quinta-feira, 2 de dezembro de 2021

      Ómicron/ONU e União Africana condenam isolamento da África austral

Bissau, 02 Dez 21 (ANG) - O secretário-geral da ONU, o português António Guterres,e o presidente da Comissão da União Africana, o diplomata chadiano Moussa Faki Mahamat  denunciaram quarta-feira,em Nova Iorque,  a proibição de voos para países da África austral, após a África do Sul ter revelado e existência há uma semana de uma nova variante da COVID-19, a Ómicron.

Moussa Faki Mahamat, em nome da União Africana, denunciou as medidas de um vasto rol de países em relação à África austral lembrando que se a África do Sul foi o primeiro país a revelar ter registado casos de uma nova variante esta até é suposto ter aparecido previamente na Europa.

"Foi revelado que este vírus existia num ou em dois países europeus antes das revelações feitas pela África do Sul. Ou seja isto não se justifica. Faremos, por conseguinte, todos os esforços para que os Estados entendam a necessidade de levantar este dispositivo totalmente injusto.", disse.

Por seu lado o secretário geral da ONU António Guterres denunciou um verdadeiro apartheid das viagens.

Temos os instrumentos para garantir viagens com segurança.Usêmo-los, esses instrumentos, por forma a evitarmos, permitam que o diga, este apartheid de viagens,disse Guterres."

Para Moussa Mahamat, o continente africano foi duplamente condenado nesta pandemia, privado de vacinas suficientes para a enfrentar e ficando agora bloqueado na perspectiva da sua retoma económica.

Guterres recebia Mahamat em Nova Iorque para a respectiva audiência anual.ANG/RFI

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