Moscovo/Rússia justifica invasão da Ucrânia com "ameaça inaceitável"
Bissau, 09 Mai 22 (ANG) - O presidente russo, Vladimir Putin, presidiu em Moscovo às comemorações do dia da vitória sobre a Alemanha nazi em 1945.
O chefe de
Estado alega que a invasão da Ucrânia se ficou a dever à "ameaça
inaceitável" em relação às fronteiras russas.
Até ao momento a Rússia continua a
referir-se ao conflito na Ucrânia, invadida pelas tropas russas desde 24 de
Fevereiro, como se tratando de uma "operação especial".
Muito se tinha especulado sobre se esta
data viria a marcar uma mudança de terminologia por parte do Kremlin, ou se
significaria uma suposta reivindicação de vitória em relação aos ganhos obtidos
(Kherson, no sul, foi ocupada, Mariupol também está praticamente sob controlo
russo). No entanto a resistência ucraniana não tem permitido vitórias
significativas por parte da Rússia.
O inquilino do Kremlin voltou a utilizar a
designação de "neo nazis"
para qualificar a resistência ucraniana.
"Em Dezembro passado propusemos um acordo sobre
garantias de segurança. A Rússia apelou a um diálogo honesto com o Ocidente, na
busca de soluções e entendimentos razoáveis que levassem em conta os interesses
de todos. Tudo em vão. Os países da NATO não nos quiseram ouvir: na realidade
eles tinham planos bem diferentes como se veio a ver”, disse.
Putin acusou que estavam em curso de forma aberta preparativos para uma
operação punitiva no Donbass, para uma invasão das nossas terras históricas,
incluindo da Crimeia.
“Kiev anunciou a aquisição
possível de armas nucleares. O bloco da NATO começou o desenvolvimento militar
activo dos territórios que nos são adjacentes.
Foi criada uma ameaça absolutamente inaceitável para nós, de forma
sistemática, às nossas fronteiras. Tudo indicava que um confronto com os neo
nazis seria inevitável.
A Rússia repeliu preventivamente a agressão. Era uma decisão forçada,
oportuna e justa. A decisão de um país soberano, forte e independente.", afirmou Putin. ANG/RFI
Sem comentários:
Enviar um comentário