quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

Rússia




Declaração conjunta de Moscovo propõe acções para a paz na Síria

Bissau, 22 Dez 16 (ANG) - A Rússia, a Turquia e o Irão aprovaram na terça-feira uma declaração para dinamizar o processo de paz na Síria, para o qual os países se propõem separar as milícias opositoras ao Governo liderado por Bashar al Assad dos grupos extremistas.

“Acordámos uma declaração conjunta com medidas destinadas a relançar o processo político na Síria para pôr fim ao conflito no país”, disse o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov.
Os três países propuseram-se a elaborar um acordo de paz entre Damasco e a oposição armada e colocaram-se à disposição para serem mediadores do seu cumprimento.


“Um acordo autêntico ajuda a dar um novo impulso para o reatamento do processo político na Síria em consonância com a resolução 2.254 do Conselho de Segurança da ONU”, disse Sergei Lavrov.


O ministro russo destacou que os três países confirmaram a sua “firme vontade de combater em conjunto o Estado Islâmico e a Frente al Nusra”. O compromisso de Moscovo, Ancara e Teerão dá um forte relevo ao “respeito à soberania, à independência, à unidade e à integridade territorial da República Árabe da Síria.”


Segundo o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlüt Çavusoglu, a reunião de terça em Moscovo abordou também a possibilidade de garantir-se a evacuação completa da cidade de Aleppo e de estender o cessar-fogo a todo o território sírio. “Agora, está a terminar a evacuação. Esperamos que seja questão de um ou dois dias, no máximo”, disse o embaixador turco Çavusoglu. 


O ministro russo Sergei Lavrov considerou que o formato trilateral é o mais eficaz para resolver o conflito sírio e lamentou que os Estados Unidos não confirmem com factos a sua vontade de encontrar uma saída para a crise no país árabe.


Apesar do assassinato do seu embaixador na Turquia, a Rússia decidiu prosseguir com as consultas a três com os ministros das Relações Exteriores e da Defesa da Turquia e do Irão. O Kremlin garantiu que a morte do seu embaixador Andrey Karlov pelas mãos de um policial turco não afecta os actuais esforços diplomáticos para conseguir a solução do conflito.


O Presidente russo, Vladimir Putin, propôs, na semana passada, realizar negociações sírias em Astana, capital do Cazaquistão, a fim de relançar o processo de paz, cuja última rodada de reuniões aconteceu em Abril em Genebra.


“O crime é, sem dúvida, uma provocação para impedir a normalização das relações russo-turcas e conturbar o processo de paz na Síria”, disse Putin. O líder russo lembrou que as negociações de paz são apoiadas activamente pela Rússia, Turquia, Irão e outros países interessados no fim do conflito sírio. 


ANG/JA


Política




Chefe de estado garante continuidade do governo até  eleições de 2018

Bissau,22 Dez 16 (ANG) – O Presidente da República  José Mário Vaz garantiu hoje a   continuidade do actual governo, liderado por Umaro Sissoco, até a realização das eleições legislativas em 2018.

Mario Vaz deu essa garantia  em declarações à imprensa após uma visita à escola de ensino básico Unificado Ernesto Che Guevara e o Centro de Formação Professional Brasil Guiné-Bissau, sito na granja de Pessubé, em Bissau.

Na sua pequena declaração perante os estudantes do referido Centro, O chefe de Estado prometeu ainda apoiar os melhores estudantes na criação de  empresas e disse que gostava de um dia conhecer empresas dos jovens que estão a frequentar os cursos de formação profissional.

Em relação a educação, José Mário Vaz considerou a educação de um elemento muito importante, por isso pediu aos país e encarregados de educação a mandarem os seus educandos para as escolas, porque a diferença entre os homens se evidencia na formação de cada um .

O chefe de estado prometeu  criar condições para servir melhor as crianças em termos de acesso à educação.

O Embaixador do Brasil, Fernando Aparício da Silva mostrou-se satisfeito com a visita do Chefe de estado, e sublinhou que o centro é tradução daquilo que é a cooperação entre os dois países com base nas propostas e  necessidades.
Disse que cada vez que visita o centro fica constata com satisfação o trabalho que está a ser levado a cabo pelos responsáveis e professores do centro .

Na cerimónia, o   Director do Centro de Formação Professional Guiné-Bissau Brasil, Manuel Sami anunciou as perspectivas de mudanças previstas, nomeadamente a transformação dos cursos intensivos em diferentes áreas para cursos de longa duração, e estabelecimento de parcerias com instituições públicas e privadas para assegurar estágios e enquadramento dos formados.

O Centro iniciou os trabalhos  com quatro áreas de formação, nomeadamente Carpintaria, Electricidade, Canalização e Pedreiro, com oito instrutores nacionais e 32 formandos. Em 2010 a formação se estendeu as áreas de Corte e Costura, Refrigeração, Manutenção e Reparação de Computadores.
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Segundo Manuel Sami o  referido centro já formou 2.715 professionais. 
ANG/LPG/SG

Saúde mental


DG  apela  familiares dos doentes para recorrerem ao centro para tratamento

 Bissau, 22 Dez 16 (ANG) - O Diretor-geral (DG) do Centro de Saúde Mental apelou  quarta-feira aos familiares de doentes mentais à recorrerem ao Centro para tratamento. 

Gerónimo Henrique Té falava à imprensa, a margem da visita do ministro de saúde ao referido centro, em Bissau.

“E bastante grave o que acontece com frequência na nossa sociedade.Não é aconselhável que um doente mental circule de um lado para  outro sem qualquer  proteção. É necessário que todos tomem a consciência de que é importante procurar ajuda e proteção para um doente”, aconselhou aquele responsável.

Sublinhou que apesar de algumas dificuldades com que se deparam  estão na altura de atender os pacientes com o mínimo de condicoes de que dispõe. 

A visita permirir constatar que um doente mental já curado agora presta serviços de apoio aos colegas doentes.

"Agora sou funcionário aqui do centro, presto a minha ajuda aos doentes e cuido do jardim, muitos doentes que passaram por aqui dizem sempre que só o Deus é que vai-me recompensar por ter cuidado deles", disse Domingos da Costa. 

ANG/AALS/SG











Saúde Pública


Novo ministro recomenda maior rigor na gestão  das receitas dos servicos hospitalares

Bissau, 22 Dez 16 (ANG) - O Ministro de Saúde Carlitos Barrai recomendou quarta-feira  uma gestão mais rigorosa dos bens público de modo a permitir o desenvolvimento e o bem-estar dos guineenses.

O governante falava em declarações à imprensa após ter efectuado  visitas aos  Centros de Saúde de Capital tendo-se inteirado de como funcionam e das dificuldades com que se deparam.

O ministro declarou ter constatado a má organização dos servicos, a insuficiçiência de quadros qualificados e má gestão das receitas recolhidas.

“A responsabilidade de construir a Guiné-Bissau é de todos os guineenses uma vez que o bem do país é a única forma de seguir o rumo ao desenvolvimento e de garantir um futuro melhor para os nossos filhos e netos”, alertou Carlitos Barrai.

Ministro da Saúde aconselhou aos responsaveis dos centros de Saúde visitados em Bissau a saberem cuidar dos bens que têm nas suas mãos e a serem criativos com a finalidade de desenvolver mais parcerias.

“Só o governo não pode fazer tudo para colmatar as dificuldades dos Centros de Saúde.Após esta minha visita vou ver quais são as prioridades de intervencao para minimizar as situacoes de carencias constatadas”, disse Barrai.

Carlitos Barai visitou o  Instituto Nacional da Saúde Publica (INASA) , o Centro de Saúde Mental , Centro de Saúde de Quelélé, e antes, passou pelo Hospital Nacional Simão Mendes. 

ANG/AALS/SG


quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

China


China agradece São Tomé e Príncipe  pela corte de relações com Taiwan  

Bissau,21 Dez 16 (ANG) - O Governo chinês agradeceu hoje a São Tomé e Príncipe pela decisão de cortar relações diplomáticas com Taiwan e reconhecer a República Popular da China, aceitando Pequim como o único Governo legítimo de toda a China.

"A China agradece e dá as boas-vindas ao regresso de São Tomé e Príncipe ao lado certo do princípio 'Uma só China'", afirmou hoje Hua Chunying, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, citado num comunicado.

Pequim considera Taiwan uma província chinesa e defende a "reunificação pacífica", mas ameaça "usar a força" caso a ilha declare independência.

Já Taiwan, a ilha onde se refugiou o antigo governo chinês depois de o Partido Comunista (PCC) tomar o poder no continente, em 1949, assume-se como República da China. Pequim e Taipé afirmam que existe uma só China.

São Tomé e Príncipe suspendeu as relações diplomáticas com Pequim em 1997, reconhecendo Taiwan.

Taiwan era um dos quatro "tigres asiáticos", ao lado da Coreia do Sul, Hong Kong e Singapura. Apoiada numa pujante economia, a ilha investia muito dinheiro na expansão do seu espaço político internacional.

Entretanto, a República Popular da China tornou-se a segunda maior economia mundial, com as maiores reservas cambiais do planeta, no valor de 3,44 biliões de dólares.

Desde 2000, Pequim concedeu quase 100 mil milhões de dólares (96 mil milhões de euros) em assistência financeira aos países africanos, tornando-se o principal parceiro comercial do continente.

"O princípio 'Uma só China' [visto por Pequim como garantia de que Taiwan é parte do seu território] é o pré-requisito e base política para a China manter e desenvolver relações amigáveis e de cooperação com outros países", afirmou Hua.

O governo são-tomense anunciou na terça-feira o corte de relações diplomáticas com Taiwan e o reconhecimento da República Popular da China.

O anúncio foi feito em comunicado saído de uma reunião do Conselho de Ministros e assenta no reconhecimento do princípio da existência de uma só China.

No comunicado de oito parágrafos, o governo refere a "conjuntura internacional actual e da sua perspectiva de evolução e tendo em conta a agenda de transformação do país e os objectivos de desenvolvimento do milénio" como um dos motivos da ruptura com Taiwan.

"As tensões prevalecentes no plano internacional, a multipolarização dos centros de decisão, bem como a defesa cada vez mais aguerrida dos interesses nacionalistas por parte dos principais atores da cena internacional em detrimento do multilateralismo, opção de longe mais favorável a expressão dos pequenos estados", foi igualmente justificado pelo governo são-tomense para o corte de relações com Taiwan.

A decisão de São Tomé reduz para 21 os Estados que mantêm laços diplomáticos com Taipé, incluindo dois em África - Suazilândia e Burkina Faso - e a Santa Sé.

O corte de relações com Taiwan abre a porta à entrada de São Tomé no Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, conhecido como Fórum Macau, criado em 2003 por Pequim. 

ANG/Inforpress/Lusa


China


Taiwan diz que São Tomé e Príncipe pediu “quantia astronómica” em apoio financeiro

Bissau, 21 dez 16 (ANG) - Taiwan acusou hoje São Tomé e Príncipe de pedir "uma quantia astronómica em apoio financeiro", depois de o país ter anunciado a decisão de cortar relações diplomáticas com a ilha e reconhecer a República Popular da China.

Taipé apoiou São Tomé "dentro das suas possibilidades", mas não conseguiu satisfazer as "exigências" do país africano, afirmou em conferência de imprensa o ministro dos Negócios Estrangeiros taiwanês, David Lee.

O ministério disse ainda, através de um comunicado, que São Tomé tentou "tirar proveito ao balançar entre os dois lados do Estreito" de Taiwan.

Taiwan "lamenta a decisão abrupta e hostil do Governo de São Tomé e Príncipe e condena a sua acção", refere o ministério.

Segundo um diplomata taiwanês, citado pela agência de notícias EFE, a decisão de São Tomé surge depois de Taiwan ter rejeitado um pedido do país de 100 milhões de dólares em apoio financeiro.

São Tomé e Príncipe anunciou na terça-feira a decisão de cortar relações diplomáticas com Taiwan e reconhecer a República Popular da China, aceitando Pequim como o único Governo chinês legítimo.

Pequim considera Taiwan uma província chinesa e defende a "reunificação pacífica". Já Taiwan, a ilha onde se refugiou o antigo Governo chinês depois de o Partido Comunista (PCC) tomar o poder no continente, em 1949, assume-se como República da China. Pequim e Taipé afirmam que existe uma só China.

São Tomé e Príncipe suspendeu as relações diplomáticas com Pequim em 1997, reconhecendo Taiwan.

Taiwan era um dos quatro "tigres asiáticos", ao lado da Coreia do Sul, Hong Kong e Singapura. Apoiada numa pujante economia, a ilha investia muito dinheiro na expansão do seu espaço político internacional.

Entretanto, a República Popular da China tornou-se a segunda maior economia mundial.
Desde 2000, Pequim concedeu quase 100 mil milhões de dólares (96 mil milhões de euros) em assistência financeira aos países africanos, tornando-se o principal parceiro comercial do continente.

O corte de relações com Taiwan abre a porta à entrada de São Tomé no Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e os Países de Língua Portuguesa, conhecido como Fórum Macau, criado em 2003 por Pequim.

A decisão de São Tomé reduz para 21 os Estados que mantêm laços diplomáticos com Taipé, incluindo dois em África - Suazilândia e Burkina Faso - e a Santa Sé.

O Governo chinês agradeceu hoje a São Tomé e Príncipe e deu-lhe “as boas-vindas ao regresso” do país “ao lado certo do princípio 'Uma só China'".

"O princípio 'Uma só China' [visto por Pequim como garantia de que Taiwan é parte do seu território] é o pré-requisito e base política para a China manter e desenvolver relações amigáveis e de cooperação com outros países", afirmou Hua Chunying, porta-voz do ministério chinês dos Negócios Estrangeiros, citado num comunicado.

Num comunicado divulgado na terça-feira, o Governo de São Tomé refere a "conjuntura internacional actual e a sua perspectiva de evolução”, assim como “a agenda de transformação do país e os objectivos de desenvolvimento do milénio", como motivos da ruptura com Taiwan.

"As tensões prevalecentes no plano internacional, a multipolarização dos centros de decisão, bem como a defesa cada vez mais aguerrida dos interesses nacionalistas por parte dos principais atores da cena internacional em detrimento do multilateralismo, opção de longe mais favorável a expressão dos pequenos estados", foram ainda razões apontadas pelo governo são-tomense. 

ANG/inforpress/Lusa