LGDH
pede conclusão de inquéritos sobre mortes de Nino Vieira e Tagme Na wai
Bissau, 24 Jul 19 (ANG) – O Presidente da Liga Guineense
dos Direitos Humanos pediu ao Ministério Publico a conclusão do processo do
inquérito sobre a morte do ex-presidente Nino Vieira e do ex-Chefe de Estado
Maior General das Forças Armadas, Tagme Na Wai, assassinados em março de 2009,
em Bissau.
Segundo a Rádio Jovem, o desejo de Augusto Mário da Silva
foi tornado publica esta terça-feira após um encontro com o Procurador-Geral da
República, Ladislau Embassa e disse que estão a insistir na necessidade da
investigação avançar e ser concluído no melhor prazo para que efectivamente se devolva
a tranquilidade aos cidadãos e passar a imagem de que, de facto, há um compromisso
do Ministério Público de combater a impunidade.
De acordo com o presidente da LGDH, após dez anos de
investigação dos assassínios de personalidade políticas e militares, já é
altura do Ministério Público esclarecer aos guineenses e familiares sobre os
referidos processos.
Augusto Mário lamentou as informações proferidas pelo
ex-procurador geral da república, Bacar Biai, em 2017, segundo as quais o processos de
inquérito sobre a morte de Nino
Vieira teria sido arquivado.
À propósito, segundo o presidente da Liga, o actual Procurador-Geral
da República informou que o referido processo não está arquivado, e
que segue o seu trâmite normal.
O presidente da Liga disse que foi informado pelo PGR que o Ministério Público tem enfrentado
algumas dificuldades em termos de tramitação processual relativamente ao caso do antigo presidente da república,
mas que espera superar no melhor prazo
possível.
Para além dos processos de Nino, Tagme, Baciro Dabo e
Hélder Proença, o encontro serviu igualmente para analisar, o problema de disputa
de posse terra entre as tabancas da secção de Susana, sector de são-domingos,
região de Cacheu.
Augusto Mário disse que a sua organização confia que o
ministério público vai concluir a tramitação do inquérito e remeter os
processos para o tribunal, embora reconhece a falta de meios para a condução
cabal do processo.
Augusto Mário da Silva disse que o Procurador-Geral prometeu
fazer de tudo para estar ao alcance, para efectivamente levar ao julgamento
todos os processos denunciados, e que têm de facto elementos para serem
conduzidos ao julgamento.
“Disse que estão
comprometidos em combater a impunidade”, salientou.
A Liga Guineense dos Direitos Humanos é uma organização não-governamental que trabalha há
muitos anos para a consolidação do Estado de Direito, combate a impunidade e
pelo reforço do sistema de protecção dos Direitos Humanos na Guiné-Bissau.
ANG/LPG//SG
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