segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Política

PAIGC não concorda com nomeação de Umaro Sissoco para Primeiro-ministro  

Bissau, 21 Nov 16 (ANG) – O Partido Africano da Independência da Guiné-Bissau e Cabo-Verde (PAIGC), manifestou a sua discordância com a nomeação de Umaro Sissoko Embalo, para o cargo do Primeiro-ministro da Guiné-Bissau.
Domingos Simões Pereira

De acordo com o comunicado à imprensa da Comissão Permanente do Bureau Político do PAIGC divulgado sexta-feira, e a que a ANG teve acesso, os libertadores responsabilizam o Chefe de Estado pelas eventuais consequências dai decorrentes.

No comunicado, o PAIGC revela que na passada quarta-feira, o Presidente José Mário Vaz, convidou os partidos com assento parlamentar, para uma audiência alegadamente em conformidade com o artigo 68ª, alínea g), da Constituição da República, a fim de cumprir as formalidades para proceder a nomeação de um novo Primeiro-ministro.

“E todos esperavam que nessa audiência, o Presidente da República reafirmasse aos partidos políticos o cumprimento do consenso estabelecido em Conacri que era para pôr fim a crise política institucional prevalecente, conforme plasmado na sua comunicação à Nação, o que, em fim, não aconteceu”, refere o comunicado.

Acrescenta por outro lado que, com a nomeação de Umaru Sissoko Embalo o Presidente da República assume inequivocamente a renúncia explícita do Acordo de Conacri, e opta pela continuidade da crise.

“Mas ao renunciar o Acordo de Conacri, o Presidente da República pôs em causa de forma irresponsável todos os esforços e sacrifícios consentidos pelos diferentes atores políticos e sociais do país, assim como pela Comunidade Internacional, particularmente a CEDEAO, na busca de uma saída para a crise política da Guiné-Bissau que já há um ano e meio afeta a vida de todos os guineenses”, lè-se no comunicado.

O PAIGC convidou por outro lado, a CEDEAO e toda a Comunidade Internacional a continuarem a acompanhar o povo guineense na luta pela defesa das conquistas democráticas e da liberdade, opondo-se frontalmente aos sinais evidentes de implantação da ditadura na Guiné-Bissau.
ANG/LLA/SG

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