Emigração/UA chocada com actos violentos entre Marrocos e Espanha
Bissau, 30 Jun 22 (ANG) - O Presidente
da Comissão da União Africana (UA), Mo
ussa Faki Mahamat, declarou-se
"profundamente chocado e preocupado" com o tratamento violento e
degradante de emigrantes africanos que tentaram atravessar a fronteira entre
Marrocos e Espanha, sexta-feira última.
Actos de violência
subsequentes deixaram pelo menos 23 pessoas mortas e muitas feridas.
De acordo com um comunicado da UA,
Mahamat solicitou "um inquérito imediato sobre o assunto, e recordou a
todos os países as suas obrigações em virtude do direito internacional de
tratar todos os emigrantes com dignidade e dar prioridade à sua segurança e aos
direitos humanos, abstendo-se ao mesmo tempo do uso da força excessiva.
De acordo com relatos dos meios de
comunicação, alguns dos que morreram caíram de cima da vedação militar, da fronteira.
A Organização Internacional para as
Migrações (OIM) e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados
(ACNUR) expressaram a sua profunda tristeza e as suas preocupações com as
perdas de vidas humanas e ferimentos relatados quando tentavam atravessar a
barreira entre Nador, em Marrocos, e Melilla, na Espanha, na manhã da mesma
sexta-feira.
"A OIM e o ACNUR exortam as
autoridades a darem prioridade à segurança dos emigrantes e refugiados,
abstendo-se de uso excessivo da força e respeitando os seus direitos humanos.
Disseram que estes acontecimentos
violentos sublinham, mais do que nunca, a importância de encontrar soluções
sustentáveis para as pessoas deslocadas, no espírito do Pacto Mundial para a
Migrações Seguras, ordenadas e regulares e do Pacto Mundial para os Refugiados.
"A OIM e o ACNUR reiteram o seu
apelo à comunidade internacional, de acordo com o princípio da partilha de
responsabilidades, para reforçar o acesso às vias alternativas mais seguras e
limitar a utilização de viagens inseguras e reduzir o risco de tais eventos
trágicos ocorrerem no futuro", diz o comunicado.ANG/ANG
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