quarta-feira, 24 de janeiro de 2018

Dia dos Combatentes



EMGFA defende reintrodução da História da luta armada no currículo escolar 

Bissau,24 Jan 18 (ANG) – O Estado-maior General das Forças Armadas (EMGFA) defendeu terça-feira a reintrodução da história da luta de libertação nacional no currículo escolar para que a nova geração possa conhecer as razões que levaram o PAIGC a desencadear a guerra contra o domínio colonial.

O desejo foi manifestado pelo Vice-chefe de Estado-maior General das Forças Armadas (EMGFA) Mamadu Turé ao presidir a cerimónia de abetrura de uma palestra alusivo ao Dia dos Combatentes da Liberdade da Pátria que se assinala anualmente a 23 de Janeiro, no país.

Disse que o evento visa informar os novos saldados da história e das dificuldades que os combatentes enfrentaram durante 11 anos da luta de libertação nacional já que ela não faz parte do currículo escolar.

Por esse motivo,defende a criação de uma nova disciplina capaz de relatar a história de luta de libertação, caso contrário ela corre o risco de desaparecer.

Na palestra, os novos soldados tiveram a oportunidade de ouvir na voz do Coronel Augusto Bicoda, um pouco das diligências feitas pelo líder da luta, Amílcar Cabral, para a conquista da independência por via pacífica, à semelhança de outros países da sub-região, o Senegal, por exemplo, mas que não tiveram êxito.

Augusto Bicoda, o orador do tema 23 de Janeiro, Início da Luta Armada, referiu-se ainda ao memorando que prevê o reconhecimento da autodeterminação, retirada imediata das forças armadas portugueses e libertação incondicional dos prisioneiros.

Contou ainda aos presentes que o PAIGC outrora denominado de Movimento Independentista transferiu as suas ações de Bissau para o campo após o massacre de Pindjiguiti que se transformou no símbolo da libertação da Guiné-Bissau e que 3 de Agosto passou a ser o dia de solidariedade internacional para com os povos das colônias portuguesas e da proclamação da ação directa. ou seja a mudança da  via pacífica para a armada.

Por sua vez, o combatente da liberdade da pátria, António Pansu N`tchala referiu que no início da luta a “guerrilha” não tinha armas suficientes para enfrentar os militares portugueses.

Disse que nessa altura, ou seja em 1963 a maioria das pessoas não tinha armas e lutava com catanas.

N`tchala ingressou na luta com 16 anos, na tabanca de Cubuseco de Baixo, sector de Empada e disse que não se sentiu arrependido por ter contribuído para a libertação dos povos da Guiné e Cabo Verde, do jugo colonial, apesar das condições em que o país se encontra. 

ANG/LPG/ÂC/JAM/SG




Sida



“Estima-se que 22 por cento dos militares e para-mlitares estejam infectados”, diz Califa Cassamá

Bissau, 24 Jan 18 (ANG) – O Secretário Executivo do Secretariado Nacional de Luta Contra a Sida afirmou que 22 por cento dos militares e paramilitares guineenses estão infectados pelos virus VIH Sida.
 
Em declarações à imprensa depois da entrega dos donativos, nomeadamente de materiais de laboratório de diagnóstico do VIH e do gerador ao Hospital Militar Principal, por parte dos Estados Unidos de América, Califa Soares Cassamá acrescenta que estes números são “preocupantes, porque junto da população, em geral a cifra de prevalência é de 3, 3 por cento.

“ Este ano tivemos ganhos importantes na luta contra o VIH/SIDA junto dos “homens de uniforme”. Formamos os formadores em matéria de prevenção (uso de preservativos) e está em curso um estudo Bio comportamental, em termos sexuais, destas categorias de pessoas, tendo em conta as suas frequentes transferências de um local para outro, no âmbito dos seus trabalhos”, explicou.

Facto que, segundo o Secretário Executivo do Secretariado de Luta Contra a Sida, acarreta riscos de contágio desta doença, uma vez que em muitas dessas deslocações, não viajam com os seus parceiros ou parceiras.

Durante a cerimónia de entrega do donativo pela Embaixada dos Estados Unidos de América, o Ministro da Defesa do Governo em gestão agradeceu o apoio, porque, segundo disse, “vai aumentar a capacidade das estruturas sanitárias no combate ao VIH/SIDA”.

Eduardo Sanhá reiterou o interesse da  Guiné-Bissau colaborar com as autoridades norte americanas, com vista ao bem-estar das populações. 

De acordo com as declarações do Chefe da Divisão da Saúde Militar, Tham na Man, o “Hospital Militar Principal”, atende apenas dois por cento dos militares, ou seja, 98 por cento  de utentes daquele estabelecimento sanitário são civis, razão pela qual considera que o donativo  vai ajudar toda a Guiné-Bissau.

Da parte dos Estados Unidos, esteve presente no acto, o Encarregado dos Negócios para Guiné-Bissau (com residência em Senegal), Matt Younger, que não fez nenhuma declaração, dado que o seu Governo estava em gestão, devido a não aprovação (na altura) do Orçamento do Executivo Federal no Senado (Parlamento).ANG/QC/SG

Economia




Bissau,24 Jan 18 (ANG) - O Governo demissionário da Guiné-Bissau iniciou hoje a exportação de 1.500 contentores com madeira cortada de forma ilegal, apreenda, que se encontrava espalhada pelas florestas do país, revelou o diretor-geral da Floresta e Fauna, Mamadú Camará.

Segundo Camará, com a venda, o Estado guineense deverá arrecadar cerca de 10,3 milhões de euros, sendo que 35 por cento desse montante será utilizado para o inventário florestal, fiscalização e repovoamento do parque florestal guineense. O resto do dinheiro será depositado no Tesouro Público.

A madeira, espalhada nas florestas e em contentores em Bissau, tinha sido apreendida pelo governo legítimo do Domingos Simões Pereira, depois de cortada nas florestas do país de forma ilegal, entre 2012 e 2014, por madeireiros nacionais e estrangeiros.

Na sequência do golpe militar de 2012, as autoridades civis denunciaram um processo de corte massivo das florestas, tendo produzido uma moratória de cinco anos, ainda em vigor.

O CITES - Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e da Flora Selvagem Ameaçadas de Extinção, sancionou a Guiné-Bissau, proibindo a exportação da madeira cortada naquele período.

Para o CITES aceitar o levantamento do embargo, o governo guineense teve que adequar a legislação interna aos princípios da organização.

O diretor-geral da Floresta explicou que o 'governo' guineense "sempre procurou chegar a um entendimento com o CITES", no sentido de poder vender a madeira que agora terá que ser escoada num prazo de 90 dias.

A China, o Vietnam e a Índia são os principais destinos da madeira, constituída essencialmente por "pterocarpus violáceas", conhecido na Guiné-Bissau como "pau sangue",  a principal espécie cortada. Mamadú Camará assinalou que o resto da madeira que não for exportada será utilizada para consumo interno. ANG/LUSA

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

Região de Quinará



Governador   lamenta limitações  na prestação de serviços sociais  às populações

Bissau, 22 Jan 18 (ANG) – O Governador da região de Quinará lamentou recentemente que a inexistência de projetos de desenvolvimento local, a fragilidade política e económica limitam o Estado no fornecimento de certos serviços à população rural.

Segundo o Jornal Nô Pintcha, Mamadú Sanhá disse que em termos de infraestruturas rodoviárias e prestação de serviços a sua região é das piores do país, apesar das potencialidades de que dispõe a nível da floresta, agricultura e outros.

Indicou que as limitações  das autoridades regionais mais se denotam nos sectores da educação, saúde e outros serviços.

Explicou que não é fácil definir as prioridades, mas referiu que na última reunião do Conselho Regional foram instruidos  os diretores e delegados provinciais para procederem ao levantamento da real situação no quadro do plano regional de desenvolvimento, para no próximo encontro sejam identificadas as prioridades de momento.

“O plano contempla vários projetos de desenvolvimento local, nomeadamente pequenas unidades industriais e de transformação de produtos, “indicou em entrevista ensurida na edição do Nô Pintcha do dia 18 de Janeiro.

Questionado sobre os potenciais financiadores do referido plano respondeu que o governador cessante lhe informou que o projeto não tinha financiador específico, mas que está aberto a quaisquer interessado ou organizações que atua na região, por conterem todos os dados necessários.

Em relação ao Mercado Municipal construído no cruzamento Fulacunda-Buba- Catió, disse que continua deserto, devido a   resistência dos retalhistas em mudar-se do centro da cidade para aquela grande infraestrutura.

A cidade de Buba está a cxrescer e  Mamadú Sanhá disse que a administração de região de Quinará está atenta e acompanhar de perto o  ritmo de crescimento acelerado da cidade de Buba, para que não haja desorganização na abertura de novos bairros e na construção de casas novas.

No que toca com o turismo afirmou que o sector é promissor, porque dispõe de um potencial turístico, mas que não está a ser explorado devidamente, porque o ministério do turismo não tem sede em Buba nem  uma política acertada.

Sanhá disse que a administração se debate com enormes dificuldades financeira, nomeadamente a falta de transporte e que o próprio estado físico do edifício onde funciona o governo Regional se encontra em más condições.

Solicitou ao governo central para prestar mais atenção à região de Quinará, tal como se faz com outras  outras zonas do inetrior da Guiné-Bissau. 

ANG/JD/SG




Economia




                               FMI satisfeito com evolução  registada  em 2017
 
Bissau, 22 Jan 18 (ANG) – o Fundo Monetário Internacional (FMI) está satisfeito com a evolução económica registada no país em 2017, afirmou hoje o Chefe da Missão do Fundo , Tobias Rasmussen a saída de um encontro com Chefe de Estado, José Mário Vaz.

No entanto, aquele responsável da “Bretton Woods” aconselhou as autoridades nacionais a maximizarem o progresso registado no ano passado, para permitir o reforço de investimento para o desenvolvimento do pais.

Para tal, disse que é fundamental a existência de um plano sólido e adequado em coordenação com todos os actores institucionais, e também o reforço da disciplina Orçamental e na mobilização de recursos.

“Se tudo isso for observado, então acredito que vão continuar a testemunhar a evolução econômica na Guine-Bissau”, disse Tobias Rasmussen.

Entretanto, o Presidente da República recebeu igualmente o Embaixador dos Estados Unidos de América para a Guiné-Bissau e Senegal,Tulinabo Mushingi.

A saída do encontro, o diplomata norte-americano não evocou os assuntos debatidos com José Mário Vaz. 

ANG/LPG/ÂC/JAM