Saúde
pública/”A
Guiné-Bissau evacua para tratamento no exterior menos de 50 por cento de mais
de mil pacientes seleccionados”, diz Director Nacional da
Enda-GB
Bissau,12 Mai 22(ANG) – O
Director Nacional da Enda Guiné-Bissau disse que a Guiné-Bissau evacua para tratamento médico no exterior menos de 50 por
cento de mais de mil pacientes seleccionados para o efeito.
Mamadú Aliu Djaló falava
hoje na abertura da 2ª Reunião do Comité Nacional de Pilotagem do Programa de
Pesquisa sobre Saúde Sexual e Resistência ao VIH na Guiné-Bissau(CARES).
Aquele responsável disse que
os doentes evacuados são menos de 70 por mês, o que representa 46 por cento das
necessidades do país, frisando que isso demonstra que menos de metade dos
doentes inscritos para a Junta Médica não conseguem deslocar-se.
“Na totalidade dos pacientes
inscritos para a Junta, 84 por cento são classificados de estatuto de urgente
ou muito urgente e isso significa que não estão nos seus estados normais e que
se não deslocarem correm o risco de morrer”, salientou.
A titulo de exemplo, Mamadú
Aliu Djaló informou que, no total de mais de dois mil pessoas examinadas,
existem seis pessoas na situação
avançada de cancro de colo de útero e que os dispositivos instalados no
país não podem tratar, pelo que necessitam
de evacuação.
Disse que, dos referidos
seis doentes, cinco já faleceram e um deles ainda continua internado no
Hospital Nacional Simão Mendes em estado grave.
Para inverter essa situação, segundo o Director Nacional da Enda-Guiné-Bissau, a Guiné-Bissau deve reforçar o seu dispositivo interno de assistência sanitária, com formação de técniso e disponibilização de equipamentos e medicamentos para que sejam possíveis tratamentos locais.
“Estamos a falar de um país como a
Guiné-Bissau, onde 76 por cento de despesas no sector de saúde são assumidas
pelas famílias e não pelo Estado ou ONGs como indicam”, frisou.
Revelou que as despesas para tratamento são superiores as de prevenção, e diz que 69 por cento da população guineense vive no
limiar da pobreza e que, com as situações mencionadas, agrava-se ainda mais a pobreza.
“Quando falamos do cancro de
colo de útero, não existem subvenções para o seu tratamento no país, como a
VIH/Sida ou tuberculose que têm financiadores que asseguram tratamentos
gratuítos”, explicou.
Aquele responsável disse que a prevalência de VIH/Sida no Senegal concretamente em Casamance, é de 1 por cento, enquanto que na Guiné-Bissau é de 3.3, segundo os dados do Instituto Nacional de Saúde feitos em 2010.
ANG/ÂC//SG
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