Poder tradicional/Presidente da República exorta régulos para se abdicarem da politica partidária
Bissau, 28 out (ANG) – O Presidente da
República, Umaro Sissoco Embaló exortou os representantes do poder tradicional
guineense no sentido de se abdicarem de assuntos políticos para que possam
ajudar ao governo na resolução dos problemas que existem nas comunidades
O chefe de Estado
disse que um bom régulo é aquele que representa a sua comunidade e não partidos políticos.
Umaro Sissoco Embaló
reconheceu o erro em não ter convidado
aos representantes do poder tradicional para participar nas duas cerimonias.
Por outro lado, o
Presidente da República anunciou a realização de um encontro nacional com
representantes do poder tradicional para debaterem, de forma exaustiva, as preocupações
levantadas pelos régulos.
O ministro da Administração Territorial e do
Poder Local, Fernando Dias exortou os
representantes do poder tradicional a ajudar o governo na resolução dos conflitos
relacionados a posse de terra, que se
registam em quase todas as regiões do
país.
Alertou aos
representantes do poder tradicional no sentido de se optarem por uma justiça justiça
transparente, “porque no seio das comunidades existem diferentes grupos étnicos
e a justiça não deve ser com base nos laços de parentesco ou de afinidade étnica”.
Fernando Dias pediu igualmente
aos régulos para desempenharem o papel de regulado sem pertenças partidárias.
Renovou o seu apelo
aos régulos no sentido de evitarem de atribuir titulos de régulos às pessoas
que não têm esse direito, para acabar com
conflitos que persistem em muitos regulados.
Relativamente a
questão do Estatuto de Régulo, Fernando Dias disse estar na fase de finalização,
mas que precisa de um encontro com cada grupo étnico para se esclarecer como é feita a escolha do
régulo para depois se fazer os projectos dos estatutos para a Assembleia Nacional Popular(ANP) para efeitos de
aprovação.
O régulo de Cacheu, Dede Andrade revelou no
encontro ter em mãos quatro propostas de Estatuto do poder tradicional, mas que
no entanto carece da aprovação, facto que, segundo ele, tem criado conflitos na
sucessão.
O Régulo de Prábis,
Ugalís Cá aproveitou a ocasião para pedir apoio do Presidente da Republica para
fazer face as inundações nas bolanhas causadas por intensas chuvas que cairam
este ano no país, e que, segundo Cá, impediram a maioria da população camponesa
de Prábis de cultivar o necessário para subsistência familiar.
Por sua vez, o régulo
de Quitáfine, Secuna Silva aconselhou aos seus colegas de sentido de se
respeitarem para serem respeitados, tendo criticado que muitos deles deixam-se
ser usados por políticos, o que diz ser situações que comprometem
a dignidade de um régulo perante a sua população .
“Um régulo não deve
pertencer nenhuma formação política, e peço aos colegas no sentido de
abandonarem a politica para que sejam respeitados perante os políticos”,
aconselhou. ANG/LPG/ÂC//SG
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