segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Governação



Ex-primeiro-ministro diz ter cumprido em 70 por cento sua missão
Bissau, 22 Jan 18 (ANG)- A Guiné-Bissau continua sem Primeiro-ministro desde que o Chefe de Estado, José Mário Vaz aceitara o pedido de demissão de Umaro Sissoko Embaló, o segundo, à 12 de Janeiro.
Na despedida aos seus colaboradores e funcionários e em conferência de imprensa, Sissoco afirmara  que  sai com a consciência de que resgatou a imagem externa da Guiné-Bissau, disciplinou as Finanças Públicas e parte sem mágoa em relação ao Presidente José Mário Vaz, que acabaria finalmente por aceitar o  seu pedido de demissão.
"...Sinto que cumpri 70 por cento, mas uma coisa eu sei:resgatei a Guiné-Bissau, disciplinei as contas públicas, portanto no contexto internacional as pessoas sentiram a força desta equipa", afirmou.
À pergunta se sente mágoa em relação ao Presidente José Mário Vaz, Umaro Sissoko Embaló responde "não, não, não, esse é um senhor que eu tenho muito respeito, ele é que me convidou, nomeou-me primeiro-ministro, eu não ganhei as eleições, não é ? Ele é que me nomeou, portanto não posso sentir mágoa de uma pessoa que me fez bem. Eu penso que chega a uma altura que já não podia continuar, é o Acordo de Conacri, é o acordo de não sei o quê, portanto eu preferi deixar o sr. Presidente da República numa situação mais confortável...é por isso que eu decidi pedir a minha demissão".
Umaro Sissoko Embaló , sai depois de pouco mais de um ano de exercício diz que vai continuar a fazer política, mas que não sabe o que lhe reserva o futuro, quanto a uma eventual candidatura à presidência da República em 2019 disse que para já essa hipótese não está nos seus horizontes, mas salientou que aprendeu na vida a nunca dizer nunca a nada.ANG/RFI


sexta-feira, 19 de janeiro de 2018

Cooperação



“Índia isenta imposto aos produtos guineenses”, diz seu embaixador 

Bissau, 19 Jan 18 (ANG) – O Embaixador da Índia para a Guiné-Bissau (com residência em Senegal) declarou quinta-feira que o seu país passará, a partir de agora, a isentar de pagamento de  impostos aos produtos provenientes do pais.

No final de uma audiência com o Presidente da República, José Mário Vaz, Rajjev Kumar afirmou que esta medida revela o lugar particular reservado à Guiné-Bissau por este país asiático.

“ O segundo aspecto, é que os homens de negócio da Guiné-Bissau passam a ter acesso ao visto de forma grátis para viajar para a Índia”, acrescentou.

O diplomata assegurou que, dada a frequente realização de feiras na Índia, aos empresários guineenses que queiram ir participar nesses eventos económico-comerciais serão oferecidos bilhetes de passagem.

No quadro da cooperação entre Bissau e Nova Deli foi realizado quinta-feira em Bissau, o primeiro encontro de “Parceria estratégica” entre cerca de 100 homens de negócio dos dois países,facto realçado como positivo pelas duas partes.

A Índia é o país que mais compra a castanha de cajú da Guiné-Bissau (principal produto de exportação do país).

De acordo com as autoridades do país, a Guiné-Bissau terá  exportado cerca de  200 mil toneladas de castanha de cajú em 2017.

 A Guiné-Bissau é o quinto maior produtor mundial de cajú. 
ANG/QC/SG

Transportes terrestres



Administrador da STGB anuncia  abertura da ligação Bissau/Gâmbia 

Bissau,19 Jan 18 (ANG) – O administrador da empresa Sociedade de Transportes da Guiné-Bissau (STGB) anunciou hoje que a empresa vai dentro proceder a abertura  da linha internacional Bissau/Banjul.
 
Em entrevista exclusiva à ANG, Charbel Saad afirmou que a empresa está à espera de documentos de autorização, tanto das autoridades guineenses como gambianas para iniciar a operação.

“O nosso objectivo é colocar a empresa na rota internacional com melhores condições, ar condicionado nos autocarros, televisão e preços acessíveis de forma a dar mais conforto aos passageiros”, disse. 

Charbel Saad referiu que a STGB opera no país há mais de 14 anos e dispõe actualmente de 11 autocarros que fazem a ligação de Bissau ao interior do país e assume igualmente o transporte de funcionários públicos mediante acordo assinado com o governo desde 2006.

Instado a dizer sobre as recentes denúncias do Sindicato dos Motoristas de que as empresas de autocarros que operam no país não carregam os passageiros no Terminal de Bissau mas sim nas vias públicas, respondeu que a população tem o direito de escolher onde quer embarcar.

 “As pessoas têm o direito de ir nesta ou aquele transporte. Se pretendo vou procurar transporte no Terminal ou no autocarro. Isso depende dos passageiros”, disse.
Charbel Saad sustentou  que todas as empresas de autocarros que operam no país não podem colocar as suas viaturas no Terminal de Bissau porque não há espaços para o efeito.

O administrador da STGB sublinhou que  o futuro dos transportes são os autocarros por serem mais seguros e confortáveis e para além de dar melhor imagem ao país.

“Mas a Direcção Geral de Viação deve limitar a concessão de Alvarás para melhor controlar a situação. Não podem dar licenças a uma pessoa que tem apenas um ou dois autocarros para igualmente não prejudicar os transportes mistos que usam o Terminal”, aconselhou.

ANG/ÂC/SG