3 de Agosto/Governo pede colaboração de parceiros sociais para
reforma da função pública
Bissau,04 Ago 21(ANG) - O ministro da Administração Pública Tumane Baldé, pediu terça-feira a cooperação dos parceiros sociais para a reforma e modernização da função pública guineense.
Segundo Tumane Baldé, é preciso a cooperação
institucional dos parceiros do Governo para que “todos juntos” possam colocar
em “marcha o plano de reforma e modernização da função pública já em curso”.
O ministro falava na cerimónia de celebração de 03 de
agosto, feriado nacional, que assinala o massacre de Pindjiguiti, dia em que,
em 1959, a polícia colonial portuguesa reprimiu um protesto de marinheiros ,
provocando pelo menos 50 mortos.
Baldé afirmou que operar
mudanças num sistema implica sacrifícios, mas disse acreditar que “imbuídos do
mesmo entusiasmo” e “juntos de mãos dadas, focados no mesmo objetivo” vão-se
atingir “grandes resultados”.
O ministro da Administração
Pública salientou que após os acontecimentos de 03 de agosto, a luta dos
guineenses agora assume novos paradigmas, porque se está a “organizar um
serviço público eficaz, eficiente e transparente, que potencie o
desenvolvimento socioeconómico acelerado”.
Para Tumane Baldé, um dos
objetivos estratégicos que o executivo definiu é a qualificação, a
dignificação, a motivação e a profissionalização dos recursos humanos da
administração pública, através de uma política coerente de formação.
Antes, a Confederação Geral
dos Sindicatos Independentes da Guiné-Bissau (CGSI-GB), que assinalou a
efeméride, que celebra também o dia do trabalhador guineense, com o Governo, exigiu
a harmonização da tabela salarial.
“O Governo deve assumir as
suas responsabilidades no que diz respeito à harmonização da tabela salarial
para que os funcionários possam ter a moral tranquila e trabalhar para a
erradicação da fraca qualidade dos serviços que prestam”, afirmou o
secretário-geral da confederação, Malam Ly Baldé.
Ly Baldé disse que é
necessário e urgente o Governo começar a respeitar a dignidade humana,
sobretudo os direitos dos trabalhadores públicos e privados consagrados nas
demais leis da República da Guiné-Bissau.
A CGSI-GB exige ainda do
Governo o pagamento de 17 meses das dívidas salariais em atraso aos jornalistas
e técnicos contratados dos órgãos de comunicação social públicos, bem como o
pagamento dos atrasos salariais de seis meses aos funcionários do Instituto
Marítimo Portuário.
Entre outras exigências
apresentadas, a CGSI-GB quer ver igualmente aplicada o estatuto da carreira
docente universitário já aprovado e promulgado pelo Presidente da República,
para garantir que haja paz social no tecido laboral guineense.
“De contrário, a nossa
central sindical ver-se-á obrigada a recorrer aos demais atos reivindicativos
previstos na ordem jurídica do país, nomeadamente, greves, marchas, vigílias”,
alertou.ANG/Lusa
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