Ucrânia/ Concessões à Rússia devem ser validadas por
referendo
Bissau, 12 Dez 25 (ANG) - O Presidente ucraniano,
Volodymyr Zelensky, afirmou na quinta-feira, que qualquer acordo entre a Ucrânia e a Rússia
sobre o controlo do leste do país deve ser "justo" e validado através
de eleições ou referendos na Ucrânia.
Pela
primeira vez, Volodymyr Zelensky admitiu a concessão de territórios à Rússia,
mas se isso vier a acontecer quer que a decisão seja tomada pelo povo
ucraniano, garantindo assim que a vontade popular é cumprida.
Em
declarações aos jornalistas, o Presidente da Ucrânia disse acreditar que o povo
ucraniano saberá responder à questão, seja através de eleições ou de um
referendo.
"Acredito que
o povo ucraniano responderá a esta questão. Seja através de eleições ou de um
referendo, deve haver uma posição que emana do povo ucraniano", referiu.
A
Rússia exige o domínio total do Donbass, sendo que não controla cerca de 25% da
região que engloba Donetsk e Lugansk, a Ucrânia está agora pronta para aceitar
a proposta dos Estados Unidos para criar uma “zona económica livre” em parte desse território, que
Moscovo já reclama desde 2014.
Volodymyr
Zelensky reiterou que os ucranianos devem ter uma palavra a dizer, sublinhado
que a discussão também decorre sobre Kharkiv, Sumy e Dnipropetrovsk, regiões
onde a Rússia tem algumas partes de território.
De
fora ficou a questão de Kherson e Zaporizhzhia, ambas reclamadas pela Rússia, e
que não foram referidas pelo Presidente ucraniano.
Esta
sexta-feira, o ministro francês dos Negócios Estrangeiros , Jean-Noël Barrot,
disse à rádio Franceinfo que “a paz está agora ao alcance” da Ucrânia. Além
disso, espera-se que os 27 Estados-membros da UE ratifiquem hoje a prorrogação
das sanções sobre os activos russos.
"Os europeus
decidirão privar a Rússia dos bens actualmente detidos na Europa, 200 mil
milhões de euros, durante o tempo que for necessário, até que a Rússia cesse a
sua guerra de agressão e pague as reparações à Ucrânia", explicou o Ministro francês dos Negócios Estrangeiros.,
acrescentando que "ninguém", além
dos europeus, poderá aceder a estes activos.ANG/RFI

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