Dia Internacional Direitos Humanos/Presidente da Liga pede ao Governo para fazer mais no combate à
impunidade
Bissau, 10 Dez 21
(ANG) - O Presidente da Liga Guineense
dos Direitos Humanos(LGDH), defendeu, esta sexta-feira, a necessidade de haver
mais e maior empenho das autoridades públicas, em especial do Governo, para
fazer do combate a impunidade a prioridade das prioridades.Imagem de Arquivo
“Hoje mais do que
nunca, a impunidade tornou-se o maior desafio para os direitos humanos na
Guiné-Bissau e tem funcionado como o maior factor de desagregação do tecido
social e a causa de fragmentação da actual liderança política e militar”, disse
Augusto Mário da Silva, na cerimónia que assinalou a passagen do Dia
Internacional dos Direitos Humanos.
O preisdente da LGDH
acrescente que urge tomar medidas para se inverter o rumo das coisas, e convida
a todos os guineenses a se unirem em torno dos grandes desígnios nacionais,
nomeadamente: o respeito pelos direitos humanos, a luta pelo desenvolvimento, solidariedade, tolerância, liberdade , justiça
e respeito pela diversidade.
“O nível de progresso
que se pretende alcançar no país, a todos os níveis, impõe à todos e cada um ,
o grande desafio de trilhar caminhos da paz, combatendo as indiferenças e
apatias, em nome duma cidadania cada vez mais interventiva, participativa e
catalizadora de referências positivas”, sustentou.
Fazendo uma caracterização
da actual situação dos Direitos Humanos na Guiné-Bissau, Augusto Mário da Silva
referiu que continua a suscitar muita repugnância do cidadão comum, devido a
sistemáticas violações que são cometidas, diariamente, e o agravamento da
precaridade da vida dos cidadãos pela Covid-19, e perante “olhar impotente do
Estado”.
“Assiste-se à escala
nacional graves e sistemáticas violações dos direitos humanos, nomeadamente as
restrições ilegais do exercício da liberdade de manifestação, restrição do
direito de acesso à Educação e Saúde, intimidações e tentativas de limitar e
condicionar o exercício da liberdade de imprensa, e o aumento exponencial de
casos de violência baseada no género”, descreveu.
Para Augusto Mário da
Silva ,sendo a Guiné-Bissau uma das figuras da lista de países que
subsscreveram a Declaração Universal dos Direitos Humanos, e algumas convenções e tratados sobre Direitos
Humanos, devia traduzir essa vontade em acções que favorecem a igualdade de
oportunidades, visando o desenvolvimento e o progresso social de todos,
sobretudo dos que se afiguram como os mais vulneráveis.
A cerimónia que
assinalou o Dia Internacional dos Direitos Humanos sob o lema a “Igualdade”
ficou marcada com a entrega de prémios aos vencedores do concurso “Jornalismo e
Direitos Humanos” ,nas categorias de Imprensa, rádio e televisão.
Trata-se da 8º edição dessa iniciativa da LGDH que atribui prémios no valor de 300.000,00fcfa em dinheiro mais um computador e um livro editado pela LGDH ao premeiro lugar de cada categoria. ANG//SG
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