terça-feira, 27 de outubro de 2020

UEMOA/ “Guiné-Bissau regista uma evolução positiva em termos de aplicação das directivas da Uinão”, diz ministro das Finanças

Bissau, 27 Out 20 (ANG) – O ministro das Finanças revela que a Guiné-Bissau regista uma evolução positiva em termos de aplicação das directivas da União Económica Monetária dos Países da Africa Ocidental (UEMOA).

Fadia justificou a sua opinião com taxa de execução na ordem dos  43 por cento em 2019 contra os 38 de 2018.

Fadia falava à imprensa no final do encontro de revisão  técnica anual das reformas, politicas, programas e projectos da UEMOA, referentes a 2019.

Mesmo assim,  Mamadu João Aladje Fadia disse que os  43 por cento não é suficiente, porque em alguns sectores ouve progressos e noutros menos, sem mencionar os sectores em que ouve progressos e onde não se registaram avanços.

Afirmou  que ficou registado  que ouve esforços na implementação dos dossiês de reformas em vários sectores.

“As questões urgentes para se tratar têm a ver com textos comunitários que devem ser apresentados e aprovados pela ANP e que estão atrasados”, lamentou o ministro das finanças.

Disse que são 113 dossiês com uma taxa de execução media na ordem dos  43 por cento e que alguns países estão com 100 por cento e outros com zero por cento.

Segundo Fadi, exige-se a execução de de 100 à todos os oito  membros da UEMOA, por serem acções comunitárias

A titulo de exemplo, indicou que há  um texto que regulamenta o sector dos transportes  e que deve ser 100  por cento regulamentado no país, para que haja convergência nessa matéria em relação ao Senegal e Burquina Faso, por exemplo.

Instado a falar de um dos critérios da UEMOA que determina  que nenhum país membro pode contrair dívida publica superior a 70 por cento do seu PIB, estando a Guiné-Bissau com uma dívida na ordem de 80 por cento do PIB, Fadia disse que a UEMOA tem vários  critérios da avaliação e que em relação ao sector de governação ai há uma convergência das  economias e não só no aspecto das dívidas.

Acrescentou que em termos de receitas internas o país está muito abaixo.

“A nossa taxa de pressão fiscal ou das receitais estão a menos de dez por cento, quando devia estar em cerca de 20 por cento. Além disso, a massa salarial do país deve situar-se no máximo em 35 por cento das receitas mas este momento estamos a cerca de 70 por cento, portanto estamos praticamente fora de todos os indicadores de convergência  económica e que obriga a que façamos esforços, disse.

Esforços que disse passar pelo trabalho para que a economia nacional esteja em convergência com a de outros países membros da União.   

 Segundo o Ministro da Economia, do Plano e Integração Regional, Victor Mandinga  são  ao todo 113  directivas que as autoridades guineenses devem transpor para o ordenamento jurídico nacional, das quais 48 já estão integradas na ordem jurídica nacional.

“ É um processo gradual até porque desde que o governo tomou posso já há duas directivas que foram aprovadas e antes do final do ano perspetiva-se  a aprovação de mais cerca de uma dúzia de directivas.

Relativamente aos investimentos e projectos Victor Mandinga disse que o país devia ter em termos de convergência cerca de 20 por cento de execução, mas  que só tem  cerca de 6 por cento, e que isso tem a ver com as contingências do próprio país.

O representante da União Económica Monetária dos países da Africa Ocidental UEMOA Bertin Felix Comlanvi afirmou que o país está a fazer esforços no cumprimento das diretivas
comunitárias.

Segundo ele, de 2018 a 2019, a Guiné-Bissau registou um aumento de 11 ponto percentual no sector de governação e de convergência.

“ No sector comercial houve um aumento de 6 por cento”, indicou Bertin Felix Comlanvi.

Para além disso, o representante da UEMAO no país  disse que a Guiné-Bissau está à 44 por cento na aplicação das directivas comunitárias restando lhe apenas 30 por cento para tangir os 74 exigidos pela União.

 Bertin Felix Comlanvi indicou a tradução dos textos de francês para o português  como motivo de atraso do país no cumprimento das directivas.

“Espero que, com esta estabilidade, as coisas vão progredir para o desenvolvimento da economia da Guiné-Bissau”, disse Comlanvi.   ANG/LPG//SG

Sem comentários:

Enviar um comentário