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Sociedade/Grupo de jovens lança  organização denominada  “Movimento Popular da Juventude Africana”

Bissau, 02 out 20 (ANG) -  Um grupo de jovens guineenses lança no próximo d

omingo(4), uma nova organização denominada “Movimento Popular da Juventude Africana”, com o propósito de contribuir para a construção de  uma sociedade jovem consciente e pronta para enfrentar os desafios do quotidiano.

Em declarações hoje à Agência de Notícias da Guiné (ANG), o Presidente do Movimento, Filigêncio Malam Sambú justificou a criação da organização com as dificuldades que os jovens enfrentam  no país, relacionadas ao aumento do consumo da droga,  e recurso à violência e assaltos como  opção de sobrevivência por  falta de emprego entre outros factores.

Sambú disse que o Movimento tem como objectivo promover mudanças de mentalidade nos jovens, instruindo-lhes de uma forma activa e eficiente para poderem participar no processo do desenvolvimento do contimente africano, contexto sociocultural, económico, político, científico e tecnológico.

De acordo com Filigêncio Sambú,  a juventude guineense está sem rumo e sem uma orientação, o que, segundo diz, terá  contribuido  muito para o aumento do consumo de drogas na camada juvenil.

 “Hoje em dia, temos jovens com problemas mentais devido ao consumo de drogas, violência e assaltos como uma opção de sobrevivência, ainda por causa da falta de emprego, entre outros factores que os jovens enfrentam”, sustentou.

Acrescentou que  há  jovens sem uma visão sobre o futuro, por não saber onde começar e ir, sem uma missão, por desconhecer o seu papel  dentro da sociedade, sobretudo como pode  contribuir para o desenvolvimento da sociedade.

Filigencio Malam Sambú  criticou que a joventude guineense é  tida como um instrumento que cada um usa para o seu beneficio próprio e depois não precisa mais desse instrumento.

“Perante tudo isso, a emigração parece ser uma solução para a camada   juvenil em busca de melhores condições de vida e muitas das vezes quanto não tiver apoio usam o plano B - emigração clandestina. Assistimos  através de midias nacional e internacionais  centenas e centenas de mortes, o que é uma  perda significativa para esta e outra geração”, lamentou o Presidente do Movimento.

Para além disso, segundo Filigêncio Sambú,  a prostituição é cada vez mais frequente no seio dos jovens ou seja está-se perante uma juventude praticamente sem esperança.

“Para reduzir o sofrimento dos jovens é  preciso que haja um forum para se debater seriamente os problemas enumerados, permitindo aos jovens identificarem   os desafios. Foi  assim é que  surgiu a ideia para a criação do Movimento Popular da Juventude Africano, para  promover mudança de mentalidade dos jovens, instruindo- lhes de uma forma activa e eficiente para poderem participar no processo do desenvolvimento do  país”, explicou.

Filigêncio Sambú informou que o Movimento  tem uma coordenação nacional, com mais de 26 membros e  25 antenas nos diferentes Bairros de Bissau e cada uma das atenas dispõe da sua própria estrutura.

Disse que os desafios de mudança de mentalidade vão começar nos bairros, porque serão  jovens de cada antena a analisarem os problemas existentes nos suas respectivas zonas, apresentando propostas das actividades para sua resolução e ao mesmo tempo são eles é que vão assumir o papel  de pilotar as suas proprias actividades.

Segundo o Presidente Filigêncio Malam, a coordenação terá o papel de orientador, focalizando no objectivo, com base no seu programa nacional que passa pela formação dos formadores.

“Isto quer dizer que  a coordenação irá formar quatro elementos de cada uma das 25 antenas ja existentes, seleccionadas previamente e depois  formar os restantes membros dos seus respectivos antenas que de seguida entra em acção no seio da comunidade, focalizando no aspecto de capacitação, sensibilização e trabalhos de limpezas, doação de sangue, realização das actividades desportivas, culturais e competição intelecto juvenil por forma promover o saber”, revelou Filigêncio Malam  Smbú .

Instado a falar do caris do Movimento,  Filigêncio Sambú disse tratar-se de uma iniciativa lançada em 2010 pelo ex-presidente dos Estados Unidas de América Barak Obama, com o objectivo de formar novos líderes africanos.

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