Ministério
Público declara falta de meios para fiscalização de apuramento dos resultados
eleitorais
Bissau, 07 mar 19 (ANG) - O Ministério
Público declara que não dispõe de meios para que os seus magistrados possam fiscalizar
o apuramento dos votos junto das Comissões Regionais das Eleições.
A informação consta num
comunicado enviado à redacção da Agência de Notícias da Guiné(ANG) no qual o
Ministério Público avisa que as consequências negativas que poderão advir das
eleições não serão da sua responsabilidade por motivo de falta de meios para a fiscalização do apuramento dos
resultados eleitorais.
“As eleições gerais de 2014 foram consideradas
livres, justas e transparentes e particularmente pacíficas, graças ao trabalho
de fiscalização feito pelo Ministério Publico”,refere o procurador-geral no
comunicado.
Adiantou que até ao preciso momento o governo não colocou a
disposição do Ministério Público nenhuma verba para se criar as condições para
efectivação das competências previstas no artigo 83º da lei eleitoral (este
artigo confere a competência de fiscalização de todos os resultados de votações
ao Ministério Publico).
O procurador-geral explicou no
comunicado que, o Presidente da Comissão Nacional de Eleições lhe remeteu uma
carta no dia 21 de Junho de 2018 na qual tinha pedido a cópia de orçamento com
vista a garantir a logística (através do PNUD) que permita a participação
efectiva dos magistrados de Ministério Público no pleito eleitoral que estava
marcado para 18 de Novembro de 2018.
Acrescentou que já no dia 24
de Janeiro do corrente ano, recebeu outra correspondência do Presidente de Comissão
Nacional de Eleições a dizer que não conseguiram desbloquear os fundos
junto do PNUD por motivo da insuficiência dos recursos e que, por isso, o Ministério
Público devia encetar as suas diligências junto do governo para a materialização
das suas responsabilidades no processo eleitoral.
De acordo com o documento, o
procurador-geral declara que não vão poder fazer os seus trabalhos por motivo
de falta de fundo, e que, assim sendo, não vão assumir as consequências que
podem resultar do processo eleitoral.
ANG/AALS/AC//SG
Sem comentários:
Enviar um comentário