Covid-19/China promete fornecer 2 mil milhões de vacinas ao resto do mundo até ao
final do ano
Bissau, 06 Ago 21(ANG) – O Presidente
chinês, Xi Jinping, prometeu fornecer este ano dois mil milhões de doses de
vacinas ao resto do mundo, consolidando a posição do país como o maior
exportador global de inoculações contra a covid-19.
O anúncio de Xi foi feito durante o
Fórum Internacional de Cooperação para as Vacinas Contra a Covid-19, organizado
pela China e realizado ‘online’.
Este número incluirá as 770 milhões de
doses que a China já doou ou exportou desde setembro do ano passado.
A maioria das vacinas chinesas foi
exportada por meio de acordos bilaterais. Não é claro se este número também
inclui os acordos com o mecanismo COVAX, das Nações Unidas, onde dois
fabricantes chineses de vacinas se comprometeram a fornecer até 550 milhões de
doses.
Xi prometeu ainda doar 100 milhões de
dólares para este programa, que visa distribuir vacinas para países de baixa e
média renda, disse a agência noticiosa oficial Xinhua.
A distribuição das vacinas tem sido
desigual, já que os países ricos agora consideram a aplicação de vacinas de
reforço para os seus cidadãos e as nações mais pobres lutam para obter vacinas
suficientes para a primeira dose.
“Mais de 4 mil milhões de vacinas
foram administradas globalmente, mas mais de 75% foram para apenas 10 países”,
disse e Director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, durante o fórum.
Centenas de milhões de vacinas
chinesas, a grande maioria desenvolvidas pelas farmacêuticas Sinopharm e
Sinovac, foram administradas em vários países em todo o mundo.
No entanto, as vacinas têm sido
acompanhadas de questões sobre a sua eficácia, sobretudo à medida que a
variante Delta, altamente transmissível, se alastrou, provocando novo aumento
no número de mortes por covid-19.
Na Indonésia, que utilizou a vacina da
Sinovac, o governo disse que está a planear reforços para os profissionais de
saúde, usando algumas das doses da inoculação desenvolvida pela farmacêutica
norte-americana Moderna, após relatos de que alguns dos profissionais de saúde
que morreram desde Junho receberam a vacina chinesa.
O acesso às vacinas foi também
dominado pela geopolítica.
A China foi acusada de usar vacinas
para aumentar a sua influência. Em Junho, diplomatas ucranianos disseram que
Pequim ameaçou suspender o fornecimento de vacinas para pressionar a Ucrânia a
retirar-se de uma declaração que pedia mais escrutínio sobre como a China trata
as minorias étnicas e religiosas na região de Xinjiang.
O Presidente norte-americano, Joe
Biden, apontou que as doações norte-americanas serão feitas “sem pressão por
favores ou concessões”.
A Casa Branca disse na terça-feira que
os EUA doaram 110 milhões de doses, a maioria das quais por meio da COVAX.
O Japão também aumentou as suas
doações na região, prometendo 30 milhões de doses da vacina por meio da COVAX e
outros canais. Tóquio também doou vários milhões de vacinas por meio de acordos
bilaterais.
ANG/Inforpress/Lusa
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