quinta-feira, 21 de julho de 2016

Política


Idrissa Djaló considera Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça “vergonha nacional”

Bissau,21 Jul 16 (ANG) - O líder do Partido da Unidade Nacional (PUN) classificou ontem de "uma vergonha nacional e falhanço" o acórdão nº 4 do Supremo Tribunal de Justiça (STJ)” que legitima a nomeação do actual governo dirigido por Baciro Djá.
Segundo a Radiodifusão Nacional (RDN), Idrissa Djalo questionou como pode, o mesmo Tribunal, há menos de um ano e com os mesmos actos e a mesma pessoa tomar decisões completamente contrárias?

¨Além disso, o STJ pós fim ao jogo político partidário no país, isto quer dizer que hoje não basta um partido ganhar eleições para governar", lamentou.
Djaló disse que esta decisão representa o fim da democracia, porque o país deixou o sistema semipresidencialista para o que apelidou de " Monarquia Tropical".
O líder do PUN criticou a situação de corrupção nos tribunais, e protestou que os juízes não são responsabilizados pelos seus actos.
“Os juízes usam indevidamente o dinheiro de processos pagos pelos cidadãos e, ao invés de serem sancionados pelos seus actos, são promovidos e transferidos para o Supremo Tribunal de Justiça”, revelou.
Acrescentou, contudo, que existem, no sistema judicial, mulheres e homens empenhados no cumprimento das suas missões para o bem do país, e elogiou a posição do actual Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Paulo Sanha e dois outros juízes conselheiros, que mantiveram as posições assumidas aquando da primeira nomeação de Baciro Djá, em Setembro do ano passado, que o Supremo Tribunal de Justiça havia considerado inconstitucional. Idrissa Djaló disse que, para o seu partido, o Acórdão Nº 4/2016 é uma certidão de óbito de um sistema que já não servia há nenhum cidadão guineense.
O líder do PUN promete, no quadro da concertação dos partidos políticos, apresentar ao país uma nova visão que passa pela refundação e criação de uma nova República da Guiné-Bissau.
O Supremo Tribunal de Justiça tornou público sexta-feira passado um Acórdão que confirma a legitimidade de nomeação de Baciro Djá por um decreto presidencial. ANG/LPG/JAM/SG   

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