terça-feira, 31 de outubro de 2023


Sociedade
/”È urgente mudança de paradigma urbanístico da cidade de Bissau”, disse Marciano Mendes 

Bissau, 31 out 23 (ANG) – O Secretário Geral do Ministério da Administração Territorial e Desenvolvimento Local, disse que é urgente  refletirmos todos, para que de uma vez por todas, se procure mudar esta paradigma urbanístico da cidade de Bissau que é contrária ao desenvolvimento sustentável das cidades.

Marciano Mendes falava hoje na aberura do segundo Fôrum Urbano Nacional  que decorre entre os dias 31 de Outubro e 01 de Novembro,   alusivo ao Dia Mundial  das Cidades, sob lema “ Financiamento um Futuro Urbano Sustentável para Todos: O Acesso à Habitação e as Formas de Financiamento habitacional”.

Durante dois dias, os participantes vão debater entre outros, o Relatório Nacional da Guiné-Bissau sobre Habitação e Desenvolvimento, Regulamento sobre Habitação e Solo Urbano, e o Direito humano a uma Habitação Condigna.

Marciano Mendes disse que a questão do desenvolvimento urbano sustentável e a temática da nova Agenda Urbana das Nações Unidas e os Objectivos de Desenvolvimento Sustentável, são assuntos presentes e urgentes a discutir, num quadro das desigualdades existentes entre as sociedades.

Disse que, o tema escolhido para celebrações do Dia Mundial Urbano interessa à toda a sociedade, desde as familias, às empresas, ao governo e os parceiros de desenvolvimento, sem deixar de lado os Bancos e as instituições de solidariedade social.

“A problemática da construção habitacional reflete nas questões relacionadas com as politicas de administração do território, os planos  diretores municipais, o acesso à terra, o acesso ao crédito,os meios de financiamento”, afirmou.

Por isso, disse que é urgente, que todos reflitam sobre o seu papel em todo este processo, para que de uma vez por todas, se procure mudar esta  paradigma que é contrária ao desenvolvimento sustentável das nossas cidades.

Qualificou a inicitiva de importante, pois convoca  todos os intervenientes no processo da habitação, para em conjunto, refletirem sobre as melhores práticas a implementar sobre habitação e desenvolvimento Urbano.

Disse que, o presente Fórum vai permitir a auscultação das diversas opiniões, bastante enriquecedora, sobre a problemática da habitação no país.

Para o Coordenador do Programa da ONU habital, Edmilson Augusto da Silva, as celebrações do Dia Mundial das Cidades é destinada a sensibilização e consciencialização da sociedade em geral, sobretudo aos decisores politicos sobre os desafios da urbanização sustentável e de estratégias da implementação da nova agenda urbana, alinhada com ODS 11, como caminho para enfrentar os desafios globais.

Afirmou que as cidades são os palcos onde as batalhas de emergência climática pode ser vencida. Ou seja são  lugares chaves de reforçar a luta contra  as emergências  climáticas e outros desafios que a humanidade enfrenta.

 “Porque atualmente mais da metade da população mundal vive nas cidade e até  2050 prevê-se que este número aumenta em 70 por cento e que  90 por cento de crescimento da população urbana ocorrerá nos países emergentes, África, Asia e America Latina” salientou.

Disse que, a Guiné-Bissau não é deferente, porque testemunhou o rápido crescimento da sua população urbana em últimos anos, frisando que até 1997 apenas 22,5 por cento da população vivia na áreas urbanas, enquanto que em 2020 esta proporção quase dobrou para 44,2 por cento, e que a cidade de Bissau é mais impactada com essa concentração, obrigando mais de 1/3 da população nacional  e continuar a trair o número crescente de habitantes.

“A rápida urbanização trouxe consigo uma série de desafios, incluindo as necessidade de infraestruturas adequadas, moradias acessivel, transportes eficiente e sustentável, bem como a garantia de serviço básicos, como saúde educação entre outros para todas e todos”,defendeu Edmilson Augusto da Silva.

A Coordenadora das Associações Juvenis, Rosalia Ajudju, disse que o acesso à financianamento habitacional são direitos básicos que qualquer ser humano tem de usufruir para poder garantir a sua sobrevivência social.

Afirmou que, dentre as franjas de população, a mulher e o jovem devem ser priorizados no que diz respeito a acesso à habitação, porque a mulher, para além de estar nos grupos dos desfavorecidos, é quem cuida dos filhos, sendo assim precisa de um lar para viver com eles, da mesma maneira, os jovens sendo aquele que está prestes a formar familia precisam também de uma habitação adequada para albergar a familia.

Rosalia Ajudju  afirmou que habitação não se resume apenas em ter casa para viver, mas de conjunto de condições, entre quais segurança, disponibilidade de serviços, infraestruturas, acessibilidade,  condições que poucas vezes se observam no país.ANG/LPG/ÂC

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