Cooperação/China admite que “não vai ser fácil” encontro entre Xi e Biden
Bissau,
30 out 23 (ANG) – O Governo chinês considerou hoje que criar condições para um
encontro entre os líderes da China e Estados Unidos "não vai ser
fácil" e que os dois países devem trabalhar em conjunto para alcançar
resultados.
O
ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, reuniu com o Presidente
norte-americano, Joe Biden, o secretário de Estado norte-americano, Antony
Blinken, e o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan,
durante uma visita de três dias a Washington.
Ambas
as partes concordaram em trabalhar em prol de uma reunião bilateral, à margem
da cimeira de Cooperação Económica Ásia -Pacífico, que se realiza no próximo
mês, em São Francisco.
Citado
num comunicado difundido pelo ministério dos Negócios Estrangeiros da China,
Wang afirmou que o caminho para a reunião bilateral não vai ser “tranquilo” e
que não se pode confiar no “piloto automático”.
As
relações entre Pequim e Washington deterioraram-se nos últimos anos, devido a
uma guerra comercial e tecnológica, diferendos em questões de direitos humanos,
o estatuto de Hong Kong ou a soberania do mar do Sul da China.
O
principal ponto de fricção continua a ser Taiwan. A China reivindica a ilha
como uma província sua e não descarta o uso da força para alcançar a
reunificação. Washington é o principal aliado e fornecedor de armamento a
Taipé.
O
comunicado da diplomacia chinesa observou que, embora ainda existam muitas
questões por resolver, ambas as partes acreditam que é “benéfico e necessário”
manter o diálogo.
A
visita de Wang aos EUA é a última de uma série de contactos de alto nível entre
os dois países, visando estabilizar a relação cada vez mais tensa.
Citado
no comunicado, Wang disse que China e EUA precisam de um “regresso a Bali”,
numa referência à reunião entre Xi e Biden, à margem da cimeira do G20, no ano
passado, em que ambos os responsáveis discutiram questões relacionadas com
Taiwan, tensões comerciais ou a cooperação no âmbito das alterações climáticas,
saúde e segurança alimentar.
O
chefe da diplomacia chinesa afirmou que os dois países devem “eliminar a
interferência, ultrapassar obstáculos, reforçar o consenso e acumular
resultados”.
Outras
questões incluíram o intercâmbio militar e a cooperação financeira, tecnológica
e cultural, ou as crises no Médio Oriente e na Ucrânia.ANG/Lusa
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