quinta-feira, 18 de julho de 2019

Saúde Pública


 Ministra de Saúde Pública reitera empenho do governo em assegurar assistência sanitária de qualidade aos guineenses

Bissau, 18 Jul 19 (ANG) – A ministra de Saúde Publica reitera o empenho do governo para que cada guineense tenha cada vez melhor o acesso aos serviços de saúde de qualidade, na base no Programa “Terra Ranka”, que prioriza os sectores sociais.

Magda Nely Robaldo Silva que falava hoje na cerimónia de lançamento do Relatório sobre a Situação do Direito à Saúde na Guiné-Bissau, disse que o documento relatou muito bem aquilo é a situação da saúde no país.

Por isso, apesar de necessitar muito tempo para atingir o nível de qualidade de serviços pretendido e que respeita a dignidade de cada guineense, prometeu para breve dar aos guineense os serviços de saúde que merecem, porque o nível dos cuidados sanitários está aquém do desejado e do que é recomendável.

Relativamente aos constrangimentos revelados no relatório disse que só é possível melhorar o sistema de saúde, se cada enfermeiro, médico, administrador e funcionário do sistema, dos sectores que apoiam a saúde, se sentirem responsáveis e prestarem contas.

Sobre a corrupção que existe na atribuição da Junta Médica indicada no relatório, a ministra afirmou que é a responsabilidade da Comissão de Junta Médica e não do primeiro-ministro nem do titular da pasta de saúde, por isso disse que essas pessoas tem que ser responsabilizadas e que cada cidadão deve saber isso e pedir conta à aqueles que tomam decisões sobre a vida, morte ou saúde das pessoas.

Quanto há ausência de concretização do direto à saúde, da cultura do trabalho  e de uma ausência da cultura de excelência, a governante reconheceu essa realidade, acrescentando que, se um profissional pensa que vai fazer um trabalho minimalista, nunca vamos ter um sistema de saúde ou mudar a situação actual do sector sanitário nacional.

Sobre a excelência de serviços,  disse que as pessoas tem que sentir orgulhosos de fazer bem e ficar tristes quando não se consegue fazer um trabalho de qualidade.

“A título de exemplo, se tenho que entregar um relatório, ele tem de estar bem escrito, constar as coisas necessários e entrega-lo à tempo. Isso sim é excelência, profissionalismo e faz avançar o Estado e neste caso o sistema de saúde”, enalteceu Magda Nely Robalo da Silva.

Disse que, há um baixo nível de fiscalização, fraca capacidade de gestão e uma falta de transparência entre outras e que a mudança deve ser feita a partir das pessoas, porque elas é que fazem a fiscalização e a gerência dos fundos.

Para o coordenador da Fundação Suíça para Cooperação e Desenvolvimento (SWISSAID),  Alfredo Handen,  a solução destes problemas, passa pela sensibilização das famílias para adotar práticas de prevenção, para ajudar o Estado já fragilizado com poucos recursos.

 Pediu para não deixar que o sistema económico liberal desvirtuasse o papel e a essência de um Estado social, que é a protecção dos mais pobres e que deve ser feita na base de redistribuição da riqueza de uma forma equitativa para aqueles que mais precisam possam ter o acesso aos cuidados da saúde.ANG/LPG/ÂC

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