quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Sociedade/”Guineenses só tratam documentos em situações de urgência”, disse Aurora Fernandes

Bissau,12 Nov.20(ANG) – A Directora do  centro de produção de documentos biométricos, sito no Alto Bandim, apela aos guineenses para mudarem o hábito de diligenciar a obtenção de documentos de identificação só quando se encontram em situação de urgência.

Aurora Fernandes, em entrevista exclusiva à ANG, disse  que actualmente nota-se uma fraca afluência das pessoas ao centro de produção de Bilhete de Identidade(BI), por se tratar de um período em que  não há nenhuma urgência em termos de pedidos de documentos.

“Como é do conhecimento, os guineenses têm o habito de tratar dos documentos só quando forem solicitados para o efeito, nomeadamente em situações da necessidade de levantar dinhero nos bancos, em viagens, concurso público, entre outras”, referiu.

Aquela responsável contou que houve período em que as pessoas se aglomeravam no centro de produção de documentos e reclamavam de que estavam de pé desde a madrugada, debaixo  de sol ou chuva e não foram atendidas.

“Portanto, devido as tantas aglomerações de pessoas num único centro de produção de documentos que existia no centro da cidade, o Ministério da Justiça acabou por descentralizar os serviços com a abertura de três novos postos em diferentes bairros”, explicou.

Referiu  que o primeiro posto foi aberto no bairro de Santa Luzia, o segundo no bairro Militar e o terceiro em Míssira, acrescentando que todos os referidos postos oferecem serviços de tratamento de registos de nascimento e certidão de bilhete de identidade.

“Pode-se constatar que o centro está praticamente vazio e daqui ao meio dia já não temos ninguém para atender”, informou, frisando que as pessoas estão a espera quando houver alguma urgência para de novo começarem a aglomerar-se nos postos.

Aurora Fernandes revelou  que dantes o centro principal sito no Alto Bandim, emitia entre as 300 e 350 peças de Bilhete de Identidade diariamente e mas que actualmente a emissão se situa entre 100 e 150 bilhetes.

Disse que  outros postos a capacidade de produção que era de 50, caiu para 15 à 20 diário.

Em declarações à ANG, o cidadão Mamadú Mendes que recorreu ao centro para renovar o seu Bilhete de Identidade disse estar satisfeito pela forma como foi atendido, tendo apelado ao Governo no sentido de alargar ainda mais os postos de emissão de documentos para outros bairros.

Fatumata Sanó afirmou que recorreu  ao centro com a finalidade de renovar o seu BI , não por motivos de urgência.

Manecas António da Silva disse por sua vez que levou a sua irmá mais nova para tratar, pela primeira vez, do se BI, tendo em conta que já atingiu a idade para o efeito.

Juvenal Pereira  Leal sublinhou que foi tratar da renovação do seu BI e que não se deve a qualquer situação de urgência. ANG/ÂC//SG



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