segunda-feira, 2 de agosto de 2021

 

Sociedade/Advogado Luis Vaz Martins, vitima de tentativa de assassínio diz que "vai continuar a lutar"

Bissau,02 Ago 21(ANG) – O advogado Luís Vaz Martins,  antigo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos, disse que vai continuar a lutar, apesar de  ter sofrido uma tentativa de assassínio no sábado, denunciada pela organização de defesa dos Direitos Humanos.

"Façam o que fizerem, eu vou continuar com a minha luta", afirmou Luís Vaz Martins. Segundo ele, o que se passou foi "um ato covarde como têm estado a fazer ao longo deste tempo", e "esta é uma mensagem mais forte", salientou.

Questionado sobre se o ataque de que foi alvo está relacionado com alguns processos que tem como advogado, Luís Vaz Martins disse pensar que está relacionado com as declarações que fez recentemente ao analisar numa rádio guineense a crise do Movimento para a Alternância Democrática (MADEM-G15).

O antigo presidente da Liga Guineense dos Direitos Humanos integra o coletivo de advogados do ex-primeiro-ministro guineense Aristides Gomes e da ex-ministra da Justiça Ruth Monteiro, bem como do líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira.

Numa análise à situação do MADEM-G15, Luís Vaz Martins considerou que a crise daquele partido estava relacionada com as pretensões do atual chefe de Estado, Umaro Sissoco Embaló, de controlar todas as entidades, de imiscuir-se nas questões religiosas e político-partidárias, e que essa não deve ser a conduta de um Presidente da República.

Um grupo de pessoas que seguia numa viatura de matrícula estrangeira embateu três vezes contra o carro onde seguia Luís Vaz Martins com o objetivo de o fazer despistar.

Segundo o advogado, se o despiste tivesse ocorrido podia ter morrido porque seguia a alguma velocidade.

A Liga Guineense dos Direitos Humanos já denunciou e condenou a tentativa de assassínio, considerando o ato como "covarde e gratuito", e que tenta silenciar " vozes dissonantes” com o propósito de instalar um regime totalitário na Guiné-Bissau".ANG/DW-África

 

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