Oposição
contesta vitória de Ghazouani
Bissau, 25 jun 19 (ANG) - O candidato do poder na Mauritãnia,
Mohamed Cheikh El-Ghazouani, venceu as eleições presidenciais de sábado, na primeira
volta, com 52% dos votos mas a oposição
contesta os resultados.
Na noite de sábado para domingo, horas depois do escrutínio e
quando estavam contados 80% dos votos, o candidato apoiado pelo partido no
poder, Mohamed Cheikh El-Ghazouani, declarou-se vencedor perante uma multidão
de apoiantes e ao lado do antigo presidente Mohamed Ould Abdel Aziz, há 11 anos
no poder e constitucionalmente impedido de se recandidatar.
A oposição classificou o anúncio de “novo golpe de Estado” da
parte dos dois antigos generais.
A Comissão Nacional Eleitoral Independente confirmou, mais
tarde, a vitória do ex-ministro da Defesa, Ghazouani, com 52,02% dos votos,
seguido do militante Biram Ould Dah Ould Abeid (18,58%), do ex-primeiro-ministro
Sidi Mohamed Ould Boubacar (17,87%), do jornalista Baba Hamidou Kane (8,71%) e
do professor universitário Mohamed Ould Moloud (2,44%).
Estes quatro candidatos da oposição avisaram que vão recorrer
dos resultados e apelaram para que as pessoas saiam às ruas em manifestações
pacíficas.
O presidente eleito tem como principais desafios preservar a
estabilidade política, garantir o desenvolvimento económico e melhorar o
respeito pelos direitos humanos.
Ao lado do ex-presidente e enquanto chefe de Estado-maior do
exército, Ghazouani reorganizou as forças de segurança face aos jihadistas que
atacavam o país desde 2005 e fê-los recuar para o Mali, não tendo havido
atentados na Mauritânia desde 2011.
No entanto, no campo dos direitos humanos, as críticas são muitas
num país marcado pelas discriminações comunitárias.
Em termos económicos, de acordo com o Banco Mundial, o
crescimento no país foi de 3,6% em 2018 e as projecções são de um crescimento
médio de 6,2% entre 2019 e 2021, apesar das dificuldades de acesso ao crédito e
da corrupção.ANG/RFI
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