Sociedade/”Guineenses só tratam documentos em situações de urgência”, disse Aurora Fernandes
Bissau,12 Nov.20(ANG) – A
Directora do centro de produção de
documentos biométricos, sito no Alto Bandim, apela aos guineenses para mudarem
o hábito de diligenciar a obtenção de documentos de identificação só quando se
encontram em situação de urgência.
Aurora Fernandes, em entrevista exclusiva à ANG, disse que actualmente nota-se uma fraca afluência das pessoas ao centro de produção de Bilhete de Identidade(BI), por se tratar de um período em que não há nenhuma urgência em termos de pedidos de documentos.
“Como é do conhecimento, os
guineenses têm o habito de tratar dos documentos só quando forem solicitados
para o efeito, nomeadamente em situações da necessidade de levantar dinhero nos
bancos, em viagens, concurso público, entre outras”, referiu.
Aquela responsável contou
que houve período em que as pessoas se aglomeravam no centro de produção de
documentos e reclamavam de que estavam de pé desde a madrugada, debaixo de sol ou chuva e não foram atendidas.
“Portanto, devido as tantas
aglomerações de pessoas num único centro de produção de documentos que existia
no centro da cidade, o Ministério da Justiça acabou por descentralizar os
serviços com a abertura de três novos postos em diferentes bairros”, explicou.
Referiu que o primeiro posto foi aberto no bairro de
Santa Luzia, o segundo no bairro Militar e o terceiro em Míssira, acrescentando
que todos os referidos postos oferecem serviços de tratamento de registos de
nascimento e certidão de bilhete de identidade.
“Pode-se constatar que o centro está praticamente vazio e daqui ao meio dia já não temos ninguém para atender”, informou, frisando que as pessoas estão a espera quando houver alguma urgência para de novo começarem a aglomerar-se nos postos.
Aurora Fernandes revelou que dantes o centro principal sito no Alto
Bandim, emitia entre as 300 e 350 peças de Bilhete de Identidade diariamente e mas que actualmente a emissão se situa entre 100 e 150 bilhetes.
Disse que outros postos a capacidade de produção que era
de 50, caiu para 15 à 20 diário.
Em declarações à ANG, o
cidadão Mamadú Mendes que recorreu ao centro para renovar o seu Bilhete de Identidade
disse estar satisfeito pela forma como foi atendido, tendo apelado ao Governo
no sentido de alargar ainda mais os postos de emissão de documentos para outros
bairros.
Fatumata Sanó afirmou que
recorreu ao centro com a finalidade de
renovar o seu BI , não por motivos de urgência.
Manecas António da Silva
disse por sua vez que levou a sua irmá mais nova para tratar, pela primeira vez,
do se BI, tendo em conta que já atingiu a idade para o efeito.
Juvenal Pereira Leal sublinhou que foi tratar da renovação do
seu BI e que não se deve a qualquer situação de urgência. ANG/ÂC//SG
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