Saúde/Guiné-Bissau prepara plano de contingência e sem capacidade de testar Mpox
Bissau,29 Ago 24(ANG) - A
Guiné-Bissau está a preparar um plano de contingência para lidar com eventuais
casos de monkeypox (mpox), que atualmente não tem capacidade para diagnosticar,
disse quarta-feira Plácido Cardoso, secretário do Centro Operacional de
Emergência em Saúde.
Plácido Cardoso realçou que
as autoridades sanitárias estão a tomar as medidas para reforçar o controlo nas
fronteiras do país, onde de momento não há conhecimento de suspeitas de casos,
mas avançou que também não é possível fazer testes.
"Neste momento não
temos capacidade laboratorial de diagnóstico, mas estamos a trabalhar na
aquisição de reagentes", declarou o médico guineense.
O plano de contingência,
entre outros, irá proceder a um diagnóstico da logística existente no país,
nomeadamente dos materiais de proteção adquiridos aquando da pandemia da
covid-19, assinalou Cardoso.
O secretário do Centro
Operacional de Emergência em Saúde observou que o surto deste vírus é um tema
que preocupa, mas tranquilizou a população guineense dizendo que o mpox já
existiu no passado, nomeadamente em 2022, tendo atingido vários países
africanos e europeus.
A "gravidade e intensidade"
do vírus não são iguais à covid-19, referiu Plácido Cardoso, mas frisou que as
medidas de prevenção, nomeadamente o distanciamento pessoal, a lavagem das mãos
e o tratamento do lixo doméstico, podem ajudar a mitigar a situação.
Disse ainda que em certos
países africanos, nomeadamente na Costa do Marfim, Benim e Libéria, "a
doença (causada pelo vírus mpox) é quase que endémica".
Com uma nova variante em
circulação, considerada mais perigosa do que a detetada em 2022, a OMS declarou
em meados de agosto o surto de mpox em África como emergência global de saúde,
com casos confirmados entre crianças e adultos de mais de uma dezena de países.
Mais de 22.800 casos e pelo
menos 622 mortes por monkeypox foram registados desde janeiro em 13 países
africanos, confirmou hoje a União Africana (UA), enquanto o continente aguarda
por vacinas.
A nova variante pode ser
facilmente transmitida por contacto próximo entre duas pessoas, sem necessidade
de contacto sexual.ANG/Lusa
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