Greve na Saúde/Serviços do HNSM funcionam a “meio gás” devido a paralisação no sector
Bissau ,06 Mar 23 (ANG) – Os diferentes serviços que compõem o Hospital Nacional Simão Mendes (HNSM), estão a funcionar de uma forma limitada devido a greve de 05 dias decretada pelos sindicatos do sector da saúde e da educação agrupado numa denominada “Frente Social “.
Numa ronda feita pela repórter
da ANG, nas primeiras horas da greve, no
maior centro hospitalar do país constatou-se fraca presença de pacientes nos diferentes
serviços, com a exceção da Maternidade e
Serviço de Medicina denominada de Uambo que tinham muitos pacientes e
acompanhantes na expectativas de serem atendidas.
Carla Cá, moradora do Bairro
de Bandim, que foi fazer o controlo de gravidez, disse que foi atendida, fez
alguns exames e que passou pelos serviços de Ajuda Intercâmbio e
Desenvolvimento (Aida) que lhe deram alguns medicamentos.
“Mas é de lamentar a greve
nos hospitais uma vez que os mais pobres é que procuram os serviços do Simão
Mendes. Quem tem condições dificilmente vai estar cá deixando outros lugares
como as clinicas, onde pode ser tratado melhor. Nós os pobres temos de aguentar”,
lamentou.
Simna Nandiba, que levou a
mulher doente, disse que foi atendida apesar da greve que diz desconhecer se
estava em curso.
Nandiba admite que muitos
pacientes podem ficar sem atendimento, porque só os serviços mínimos funcionam,
e os cosiderados em “estado estável” não
são atendidos.
“Já não se sabe entre o Governo e os
sindicatos quem tem razão.O Governo, como pai, devia ceder e negociar com os sindicatos para
acabarem, de uma vez, com as paralisações nas áreas da saúde e da educação”,
disse Simna Nandiba.
Augusto Vaz, funcionário da Proteção
Vegetal colocado na regiâo de Quinará que levou o seu primo doente, disse que
foram atendidos, mas não de uma forma cabal, uma vez que ficaram sem fazer análises
.
Disse que vão ter que arranjar alternativa fora, o que será mais difícil tendo em conta a falta
de dinheiro.
Vaz pede “intervenção urgente” do Executivo para fazer
com que há greve acabe de vez, principalmente no sector da saúde.
Visivelmente emocionado,
apelou aos Chefes de Estado e do Governo a fazerem esforços concretos para
acabar com a paralisação, tendo pedido o entendimento com os sindicatos para o
bem de todos, sobretudo dos mais pobres.
A paralisação que iniciou
hoje decorre até ao próximo dia 10 de
Março, e os sindicatos exigem entre outros o pagamento de salário atrasado, enquadramento
na Função Pública de novos ingressos e
aplicação do Estatuto da Carreira Docente .
De acordo com os grevistas,
os serviços mínimos serão observados nos serviços de Urgências e dos Cuidados
Intensivos, apesar do silêncio do Governo que não os negociou.
Acusam o Executivo de se
manter calado apesar de diferentes
alertas dos sindicatos através da conferência de imprensa e outros meios,
feitas desde 19 de Novembro de ano passado. ANG/MSC/ÂC//SG
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