Política
PAIGC
reitera decisão de não integrar governo dirigido por Umaro Sissoco
Bissau, 28 Nov 16 (ANG) – O Comité Central do Partido Africano
da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) reiterou sábado a decisão de o partido
não integrar o futuro governo do novo Primeiro-ministro, Umaro Cissoco Embaló.
De acordo com as resoluções
da III reunião extraordinária deste órgão mais importante do partido no
intervalo dos congressos, a criação do governo com Umaro Sissoco Embaló à testa
viola o Acordo de Conacri.
O PAIGC acusa José Mário Vaz
de estar a formar um governo de “iniciativa presidencial” e exige a CEDEAO e ao
seu mediador, o Presidente da República da Guiné-Conacri, o “esclarecimento
cabal” sobre o nome retido em Conacri que devia ser indigitado ao cargo do Primeiro-ministro.
A resolução do Comité Central do PAIGC lida
pelo Porta-voz do partido, João Bernardo Vieira, ainda anunciou a decisão do
partido de retirar confiança política ao José Mário Vaz.
O partido acusa o chefe de estado
guineense de ser “o principal promotor” da crise política no país, apesar de
ser o candidato apoiado pelo partido nas presidenciais de 2014.
Igualmente, sobre a crise
política no país, o PAIGC felicitou a Comissão Permanente do Parlamento pela
não convocação da Primeira Sessão Ordinária deste órgão legislativo, que devia
ter lugar entre Novembro e Dezembro, para nomeadamente, discutir e
eventualmente aprovar o Orçamento Geral do Estado.
Segundo a Comissão
Permanente da Assembleia Nacional Popular, a convocação da Sessão Parlamentar
está condicionada a “conclusão do processo de implementação dos três primeiros
pontos do Acordo de Conacri”, entre os quais, a escolha duma figura consensual para
as funções de Primeiro-ministro e a formação de um governo de consenso e
inclusivo.
As resoluções do Comité
Central ainda revelam a decisão do PAIGC de mover uma acção judicial contra o
Partido da Renovação Social para “provar” a acusação, segundo a qual o “partido
terá tentado aliciar alguns militares para subverterem a ordem constitucional.
O partido apela as Forças
Armadas a se manterem distantes de disputas políticas e a se absterem de
qualquer tentativa de instrumentalização, sobretudo para praticar violência e
ameaças contra activistas da sociedade civil, no uso livre dos seus direitos
fundamentais”.
Para além do Orçamento do
Funcionamento do Partido e o seu Regulamento Disciplinar, o Comité Central do
Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) aprovou
igualmente uma moção de solidariedade para com o deputado do círculo de África
que “foi espancado pelas autoridades fronteiriças de Senegal”.
ANG/QC/SG
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