Cabo
Verde/ Universidades africanas da CPLP devem trabalhar para estar no ranking
internacional – gestor da ARES
Bissau,
20 Out 23(ANG) – O gestor da Agencia Reguladora do Ensino Superior (ARES) em
Cabo Verde instigou hoje as universidades do País e outros africanos da
Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) a trabalharem para estar no
ranking mundial.
José
Dias fez as considerações à imprensa como orador do painel “Avaliação da
qualidade, internacionalização e investimento”, enquadrado no I Congresso
Internacional de Ciência, Inovação e Desenvolvimento na Lusofonia, promovido
pela Universidade Lusófona de Cabo Verde (ULCV), no Mindelo.
O
também coordenador do Projeto-Estudo ARES CPLP lembrou que dos países da
comunidade em África, Moçambique é o único que se encontra no ranking mundial.
“É
preciso que as universidades trabalhem dentro das suas estruturas a questão de
pesquisa, mas, sobretudo terem investigação como algo essencial para o
desenvolvimento que qualquer que seja o País”, enalteceu.
Por
outro lado, segundo a mesma fonte, as universidades devem envolver-se mais no
projeto de criação da agência de apoio à investigação, uma proposta que,
explicou, está a ser trabalhada a nível do País e que foi desenvolvido com uma
cooperação internacional.
“O
que colocamos é uma reflexão sobre a agência, no sentido de as universidades
poderem dar as suas contribuições, de que modalidade e o fomento pode ter e que
tipo de colaboração a agência pode desenvolver para a garantia da qualidade do
ensino superior”, exortou.
Se
tudo for feito nessa perspectiva, defendeu o gestor, o País ganha, as
universidades desenvolvem e ganham, e os alunos, que são os mais interessados,
podem ter uma “formação de excelência”, sublinhou.
José
Dias realçou ainda o projeto da ARES CPLP também tem uma abrangência que vai
trabalhar questões relacionadas com as estratégias para garantir a qualidade.
“Todos
os países, as universidades, poderão envolver nesse projeto, porque este vai
ter uma segunda fase, que é de aplicação efetiva daquilo que as universidades
necessitam ou preconizam para que possam desenvolver a nível interno”, explicou
o responsável, para quem as instituições de ensino superior devem também
desenvolver cooperações e apresentar projetos internacionais.
A
diretora do Gabinete do Desenvolvimento Institucional do Grupo Lusófona, Maria
de Lurdes Teixeira, por seu lado, falou sobre a necessidade de se “refundar” o
ensino superior na comunidade lusófona para chegar aos empregadores e
corresponder às expectativas dos jovens e conseguir qualidade nas
universidades.
A
questão, segundo a mesma fonte, representa “um grande desafio” tendo o
financiamento como uma “debilidade”.
O I
Congresso de Ciência, Inovação e Desenvolvimento na Lusofonia decorre até
sexta-feira, 20, no Mindelo, e no final deverá resultar numa Declaração do
Mindelo com as conclusões e recomendações.
O ato de encerramento vai ser feito pelo primeiro-ministro, Ulisses Correia e Silva. ANG/Inforpress/Fim
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