadores internacionais
da Comunidade de Desenvolvimento de Países da África Austral (SADC), da União
Africana (UA), da Comunidade Económica da África Central, da Conferência
Internacional da Região dos Grandes Lagos (CIRGL) entre outros, bem como por
observadores nacionais.
Acrescentam que
durante a observação constataram que as eleições gerais em Angola decorreram
"de forma ordeira e pacífica, aparentemente sem incidentes ou
irregularidades relevantes".
Para os quatro
antigos Presidentes destes Estados-membros da Comunidade de Países de Língua
Portuguesa (CPLP), o comportamento "com elevação" dos eleitores,
tendo votado de forma ordeira e pacífica, demonstrou a "maturidade do
eleitorado angolano.
"Constatamos
com satisfação uma taxa de participação acima da média e a existência de muito
poucos votos nulos e a em branco, certamente, fruto de uma campanha de educação
cívica bem-sucedida", referem.
Relativamente ao
trabalho da Comissão Nacional Eleitoral (CNE), manifestaram a sua
"satisfação na condução competente do processo eleitoral".
"Ficamos
impressionados com a fluidez da votação, sem grandes demoras desde a
identificação do eleitor ao ato de voto. Observamos que a votação e a contagem
de votos foram conduzidas com competência e numa atmosfera pacífica",
sublinham.
Angola realizou
quarta-feira as suas quartas eleições, às quais concorrem o Movimento Popular
de Libertação de Angola (MPLA), União Nacional para a Independência Total de
Angola (UNITA), Convergência Ampla de Salvação de Angola - Coligação Eleitoral
(CASA-CE), Partido de Renovação Social (PRS), Frente Nacional de Libertação de
Angola (FNLA) e Aliança Patriótica Nacional (APN).
A Comissão
Nacional Eleitoral de Angola constituiu 12.512 assembleias de voto, que incluem
25.873 mesas de voto, algumas a serem instaladas em escolas e em tendas por
todo o país, com o escrutínio centralizado nas capitais de província e em
Luanda, estando 9.317.294 eleitores em condições de votar.
A Constituição
angolana aprovada em 2010 prevê a realização de eleições gerais a cada cinco
anos, elegendo 130 deputados pelo círculo nacional e mais cinco deputados pelos
círculos eleitorais de cada uma das 18 províncias do país (total de 90).
ANG/Lusa
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