quinta-feira, 13 de outubro de 2022

Greve Saúde Pública/Pacientes lamentam falta de atendimento no Hospital Simão Mendes e pedem intervenção urgente do Governo

Bissau ,13 Out 22 (ANG) – Alguns pacientes do Hospital Nacional Simão Mendes lamentaram hoje a falta de atendimento naquela maior unidade hospitalar do país devido a greve de qutro dias decretada pelos sindicatos da saúde e da educação, e pedem a intervenção urgente do Governo e Presidente da República para sanear a situação.

Durante uma ronda feita hoje pelo repórter da ANG, constatou-se que alguns serviços que compõem aquela instituição sanitária estavam desertas em termos de pacientes, uma vez que só os mais graves estão a ser atendidos pelos serviços  mínimos prestados pelos técnicos em greve.

 Aua Bari pediu aos dirigentes máximos do país a tudo fazerem para acabar com a paralisação e aliviar um pouco o sofrimento dos cidadãos mais pobres que segundo ela, são os que mais sofrem com a greve em causa uma vez que não têm meios financeiros para recorrerem as clinicas que cobram o dobro ou triplo ao Simão Mendes.

“Eu não estou a sentir bem, o meu corpo doe muito, por isso vim para fazer análise e outras consultas, mas fui informada de que devido a greve só estão a atender os doentes graves”, explicou.

A paciente questionou de como isso pode ser, tendo em conta que uma pessoa pode aparentar estar estável mas de um momento para outro pode se complicar. Aua Bari pede entendimento entre as partes .

Júlio Có diz  que o maior culpado é o Governo que não honra os seus compromissos com os seus funcionários, frisando que, para ele que acompanhou a sua mulher grávida, apesar dela ter recebido tratamento diz que  está revoltado com a greve que está a dar cabo dos mais fracos economicamente, porque  não podem ir para as clinicas  privadas.

Có pede  ao Governo  para conversar com os sindicatos em greve para se parar com as  paralisações nas áreas sociais que diz serem fundamentais para o avanço do país.

“O que passa na minha terra não acontece em qualquer parte do mundo”, afirma Amadu Bacar Silva frisando que é triste ver pessoas doentes a serem mandadas para casa por não serem considerados de graves.

Afirmou que, o Governo através do Ministério da Saúde já tinha mandado um bom número de técnicos da saúde de novos ingressos para casa causando transtornos aos pacientes em todo o país.

“Com a greve a situação piorou e como estamos na Guiné-Bissau onde tudo que não é normal é aceite pelo povo, o que resta é pedir a proteção divina e se cuidar”, lamentou.

Os sindicatos do sector da saúde e da educação agrupados  numa “Frente Social”, decretaram uma greve de quatro dias entre os dias 10 e 14 do corrente mês, reivindicando, entre outros,  o pagamento de salário em atraso,  a revogação do despacho do Governo que suspendeu mais de mil técnicos de saúde que haviam sido admitidos no sector.

A ANG tentou, sem sucesso, obter as reações  dos responsáveis do Hospital Nacional Simão Mendes, mas estes prometeram falar depois, numa conferencia de imprensa a anunciar.ANG/MSC/ÂC//SG

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