Arábia Saudita/Um guineense entre
os peregrinos que morreram em Meca
Bissau,26 Jun 24(ANG) - Um
cidadão da Guiné-Bissau está entre as mais de mil pessoas que morreram durante
a peregrinação anual à cidade de Meca, em consequências das altas temperaturas
.
Informações avançadas pela
imprensa internacional citadas pela DW-África indicam que os egípcios representam mais de metade das vítimas mortais .
A maioria viajava fora das
delegações oficiais e ficou exposta ao calor sufocante. Mas também foram
registadas vítimas de outras nacionalidades como Paquistão, Índia, Jordânia,
Indonésia, Irão, Senegal ou Tunísia.
Segundo o Ministério da
Saúde da Arábia Saudita, os peregrinos "caminharam longas distâncias"
debaixo do sol, "sem abrigo nem conforto e entre eles encontravam-se
vários idosos e pessoas que sofriam de doenças crónicas".
Em declarações à DW, o
coordenador do Alto Comissariado para a Peregrinação da
Guiné-Bissau, Siradjo Bari, conta que um cidadão guineense que saiu
da Bélgica está entre as vítimas mortais.
"Os peregrinos que
saíram da Guiné-Bissau estão todos são e salvos; tiveram febre e outras
situações, mas ninguém morreu. No entanto, os nossos irmãos que saíram da
Bélgica na quota da Guiné-Bissau sofreram uma baixa; uma pessoa morreu",
adianta Siradjo Bari.
"As informações que nós
temos é que alguns estão afetados pela gripe e outras doenças passageiras, por
causa da aglomeração, mas no geral todos estão bem", informou.
A peregrinação à cidade
santa de Meca é um dos cinco pilares do Islão que um muçulmano deve cumprir
pelo menos uma vez na vida.
Nos últimos anos, a peregrinação
tem sido marcada por eventos trágicos do género. No ano passado, pelo menos 240
pessoas morreram; não há dados específicos sobre a causa dessas mortes. Em
2015, um episódio de pisoteamento em massa matou mais de 2.200 peregrinos. Em
2006, um tumulto numa ponte provocou a morte de mais de 300 pessoas. Em 1990,
1.426 peregrinos morreram sufocados num túnel.
As autoridades de alguns
países estão a tomar medidas após a divulgação das mortes de peregrinos. O
Governo do Egito retirou licenças de operação de 16 empresas de turismo e
encaminhou-as ao Ministério Público, acusando-as de terem responsabilidade
pelas mortes de peregrinos egípcios em Meca.
Na terça-feira, as
autoridades senegalesas anunciaram a introdução de testes voluntários
de despistagem à Covid-19 e a reintrodução do uso de máscaras no aeroporto
internacional à chegada dos peregrinos vindos da Arábia Saudita.
O Ministério da Saúde do
Senegal suspeita que várias mortes de fiéis foram causadas por doenças do
foro respiratório, como a Covid-19.ANG/DW-África
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