França/Resultados das legislativas de domingo determinam procura de estabilidade governativa
Bissau, 20 Jun 22 (ANG) - A Assembleia nacional em França vai passar a contar com apenas uma maioria relativa de "Ensemble" (Juntos), a coligação presidencial.
A aliança de esquerda chegou em segundo lugar nas eleições legislativas de domingo.
A câmara baixa do parlamento onde a extrema
direita conseguiu um resultado inédito, mais de dez vezes superior ao da última
legislatura, com os "republicanos", de direita, a poderem vir
a ser aliciados pelo partido no poder, para alcançar alguma estabilidade.
A recém empossada primeira-ministra
Elisabeth Borne, conseguiu ser eleita no círculo eleitoral de Calvados,
noroeste do país, mas admite que esta maioria relativa do partido presidencial
é absolutamente inédita no regime parlamentar actual.
"Enquanto força central nesta nova assembleia
trabalharemos por forma a construir uma maioria de acção. Não há alternativa a
esta união, de maneira a garantir a estabilidade para o nosso país, e a
garantir as reformas necessárias".
A aliança de esquerda, encabeçada por Jean-Luc
Mélenchon, da ala radical, alega ter alçando o objectivo que seria privar o
partido presidencial de uma maioria absoluta.
"Alcançámos o objectivo político que tínhamos
definido em menos de um mês: Provocar a queda daquele que, com tanta arrogância,
tinha vergado o braço do país inteiro, por forma a ser eleito... sem que se
soubesse para quê !",disse Mélenchon.
Um dos grandes vencedores do escrutínio foi a União nacional, de
extrema direita, que consegue multiplicar por mais de dez o número de deputados,
movimento presidido interinamente por Jordan Bardella que insiste na façanha
alcançada contra o que alega ser a arrogância do presidente.
"É a arrogância e o
desprezo de Emmanuel Macron pelos franceses, a sua impotência sobre as questões
de insegurança e de poder de compra que fizeram dele um presidente minoritário
enquanto nós alcançámos um resultado nunca antes visto !", referiu Bardella
Muitos são os sectores a considerar que Macron será obrigado a
cobiçar o voto dos republicanos, que alcançaram 61 deputados, sendo outros dez
de demais componentes de direita. Christian Jacob, o presidente dos
republicanos, promete, porém, continuar a ser uma força de oposição.
"Será, como sempre
fizemos, uma oposição construtiva, uma oposição real a Emmanuel Macron que terá
tudo destruído. O quinquénio dele terá sido um fracasso total que acabou por
provocar este resultado", disse
A França a contas agora, na câmara baixa do seu parlamento, para alcançar uma maioria que garanta estabilidade governativa ao presidente eleito a 24 de Abril.
ANG/RFI
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