Mediação de conflito/Papa pede para se aprender com a História face ao
perigo de uma guerra nuclear
Bissau, 09 Out (ANG) – O Papa Francisco pediu no Domingo para se aprender
com a História e não esquecer que o perigo da guerra nuclear já ameaçou o mundo
no período em que se iniciou o Concílio Vaticano II há 60 anos.
Na sua mensagem durante a oração do Angelus na Praça de São Pedro, em Roma,
Francisco questionou “por que não aprender com a história”, numa alusão à crise
dos mísseis em Cuba, envolvendo os Estados Unidos e a União Soviética, que
aconteceu quando se se iniciava o Concílio Vaticano II (1962-1965).
“Também naquela época havia conflitos e grandes tensões, mas foi escolhido
o caminho pacífico”, salientou o sumo pontífice.
O Papa Francisco alertou também para a exclusão dos migrantes,
classificando-a de “repugnante, criminosa e pecaminosa”, durante a cerimónia de
canonização, na Praça de São Pedro, de Giovanni Battista Scalabrini
(1839-1905), que fundou duas congregações que tratavam dos migrantes, e de
Artémides Zatti, emigrante italiano na Argentina.
“Scalabrini olhou para além, olhou para o futuro, para um mundo e uma
Igreja sem barreiras, sem estrangeiros”, recordou, comentando a “exclusão dos
migrantes”, que considerou “escandalosa”.
“A exclusão dos migrantes é criminosa, fá-los morrer à nossa frente, e é
por isso que chamamos ao Mediterrâneo o maior cemitério do mundo” e,
prosseguiu, “é repugnante, pecaminosa”.
Para Francisco, “é criminoso” não abrir as portas a quem necessita, porque,
afirmou, “os excluímos e os enviamos para os campos de reclusão, onde são
explorados e vendidos como escravos”.
“Há uma migração hoje na Europa que nos faz sofrer e nos leva a abrir os
nossos corações, que é a dos ucranianos que fogem da guerra”, disse, apelando
para que “a Ucrânia martirizada não seja esquecida”.ANG/Inforpress/Lusa
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