Venezuela/Treze jornalistas foram detidos desde as
eleições presidenciais
Bissau, 07 ago 24 (ANG) –
Pelo menos 13 jornalistas foram detidos na Venezuela desde as eleições
presidenciais de 28 de julho, que reelegeram Nicolás Maduro para um terceiro
mandato de seis anos, mas cujos resultados são contestados pela oposição.
O número de detidos foi
avançado pelo Sindicato de Trabalhadores da Imprensa (SNTP) e a organização não
governamental Programa Venezuelano de Educação e Ação em Direitos Humanos
(Provea).
Os dois organismos referiram
que os 13 jornalistas são acusados dos crimes de terrorismo, espionagem e
conspiração, após terem publicado nas redes sociais fotografias de protestos
contra o regime.
Por outro lado, de acordo
com o Instituto de Imprensa e Sociedade da Venezuela (IPYS Venezuela) desde 03
de agosto que foram detidos 11 trabalhadores da imprensa, entre jornalistas e
operadores de imagem.
Alguns destes trabalhadores
foram entretanto expulsos do país, entre eles os chilenos Ivan Núñez e José
Luis Tapia, os italianos Marco Bariletti e Ivo Bonito e os espanhóis Cake
Minuesa e Álvaro Nieto.
De acordo com o SNTP e o
IPYS Venezuela, várias estações de rádio foram advertidas pela Comissão
Nacional de Telecomunicações da Venezuela de que poderiam perder as
autorizações de emissão se mencionassem os protestos da oposição no país.
O SNTP documentou ainda 17
casos de obstrução ao trabalho jornalístico, 10 de intimidação, dois roubos e a
suspensão de um programa radiofónico.ANG/Lusa
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